domingo, 29 de agosto de 2010

O Poeta Lau Siqueira.


O VAQUEIRO QUE VEIO DO SUL
por Altair de Oliveira

Com a apresentação de uma entrevista com o poeta Lau Siqueira, gaucho radicado na Paraíba pela paixão e que, por mais de 35 anos, vem militando com mestria na poesia independente, enriquecemos hoje um pouco mais a nossa coluna de poesia comovida, através de suas histórias, de suas experiências com a palavras e das leituras de si e do nosso Brasil contemporâneo.

Conheci os trabalhos do poeta através de sites de literatura da internet e, de pronto, me impressionou a sua capacidade de concisão, sua sensibilidade em dar clareza a certas sensações insólitas da vida e também o compromisso social que esta vida representa, como quem de fato está envolvido nela. Uma poesia simples, honesta e compromissada com a vida, que tenta resgatar o seu lirismo, eu diria. Mas ser simples e honesto, quando se escreve poesia, é tarefa de poucos. Para o nosso bem, Lau Siqueira não escreve poesia por acaso, vai compondo seus poemas conforme suas próprias necessidades, e nem parece priorizar as chamadas atrubuições da vida literária, quando sente que tem um livro pronto ele procura publicá-lo.



UM CERTO "TEXTO SENTIDO"


Texto Sentido é o quarto livro do poeta Lau Siqueira, e foi escrito no período de 2002 a 2007, quando foi publicado pela Edições Bagaço de Recife. Trata-se de uma edição custeada integralmente pelo autor e que também tem sua distribuição independente. Herdeiro da poesia marginal e independente, Lau procura buscar um contato mais direto com o público leitor, onde quer que ele esteja.

"... penso que minha alma é uma escada./ Então vou subindo, palavra / por palavra... Separando as sílabas/ conforme a capacidade/ de armazenagem de meus bolsos. Até/ que a poesia acena para mim/ de alguma janela" - do poema Escala.

Nele, encontramos sinais do mesmo poeta arguto, lúdico e comprometido com a vida, e com pequenos toques da poesia concreta e da poesia marginal, momentos da poesia brasileira pelos quais ele não passou imune. Mas o que prevalece é um poeta mais maturado, cujo sensibilidade e poder de concisão tem ajudado-o a garimpar pequenas jóias da linguagem cotidiana e a dar o seu testemunho do mundo contemportâneo, com alguma poesia! Este é o papel principal de um poeta, penso eu. Papel-presente, eu diria.

"...escrevo/ ainda que/ em algum momento apenas/ anote a placa do verso que/ por mim passou voando" - do poema Ponto Sombra.

Uma bela semana e uma leitura deliciosa para todos vocês. Fiquem bem.



A Entrevista:



PC1- Gostaria que você contasse-nos um pouco sobre o menino Lau, de como foi a sua infância e de como se deu os teus primeiros encontros com a poesia:

LS1- Nasci na fronteira com o Uruguai, em Jaguarão, no Rio Grande do Sul. Fui precoce quanto à leitura. Ingressei no “Jardim da Infância”, já sabendo ler (com 4 anos), incentivado por uma irmã, seis anos mais velha, que hoje é professora de Literatura, em Cascavel-PR. Na verdade, fui seu primeiro aluno. Brincava, como qualquer criança. Gostava de subir em árvores, tinha tropas e mais tropas de gado de osso (coisa que os meninos de hoje desconhecem). Lembro que o primeiro livro que eu li e me encantei, foi Robinson Cruzoé, do Daniel Defoe. Lia tudo que me caía nas mãos: gibi, fotonovela, revistas, jornais, a Barsa, enfim... Era voraz. Visitava a Biblioteca Pública da cidade onde conheci Proust, Balzac e os poetas românticos brasileiros. Gostava dos livros de um cara chamado Sérgio Antônio Raupp, que nunca mais ouvi falar. Literatura infanto-juvenil de qualidade. Desse autor, li Os Três Amigos, Saudades de Monteflor e outros. No entanto foi no livro Os Sonhos de José que aconteceu um fenômeno determinante para o meu destino de escritor. O protagonista, José, escrevia tudo que sentia o tempo todo e eu passei e imitá-lo. (Estou imitando até hoje.) No entanto, nesta época eu detestava poesia. Comecei a gostar de poesia quando li, pela primeira vez, Castro Alves, Fagundes Varela e depois Cruz e Sousa, Augusto dos Anjos... enfim, tive uma infância simples, tranquila, feliz e uma adolescência afetada pelo silêncio e pelo medo espalhado fartamente pela ditadura militar na “área de segurança militar” que era Jaguarão, por ser na fronteira.

PC2- Você sobrevive financeiramente de poesia ou já sobreviveu alguma vez?

LS2- Sempre trabalhei em outras coisas, seja no serviço público, seja na iniciativa privada. Minha vida nunca foi fácil. No entanto, a poesia esteve presente em tudo e, inegavelmente, me ajudou a abrir caminhos até mesmo profissionalmente porque é a minha identidade mais definida. Meus livros sempre venderam o suficiente apenas para pagar a edição e as despesas de lançamento e eu nunca fiz questão de muito mais que isso. Algumas vezes participo de eventos e ganho alguns cachês, mas, nunca são suficientes para a sobrevivência, embora ajudem sempre, logicamente. Mas, não participo de eventos literários apenas por cachê. Minha poesia tem sido estudada em algumas universidades e escolas e isso me leva, algumas vezes, para salas de aula, num contato direto com futuros professores de literatura e jovens escritores. Eu me sinto comprometido com a literatura. É um tipo de militância literária que faz parte ou deve fazer parte, ou pelo menos deveria fazer parte do cotidiano de um escritor.

PC3- A década de 70, quando você iniciou a divulgar os seus escritos, foi um campo de batalha da poesia marginal, onde a poesia realmente foi à rua dar a cara para baterem. Poderia nos falar como foram as suas experiências com a poesia nesta época?

LS3- A minha primeira publicação foi no jornal Correio do Povo, de Porto Alegre, em 1977. Existia (não sei se ainda existe) uma coluna de variedades chamada Do Bric-a-Brac da Vida (ou coisa assim), onde eram publicados alguns poemas de gente conhecida ou completamente anônima como eu. Quanto à dita Poesia Marginal, eu era muito tímido para ir às ruas com o que eu escrevia. Admirava a postura de alguns poetas, mas eu era um habitante do mais absoluto silêncio. Até hoje não gosto muito de ler meus poemas publicamente. Fazia uns folhetos mimeografados (lembro de um dos títulos, Algemas de Papel), mas sequer assinava. Sinceramente, acho que eram poemas muito ruins, muito ingênuos. Não tenho memória dessa poesia, aliás. Eu admirava, sobretudo, gente como Ulisses Tavares e Leila Mícolis, hoje uma amiga querida. Ainda gosto de algumas coisas de Chacal, Nicolas Behr e outros. Mas, eu era muito mais um observador do movimento. Naquele tempo, tanto quanto agora, me interessava em tudo que significasse ruptura, seja social ou estética. Mas, sei que a poesia marginal nunca representou uma ruptura estética porque nunca teve uma estética muito definida.

PC4- Você conheceu Mário Quintana, poderia falar-nos, em poucas palavras, a importância dele para a poesia contemporânea brasileira?

LS4- Sim, tive o prazer de morar muitos anos em Porto Alegre e cruzar com o poeta pelas ruas, encontrá-lo no Rian, um antigo café do centro da cidade, no mercado público, comendo salada de frutas, nas fileiras de uma passeata dos jornalistas do jornal Correio do Povo e, mais ainda, juntamente com minha ex-esposa estive com ele na comemoração dos seus oitenta anos e fizemos uma entrevista que foi publicada em vários jornais de vários estados e sites e blogs. Talvez uma das suas últimas entrevistas. Quintana tem alguns exemplos formidáveis. Nunca foi afeito a modismos. Por exemplo, estreou com um livro de sonetos no auge do Modernismo. Eu acho isso formidável. Referia-se à Academia Brasileira de Letras como “um tipo de associação recreativa e funerária que gasta muito tempo com pessoas ilustres de qualidade duvidosa.” Ele era um irreverente, um poeta enraizado nas tradições, mas dono de um lirismo absolutamente pessoal, único. Certamente que se trada de um dos maiores poetas da língua portuguesa exatamente por ter alcançado um grau de originalidade muito raro.

PC5- Como cidadão sabemos que o poeta é (ou deveria ser) um ser político, mas como autor, você acha que o poeta deve escrever uma poesia engajada ou de acordo com suas convicções políticas? Ou ainda, deve o poeta ter uma preocupação de ser politicamente correto quando escreve?

LS5- O poeta é um cidadão comum. Embora alguns se considerem especiais. Ser comum que é especial. Acho que o engajamento político dos poetas sempre foi uma realidade, tanto à direita, quanto à esquerda. Por exemplo, Maiakóvski que foi um poeta engajado na Revolução Russa e Ezra Pound que aderiu ao fascismo de Mussolini. No entanto, não é a ideologia que os coloca como dois dos maiores poetas da história da humanidade. Drummond, também, foi chefe de gabinete do ministro Gustavo Capanema, em pleno Estado Novo, além de ter tido uma passagem no Partidão. Eu sempre fui engajado nos movimentos sociais e estive próximo aos partidos de esquerda, mesmo tendo uma prática mais ideológica que partidária. Tenho poemas com temáticas sociais e até políticas, mas esta não é a regra, absolutamente. Ao escrever o poeta deve ter uma preocupação única e exclusiva com a palavra. A poesia não pode ser ideologizada.

PC6- Temos um trecho de uma citação sua "há versos que jamais algum poeta passou por perto", poderia esclarecer-nos, um pouco mais, a respeito? Entendi que há coisas (poesias) sentidas que jamais virão ao mundo das palavras ou que nunca poderão ser expressadas por elas, correto?

LS6- Existem poetas muito mais preocupados e preocupadas com os louros da poesia que com a própria poesia. São maus poetas com dezenas de livros intragáveis. Homero que dizia que as folhas de louros que formavam as coroas com as quais condecoravam os poetas da antiguidade, mal serviam para temperar o feijão. Também eu quero dizer que a poesia independe das palavras. Segundo Décio Pignatari, é um tipo de arte visual. Existem pessoas que são extremamente poéticas e nunca escreveram um verso. Da mesma forma que algumas sensações poéticas que vislumbramos, jamais conseguiram ser traduzidas plenamente pelas palavras. O que eu quero dizer é que, de certa forma, a poesia não depende do poeta. A poesia existe apesar de nós, criadores, decodificadores da expressão poética.

PC7- Outra citação interessante sua "Escrevo poemas pra disfarçar meus escudos.", isto quer dizer que o poeta Lau Siqueira é uma pessoa defensiva? Poderia esclarecer-nos?

LS7- Eu sou extremamente exposto, visceral. Lembro que Quintana também dizia que se alguém quisesse saber algo da sua vida, deveria ler seus livros. De certa forma, mesmo a poesia experimental é um ato de confissão. Mas, eu acho que te enrolei na reposta (hahaha). Disfarça e muda de assunto. rsrsrs.

PC8- A cultura gaúcha e a cultura nordestina são 2 condimentos fortes da cultura brasileira. Qual o impacto que teve em sua forma de escrever e de expressar-se pelo fato ter ido viver no nordeste?

LS8- Eu sou do pampa e acho que o homem pampeano tem costumes e comportamentos extremamente semelhantes ao homem sertanejo. Acho que a minha vinda para o nordeste me permitiu amadurecer um estilo por ter saído de outro contexto. Na verdade eu amadureci poeticamente aqui na Paraíba, terra que eu amo tanto quanto o meu pampa. Concordo com Antônio Cândido quando ele diz que não existe uma literatura nordestina ou sulista, mas uma literatura brasileira se revelando de forma diferente nas diferentes regiões.

PC9- Entendemos que o processo de escrita de poemas muda de autor para autor, e que vai evoluindo com o tempo. Como é o seu processo de composição poética hoje?

LS9- É muito irregular. Eu exercito muito, mas, existem épocas que eu travo completamente. Por exemplo, escrevo uns 400 poemas para aproveitar apenas 40 ou 50. Pra mim a escrita é uma coisa visceralmente ligada à leitura dos livros e da vida. Ler Barthes e Edgar Morin, por exemplo, me inspira mais que ler os poetas. Os poetas eu leio por deleite estético, por prazer e não para construir referências. As referências dos meus poemas saem dos livros, mas principalmente da vida e da minha condição de gente.

PC10- Tem algum novo livro seu a caminho? Poderia nos falar a respeito dele?

LS10- Tem e está me dando um trabalho enorme para concluir. O título é Poesia Sem Pele e eu espero que saia este ano. Na verdade, creio que ando escrevendo de uma forma absolutamente igual, ando questionando a qualidade da minha poesia... o que eu acho que é normal porque tenho um senso crítico aguçado. Mas às vezes me escapam umas mixórdias incompreensíveis. O que me consola é que até os grandes poetas escreveram poemas medíocres algum dia. Também preciso te dizer que sinto uma coisa tipo “depressão pós-parto” após cada lançamento de livro. Mas, este é um livro que deverá reunir os poemas escritos de 2007, quando lancei Texto Sentido, até o dia de ir pra editora.

PC11- Lau, com 35 anos de militância poética e 5 livros de poemas publicados e outros por virem: vale mesmo a pena escrever poesia? Qual o grande barato que a poesia dá?

LS11- Acho que é inevitável. Sempre digo que somente escrevo o que não consigo não escrever. Não creio que a gente possa escolher ser poeta. Tem gente que somente começa a escrever poesia aos 50 anos. Rimbaud escreveu apenas na juventude. A poesia tem seu próprio tempo. Acho que a poesia dá barato sim. Mas, somente a boa poesia. Acho que o ensino da literatura deveria ser invertido. Os jovens deveriam ter mais contato com a poesia contemporânea para depois conhecer os canônicos, os clássicos. É que, inicialmente, seria muito mais fácil um jovem começar a gostar de poesia após ler Leminski, Alice Ruiz ou Ademir Assunção que ao ter a obrigação de ler Cláudio Manuel da Costa. Sem nenhum demérito para ninguém nem para a história da poesia. A poesia dá o barato de despertar um senso crítico diante do mundo, um senso estético que contrubui profundamente para a consolidação de uma coisa chamada cidadania. Sei lá... acho que é isso. Na verdade o que eu acho é que a boa poesia dá barato sim, extirpa o marasmo, ensina a ver o mundo com olhos de pássaro.



Pequena Biografia de Lau Siqueira:


Lau Siqueira nasceu em Jaguarão, no Rio Grande do Sul e reside atualemente na capital da Paraíba. Nascido no Dia Internacional da Poesia, 21 de março de 1957, o poeta publicou O Comício das Veias (Editora Idéia-PB, 1993), Um livro de poemas, com contos de Joana Belarmino. Em 1998, publicou pelo selo Trema, dirigido pelos poetas Antônio Mariano, José Caetano e André Ricardo Aguiar, o livro O Guardador de Sorrisos. Em 2002, também pela editora Idéia, publicou Sem Meias Palavras e em 2007, pela editora Bagaço-PE, publicou Texto Sentido. Atualmente está em fase de conclusão do livro Poesia Sem Pele e em busca de editor. Teve poemas em antologias importantes como Na Virada do Século - Poesia de Invenção no Brasil, pela Editora Landy (SP), onde aparece junto a nomes expressivos como Arnaldo Antunes, Antônio Risério e Glauco Mattoso. Anualmente seus poemas são distribuídos nacionalmente pela Editora da Tribo,no conhecido Livro da Tribo (SP). Participa de projetos alternativos como o projeto Dulcinéia Catadora, um priojeto social de grande relevância desenvolvido em São Paulo e referenciado em vários países. Teve poemas traduzidos para o inglês, francês, italiano, espanhol e catalão. Participou da coletânea de poetas de língua portuguesa, Eispoesia, publicada na cidade do Porto, em Portugal. Escreve para jornais e sites sobre artes plásticas, literatura, música, políticas culturais, políticas públicas e mantém dois blogs: Poesia Sim (www.poesia-sim-poesia.blogspot.com) e Pele Sem Pele (www.lau-siqueira.blogspot.com). Além da poesia, incursiona pela área musical com diversas parcerias com amigos músicos da Paraíba.



Poemas:




Rio Jaguarão



e assim

fui engolindo o tempo


bebendo as vinhas

do esquecimento


minhas mentiras íntimas

doces folias de momento


a vida

eu mesmo invento



Poema de Lau Siqueira.


***

Cataplaft



com seus tacapes digitais

e tangas pierre cardin

os cariris contemporâneos

invadem o shopping

e jantam champignons

com xerém

no self-service



ajustando as penas

desajustam os cocares

da cultura pagã



cultuam o corpo

em academias

e investem fortunas

da floresta tropical

nas delícias

da nova moda verão



já sem matas

matam-se nas guerras

da pós-modernidade



disputas sangrentas

por hectares de asfalto

ou pontos de venda

de coca

(ou pepsi)



e dançam o rap

da globalização



com as mãos enfiadas

nas algemas ideológicas

do terceiro milênio




Poema de Lau Siqueira.


***


cartão vermelho


encontro em tuas mãos o meu silêncio

meiáguasanáguas perfiladas em seus veios



comento de mim mesmo

o esquecimento



a dor estampada nosossos do peito



cataplasma de efeitos

ruptura de órgãos conjugados


cada ponto da retícula que cobre meus olhos

permanece aceso



estou com medo

há um tropel de palavras em meus segredos



é cedo

mas tenho vontade de sonhar

beber nos seios a covardia da musa

lamber os grandes lábios do indulto

libertar meus pulsos

navegar no justo

e no que me deixa puto


quem sabe

meu coração seja

definitivamente expulso



Poema de Lau Siqueira.


***

blindagem


vivo neste redemoinho

como um cogumelo de ondas

invisíveis sobre a areia



um nada que se avoluma cada

vez que domino a palavra

como amante que permanece

esguio diante do amor



começo a tecer meus rios

paralelos como os rios que em

mim permanecem



cálidos e recorrentes


... uma vez vencido sou outro



Poema de Lau Siqueira, In: "Texto Sentido".

***

simulacro


sempre tive esta
cara de lata disfarçada
na fumaça

mantendo minhas córneas
com exercícios abdominais
de visualização do mundo

puro como um búfalo
persigo o limite da miragem
na espreita do abismo

sou o que a poesia acode
quando flautam as brumas

em suma.


Poema de Lau Siqueira, In: "Texto Sentido".



Para ler mais: http://www.germinaliteratura.com.br/ls.htm
Para comprar o livro "Texto Sentido": http://www.lausiqueira.com/


***

Ilustrações: 1- foto da capa do livro "Texto Sentido"; 2- foto do poeta Lau Siqueira; 3- obra da artísta plástica gaucha Marli Sassi; "Ciclista", obra do gaucho Iberê Camargo.


Altair de Oliveira (poesia.comentada@gmail.com), poeta, escreve às segundas-feiras no ContemporARTES. Contará com a colaboração de Marilda Confortin (Sul), Rodolpho Saraiva (RJ / Leste) e Patrícia Amaral (SP/Centro Sul).

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