Livro: Neblina Sobre Trilhos






O grupo de pesquisa e extensão Neblina Sobre Trilhos dá sequência para a finalização da quarta fase do projeto: produção de livro e divulgação da pesquisa em forma de livro científico, intitulado: 

CAUSOS, CONTOS E CLIQUES DA VILA FERROVIÁRIA DE PARANAPIACABA 

Nele, procura-se refletir sobre a história da ciência com enfoque na técnica, nas relações de trabalho e no patrimônio cultural existentes na Vila da Paranapiacaba, uma vila ferroviária tombada pelo IPHAN como patrimônio industrial e construída no século XIX.  Tais questões são analisadas tendo como fontes primárias as entrevistas de ferroviários destacando aspectos de suas relações de trabalho bem como as técnicas para construção e manutenção da ferrovia. 

Na próxima quinta-feira (09/04/2015) nos reuniremos para entrega à editora que fará a editoração e revisão do material produzido por várias mentes e mãos. O livro terá três capítulos, o primeiro é composto por artigos de algumas pessoas envolvidas no processo do documentário, o segundo por fotografias e o terceiro por narrativas orais das pessoas colaboradoras. 

As narrativas orais têm grande potencial para promover uma rememoração que traz a tona aspectos não convencionais da história da ciência relacionada à história da ferrovia e do transporte no Brasil, como por exemplo, o sentimento de solidariedade que até hoje se estabelece entre os ferroviários e os causos relacionados ao seu cotidiano. A oralidade e a memória encontram expressões na História da ciência, da técnica e do trabalho criando espaços para expressar vivências esquecidas pela história oficial e pelo chamado “progresso”.

Fotografia: Soraia O. Costa, 2010.


Com base na metodologia da História Oral, gravamos entrevistas e fizemos transcrições, textualizações, transcrições e verificações destas narrativas. 

Parte do material foi utilizado para a confecção do documentário: Transformação sensível, Neblina Sobre Trilhos:




Depois de lançar o documentário e divulgá-lo, escolhemos algumas das entrevistas para a composição do livro que será impresso.

Para outras informações leia a matéria: Neblina Sobre Trilhos: Causos, contos e cliques na Vila ferroviária de Paranapiacaba. 

Lutamos para que em breve tenhamos notícias sobre seu lançamento e finalizaremos a quarta etapa idealizada pelo grupo Neblina Sobre Trilhos!

Até mais,


Soraia Oliveira Costa, mestranda em História da Ciência pela UFABC e graduada em Ciênciais Sociais pelo Centro Universitário Fundação Santo André (CUFSA). Professora de Sociologia Educação Básica no Estado de São Paulo. Trabalha com audiovisual e oralidades desde meados de 2007. Produtora do documentário "Transformação sensível, neblina sobre trilhos", que trata da história vila de Paranapiacaba, feito com incentivo do MEC/SESu, UFABC e Centro Universitário Santo André.
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GRAVADOR OU GRAVURISTA?





GRAVADOR OU GRAVURISTA?



      Semana passada, atropelado pelo calendário e 
pressionado pela  absoluta falta de tempo e  de inspiração para escrever, deixei de publicar meu segundo  texto  na coluna Art&fato, nesta conceituada revista eletrônica. Decidido a me  penitenciar dessa “falha literária”, vasculhei arquivos antigos e   encontrei, em esquecida gaveta de minha desorganização cotidiana, um estudo  que iniciei  na EMBAP - Escola de Música e Belas Artes do Paraná,  abordando  a polêmica sobre duas expressões de uso corrente dos amantes do ofício da gravura:  gravador e gravurista e resolvi publicá-lo. O  assunto  é  árido e sempre causa confusão e  críticas, mas esse é o objetivo de quem escreve:  provocar reações. 
              A maioria dos  aficionados da arte da gravura sequer admitem  a menção do termo gravurista , que consideram  pejorativo e inadequado. O argumento mais forte que utilizam esses artistas, entre os quais destaco meu professor de xilogravura e amigo, grande mestre André de Miranda,  é que gravura é a arte de gravar, sulcar,  marcar a matriz de madeira ou  metal. O  artista grava, isto é, faz sulcos, marcas na  placa ou chapa que vai ser impressa depois, o que resulta numa estampa onde  a imagem aparece invertida. Portanto, o artista que grava só pode ser   gravador.  O  termo gravurista,  para eles,  não caracteriza adequadamente  esse ato de gravar, sulcar ou  marcar   a chapa ou placa.  Parece  termo  frouxo, mais conveniente  a  quem  coleciona ou aprecia  gravura, ou àquele que faz  cópias em xerox ou  por outro meio fotomecânico  de pinturas ou desenhos.  Não representa, portanto, o  artista que faz gravura.   
       Acontece que  termos  e expressões linguísticas não levam em conta argumentos, mesmo sendo  legítimos. É o uso corrente que faz com que se popularizem ou sejam erradicados da língua e nem sempre  o mais adequado  predomina. Às vezes permanece em uso aquele que mais chama a atenção ou  que tem pronúncia e escrita mais fáceis. Os  livros especializados de gravura   que pesquisei  utilizam invariavelmente  o  termo gravador. Por outro lado, os   textos   de jornalistas, comentaristas, marchands e escritores em geral referem-se aos artistas da gravura, quase  sempre, como  gravuristas. Na  internet, o termo gravurista aparece  com destaque para denominar quem pratica o ofício da gravura. No Wikipédia, por exemplo,  assim que se digita o termo gravador,  aparece a  seguinte  nota: Se procura o artista que faz gravuras, veja Gravurista. O Gravador é um dispositivo eletrônico, criado para registrar e reproduzir sons em uma fita magnética. No conhecido e apreciado livro  A Gravura, de autoria de Jordi Catafal e Clara Oliva, da Editora Estampa,  de Lisboa, edição 2003, na página 11,  que trata da definição de gravura e estampa original, o termo gravador aparece  na 1ª linha:  “Quando o gravador concebe e realiza a gravura”;  e, ainda,  na 5ª e 6ª linhas : “… executada pelo mesmo gravador”.  O excelente  manual   Gravura em metal, organizado por  Marco Buti e Ana Letycia , da Editora Edusp, ed. 2002, na página 16 registra: “… o gravador trabalha com probabilidades, e não com certezas”. Também o pequeno mas  importante  livro  A gravura, de Iberê Camargo, mestre dos mestres de gravura, registra na página 13 o termo gravador: “… para um gravador o que importa é examinar a obra dos mestres…”. O termo é citado ainda  na  coletânea  Gravura brasileira hoje – Depoimentos, volume III, da Oficina de Gravura  Sesc – Tijuca – RJ, pág. 14,  no Informativo do Núcleo de Gravura do Rio Grande do Sul, Ano III, nº  9, agosto 2003, pág. 3, e no livro A arte maior da gravura, de Orlando da Silva, pág. 18, e  ainda na Coletânea Brasileira na Coleção Mônica e George Kornis, edição da Caixa Cultural, ano 2008. Vários outros livros e manuais de gravura registram o termo ( a relação completa ficaria por demais extensa e cansativa), mas o fato denota que os profissionais da área preferem o termo gravador, pelo motivo exposto no início deste texto.   
    Quanto aos dicionários, consultei  os mais utilizados na atualidade.  Apenas dois não registram o termo gravurista: o  Dicionário  Michaelis – Moderno Dic. Da Língua Portuguesa, Edit. Melhoramentos, ano 2002, pág. 1052, registra  apenas gravador: adj. (lat gravatore). Que grava. S.m. 1 Aquele que grava em madeira, aço, cobre, prata etc;  Dicionário  Brasileiro da Língua Contemporânea Caldas Aulete, volume III, da Edit. Delta, 5ª ed., ano 1986, pág. 956, também registra somente o termo gravador, na mesma acepção. O Dicionário Aurelio da Língua Portuguesa, Ed. Positivo, 5ª ed. , ano 2010, registra  gravador, pág. 1051, e gravurista, pág. 1053:[de gravura + ista]S. 2g. "Pessoa que exerce a arte da gravura", e abona o uso com a  seguinte citação da jornalista Marília Martins, do Jornal do Brasil, em 14.04.1992: “A retrospectiva da gravura brasileira parte dos anos 30 e percorre os anos seguintes marcados pela regionalização dos núcleos de gravuristas.” Isso  significa que a abonação foi dada por pessoa leiga no assunto. O Dicionário  Houaiss da Língua Portuguesa, Edit. Objetiva, 1ª ed., 2009, pág. 988, registra os dois termos citados, apresentando gravurista como substantivo de dois gêneros, no sentido de “artista especializado nos processos de gravura”. Já o termo gravador, na pág. 987, é apresentado com um verbete bem mais específico e de acordo com a atividade de gravar em placa ou chapa de matéria dura. O Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras, Edit. Global, 5ª ed. 2009, pág. 411, registra os dois citados termos como de uso corrente na língua. Por fim, encontrei ainda registros dos dois termos  no Dicionário de Usos do Português do Brasil, Edit. Ática, 1ª ed., 2002, de Francisco S. Borba.   
    As consultas referidas  anteriormente apontam  a  preferência clara  do meio artístico pelo termo gravador, nos manuais, livros de gravura, coletâneas, apostilas etc., enquanto  os dicionários  reforçam  a questão do uso  corrente da língua, demonstrado pelos registros de ambos os termos em verbetes,  abonando  tanto um quanto outro. A  Arte abrange um círculo social  muito vasto, a nomenclatura artística  não é veiculada apenas por artistas,  atinge também o público aficionado por arte, admiradores,  galeristas, marchands, colunistas etc.  Esse vasto universo de pessoas é que dita o uso  dos termos linguísticos,  no tempo e no espaço. Por mais que artistas prefiram usar  gravador na fala  cotidiana e em seus escritos,  essa preferência  não é suficiente para fazer com que o termo gravurista perca espaço e  deixe de ser usado.     
   A polêmica é fruto da natureza humana, e no meio artístico não é diferente: artistas são temperamentais e às vezes os ânimos se  acirram.  Nessa disputa, acredito que  só  o tempo vai  mostrar qual dos  termos  permanecerá  em uso no futuro. O provável é que permaneçam os dois. Mas, para os artistas, o que importa não é serem   chamados gravadores ou gravuristas: o importante para nós artistas é continuarmos a fazer gravuras.


Thelmo Olisar Silveira

Thelmo Olisar, natural de Porto União-SC, é graduado em Letras, bacharel em Gravura pela EMBAP e pós-graduado em Arte-Educação. Foi ilustrador gráfico e revisor de textos do Departamento de Ensino da SME de Curitiba-PR. Como artista plástico, participou de coletivas, individuais  e salões, com  premiações. Como professor, atuou em colégios particulares de Curitiba e S. Paulo e na rede pública estadual do Paraná e da Prefeitura Municipal de Curitiba-PR. Foi revisor do jornal O Estado de S. Paulo e redator do BCN-SP. Atualmente, desempenha funções de consultor gramatical do serviço de Telegramática, da Prefeitura Municipal de Curitiba-PR.
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LANÇAMENTOS DE LIVROS


Estivemos presentes ao lançamento do livro infantil “A sementinha no Rio de Janeiro”, que teve lugar na LIVRARIA AGENDARTE, em Curitiba. O livro é de autoria da renomada escritora portuguesa MARIA ISABEL LOUREIRO que veio ao Brasil para participar de vários eventos (homenagens, palestras, lançamentos de livros), entre eles a comemoração do Dia Internacional do Contador de Histórias, em Brasília, Curitiba e Rio de Janeiro, sendo recebida pela Embaixada de Portugal em Brasília.

Página no facebook de Maria Isabel Loureiro:



Gerson Guerra e a escritora, Maria Isabel Loureiro, festejando o sucesso do lançamento do livro.

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Douglas Negrissolli convida para a exposição do artista RIEN, na galeria CRIVO, em São Paulo! Dia 07/04 às 19h.
CX POSTAL 931
Santo André, SP 09180-970

                                                       
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Vanessa Fernandez convida para o lançamento do livro em versão impressa de um trabalho que vem desenvolvendo no Lar dos Velhinhos de Campinas!! O livro também já está disponível em formato e-book no site da Editora Pontocom!



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“O Sal da Terra”, assistir, por quê ? Porque Win Wenders e Sebastião Salgado são imperdíveis.



Sempre fui uma expectadora entregue, isto é,  assumo a condição e espero para expectar. Estou disposta a receber os mandos e desmandos  do espetáculo. A entrega me traz a oportunidade de viajar sem restrição a tal “caverna de Platão”,  mesmo tendo em mente que logo irei sair dela para vivenciar o mundo real, muito mais complexo, duro e menos poético, sempre sigo confiante diante de um espetáculo.  A compensação acontece quando me deparo com viagens inesquecíveis como esta que irei lhes contar na coluna de hoje, uma das mais belas que já presenciei no mundo do  “eu expectante”. “O Sal da Terra”, 2014, documentário franco-ítalo-brasileiro dirigido por Win Wenders e Juliano Salgado.

Imensidão
O filme é construído a partir do olhar do fotógrafo. Emocionante ver os movimentos dos olhos de Sebastião percorrer as próprias fotos  e vê-lo buscar na gênese da lembrança uma nova versão na formulação da recordação.  Assim é possível, ao expectador do filme, vivenciar uma constante tentativa de construir a historicidade da imagem. O presente e o passado do instante decisivo se fundem pela fala do fotógrafo.  É neste sentido que Win Werdens entrega o ouro para nós expectadores. Sebastião Salgado, nosso fotógrafo social que percorreu o mundo em busca de imagens da condição humana, nos vem de bandeja, aquecido e cheiroso para degustarmos. Sem nada a perder, Tião, como seu pai lhe chamava, está lá, agora diante das câmeras como personagem de um filme de sua vida e obra. Ah, Win Werders, que já me emocionou com tantas imagens como em “Paris Texas”, 1984, “As Asas do Desejo”, 1987, “Buena Vista Social Club”, 1999, “O Hotel de um milhão de Dólares”, 2000, “Pina”, 2011; e agora me tira o fôlego em “O Sal da Terra”...
Win Wenders e Sebastião Salgado - Estudos das Imagens 
O filme segue num percurso linear, de acordo com a vida e obra do fotógrafo, isso facilita a compreensão dos fatos e a narração em várias vozes, tira a imposição da “Voz de Deus”, própria de alguns documentários. Portanto, quem for ao cinema assisti-lo, recomendo a tela grande,  terá um panorama bem explicado da trajetória de Sebastião Salgado em suas aventuras pelo planeta Terra.
Um filme sentimental que mostra a face humanista do fotógrafo e nos traz a forte sensação do homem em sua complexidade humana com seus triunfos e pesares em suas escolhas e consequências.
Sebastião Salgado em cena 
Para quem sempre acompanhou o trabalho do fotógrafo vai se emocionar e, para quem nunca ouviu falar dele, muitas pessoas pelo mundo ou até mesmo no Brasil, vai conhecer seu trabalho e valorizá-lo. Foi indicado na categoria de Melhor Documentário na Edição do Oscar 2015 e,  apesar de não ter levado a estatueta, a indicação em si já é um reconhecimento diante dos 134 outros inscritos.


Um daqueles filmes feitos para assistir, rever, comprar e guardar para rever e rever todas as vezes que estivermos desanimados. Continuar e continuar a acreditar no que se acredita. Vale muito a pena conferir "O Sal da Terra" !!! Ótimo filme 



Kátia Peixoto é doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP. Mestre em Cinema pela ECA - USP onde realizou pesquisas em cinema italiano principalmente em Federico Fellini nas manifestações teatrais, clowns e mambembe de alguns de seus filmes. Fotógrafa por 6 anos do Jornal Argumento. Formada em piano e dança pelo Conservatório musical Villa Lobos. Atualmente leciona na FPA - Faculdade Paulista de Artes e na UNIP nos e é integrante do grupo Adriana Rodrigues de Dança Flamenca sob a direção de Antônio Benega.
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Por outros Caminhos



Ah, a bicicleta! Daqui acompanho as mudanças em São Paulo no que diz respeito à ela como um meio de transporte legítimo. Ao contrário do que vemos em muitas cidades do Brasil por razões múltiplas, a Alemanha não abandonou o uso da bicicleta, que é parte integrante do trânsito das cidades. 
Berlim, maravilhosamente plana, com suas ruas e calçadas largas é um lugar perfeito para nós, felizes ciclistas, que além de toda a contribuição para um mundo melhor e para a nossa saúde ainda temos o privilégio de podermos escolher e variar nossos caminhos diários. 
 Assim, quando estamos nas ruas, quando vivemos as ruas da cidade, não podemos evitar experimentar uma avalanche de impressões, entre elas as provocadas pela arte de rua e também pela arte na rua.
 Preciso confessar que não sei exatamente qual é a imagem que se tem de Berlim fora dela. Imagino que tenha a ver com os templos de música Techno, com a cultura jovem e também com a tal estética do destruído e improvisado da década de 90. 
Para mim, Berlim respira arte. A criatividade parece estar no ar, apesar de variar bastante a quantidade e a qualidade do seu contágio, isso se pode observar de maneira flagrante na liberdade do guarda roupa das pessoas, bom, isso seria assunto para um outro momento... 
Voltando às surpresas ao andar de bicicleta, passei há tempos pela Linien Strasse, uma rua do bairro central - Mitte - que no século XVIII era o limite urbano da cidade. Ná época, um região pobre, onde moravam o imigrantes judeus, as camadas de mais baixa renda e a "bandidagem". Bom hoje está tudo bem mudado, claro! Hoje, como falei antes, está tudo mudando, claro! E como falei antes, não falo mais. 
Um dia tive a oportunidade de registrar tudo isso misturado: a arte de rua, a arte na rua e a mudança (ai de novo!) No número 142 da Linienstrasse, onde antes era uma quintal verde cheio de plantas e árvores onde por muitos anos numa delas se pendurava um elefante, um touro passou a pastar ao seu lado.


O jardim desapareceu, e com certeza os antigos moradores. No lugar junto com o touro apareceu também a instalação de Jeongmoon Choi um artista coreano radicado em Berlim. Embaixo da qual fiquei um tempão literalmente encantada...


Além de pinturas nas paredes dos prédios que não foram feitas para durarem séculos e servirem de investimento de capital ocioso. O que considero uma pequena revolução contra o mercado das artes...


Salve a bicicleta, a curiosidade de outros caminhos e, acima de tudo, os inquietos das artes! Isso tudo e muitos mais outras coisas fazem as delícias dos aglomerados urbanos! 





An Valéria Celestino é historiadora e mora em Berlim. Terminou dois “estudos de História” uma vez no Brasil outra na Alemanha. Hoje trabalha como tradutora.

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