Segunda Poética - Poesia Comovida
O BEM BOM DA POESIA COMO VIDA
Bem, eu sou Altair de Oliveira, um poeta pré-tenso e que aqui veio para informar-lhes que assumimos o leme desta galera de poesia, que é a coluna de poesia das segundas-feiras do blog da Contemporartes. Um pouco acanhado, mas bastante orgulhoso da oportunidade de ocupar este papel, tão bem representado pela nossa querida Rosana Banharoli, eu trago grandes esperanças de poder mostrar aqui que a poesia não é tão irrelevante nas nossas vidas como podem querer os nosso tecnocratas. Na verdade eu acho mesmo que, de repente, a poesia funciona como um nepente ou como uma espécie de alimento que nos consente, ou que pretende nos fazer retomar os nossos momentos mais intensos ou mais contentes.
Pretendemos buscar trazer aqui escritos que nos remetam à esta poesia viva, com vida, devidamente ávida de vida, como na vida mesmo. A mesma que às vezes pressentimos que nos toca, nos move e nos comove, mas que muitas vezes devido ao afã de nossas lutas fingimos passar despercebida. Textos estes que tragam sempre seus vetores apontados para esta bem dita poesia, de preferencia à poesia que esta sendo feita hoje no Brasil. Sejam eles poemas, resenhas, comentários, críticas, indicação de eventos ou de leituras onde podemos celebrá-la. Para isto eu conto com o apoio de vocês e de alguns colaboradores (amigos de minha alta consideração e pessoas experimentadas pela arte da palavra), de diferentes pontos do país.
Entretanto, como um peleador desta arte da palavra eu sei o quando é difícil ver um poema publicado, e não pretendo aqui cometer nenhuma espécie de poeticídio ou de sacríficio de talentos literários. Mas sei também que, ao contrário da grande legião de pessoas que ostentam serem seres poéticos ativos e que escrevem desbrecadamente, saturando os espaços dos provedores de internet destinados para isto, nem todo escrito que o autor diz que é poesia pode ser confirmado. É mais provável que poesia seja e esteja, naquele texto, onde uma vez algum leitor a tenha encontrado do que naquele onde um incansável e cansativo autor proclama.
Procuraremos, a medida do possível, trazer aqui textos apresentados ou comentados pelo próprio autor, para que facilitem o entendimento e a apreciação de todos. Estamos convictos de que a poesia precisa ser entendida sim! Pois aqueles textos em que o leitor não entende (há casos em que até o próprio autor não entende!) não pode ser classificado como poesia.
Comentários serão bem-aceitos e serão mantidos, a menos que contrariem os príncipios de ética e a política do site. Assim como sugestões de melhorias e indicações de publicações serão bem-vindas, porém não nos obrigaremos em acatá-las.
A participação dos amantes da poesia nesta coluna será importantíssima para que a boa e nova poesia, que está sendo praticada hoje em nossas vidas, possa um dia ficar uma velhinha boa e linda e continuar ainda acesa.
Bom, meu queridos, sei que sou um ser politicamente desajeitado mas, ainda assim, prometo reencontrá-los na próxima semana e desejo-lhes um carnaval de muita poesia e de festas em vossos corações!
QUEM É ALTAIR DE OLIVEIRA?
Altair de Oliveira nasceu em Panorama-SP em 1961. Foi criado no noroeste paranaense (Xambrê) onde estudou, escreveu seus primeiros versos e trabalhou na lavoura até os 17 anos. Em seguida, mudou-se para o centro-oeste onde permaneceu por 10 anos (Dourados e Campo Grande, Cuiabá, Goiânia e Brasília). Fez suas primeiras publicações, (Fases, 1982 e Curtaversagem ou Vice-Versos, 1988) e freqüentou o curso de direito até o sétimo semestre. Em 1988 mudou-se para Curitiba-PR, onde mora e trabalha como técnico em telecomunicações. Morou em várias cidades do Brasil e também no exterior (Alemanha, Venezuela, EUA e Nicarágua, Bolívia). Publicou seu terceiro livro de poemas O Embebedário Diverso em 1996, com uma segunda tiragem em 2003. Escreveu alguns contos esparsos e resenhas literárias, publicados em antologias e diversos jornais do país. O lento alento, com mais de mil exemplares vendidos, é o quarto livro de poemas do autor e reúne seus escritos de 1996 a 2008.
Pretendemos buscar trazer aqui escritos que nos remetam à esta poesia viva, com vida, devidamente ávida de vida, como na vida mesmo. A mesma que às vezes pressentimos que nos toca, nos move e nos comove, mas que muitas vezes devido ao afã de nossas lutas fingimos passar despercebida. Textos estes que tragam sempre seus vetores apontados para esta bem dita poesia, de preferencia à poesia que esta sendo feita hoje no Brasil. Sejam eles poemas, resenhas, comentários, críticas, indicação de eventos ou de leituras onde podemos celebrá-la. Para isto eu conto com o apoio de vocês e de alguns colaboradores (amigos de minha alta consideração e pessoas experimentadas pela arte da palavra), de diferentes pontos do país.
Entretanto, como um peleador desta arte da palavra eu sei o quando é difícil ver um poema publicado, e não pretendo aqui cometer nenhuma espécie de poeticídio ou de sacríficio de talentos literários. Mas sei também que, ao contrário da grande legião de pessoas que ostentam serem seres poéticos ativos e que escrevem desbrecadamente, saturando os espaços dos provedores de internet destinados para isto, nem todo escrito que o autor diz que é poesia pode ser confirmado. É mais provável que poesia seja e esteja, naquele texto, onde uma vez algum leitor a tenha encontrado do que naquele onde um incansável e cansativo autor proclama.
Procuraremos, a medida do possível, trazer aqui textos apresentados ou comentados pelo próprio autor, para que facilitem o entendimento e a apreciação de todos. Estamos convictos de que a poesia precisa ser entendida sim! Pois aqueles textos em que o leitor não entende (há casos em que até o próprio autor não entende!) não pode ser classificado como poesia.
Comentários serão bem-aceitos e serão mantidos, a menos que contrariem os príncipios de ética e a política do site. Assim como sugestões de melhorias e indicações de publicações serão bem-vindas, porém não nos obrigaremos em acatá-las.
A participação dos amantes da poesia nesta coluna será importantíssima para que a boa e nova poesia, que está sendo praticada hoje em nossas vidas, possa um dia ficar uma velhinha boa e linda e continuar ainda acesa.
Bom, meu queridos, sei que sou um ser politicamente desajeitado mas, ainda assim, prometo reencontrá-los na próxima semana e desejo-lhes um carnaval de muita poesia e de festas em vossos corações!
QUEM É ALTAIR DE OLIVEIRA?
Altair de Oliveira nasceu em Panorama-SP em 1961. Foi criado no noroeste paranaense (Xambrê) onde estudou, escreveu seus primeiros versos e trabalhou na lavoura até os 17 anos. Em seguida, mudou-se para o centro-oeste onde permaneceu por 10 anos (Dourados e Campo Grande, Cuiabá, Goiânia e Brasília). Fez suas primeiras publicações, (Fases, 1982 e Curtaversagem ou Vice-Versos, 1988) e freqüentou o curso de direito até o sétimo semestre. Em 1988 mudou-se para Curitiba-PR, onde mora e trabalha como técnico em telecomunicações. Morou em várias cidades do Brasil e também no exterior (Alemanha, Venezuela, EUA e Nicarágua, Bolívia). Publicou seu terceiro livro de poemas O Embebedário Diverso em 1996, com uma segunda tiragem em 2003. Escreveu alguns contos esparsos e resenhas literárias, publicados em antologias e diversos jornais do país. O lento alento, com mais de mil exemplares vendidos, é o quarto livro de poemas do autor e reúne seus escritos de 1996 a 2008.
O PORQUÊ DO POEMA
Em 1981, depois de uma conturbada viagem de 2 dias de ônibus de Porto Velho a Manaus, chegávamos às margens do rio Amazonas. Aí seria só atravessar o rio de balsa e entraríamos na cidade, que devido à imensidão do rio não podia ainda ser vista. Eram aproximadamente 18hs de uma tarde clara num dia de lua cheia, por isto o espetáculo era memorável: enquando o sol se abaixava dum lado do rio, a lua se erguia do outro. A travessia proporcionava instantes de sonolenta beleza, mas de repente uma outra beleza ainda maior me encheu os olhos e me amanheceu de vez: era o encontro das àguas! O rio Solimões e o rio Negro ainda se encontrando para, a partir dalí, se chamar rio Amazonas. Recordo-me que fiquei um tempão ali contemplando aque abraço enorme e que continuavam quilometros abaixo, como se acariciassem. A primeira coisa que me ocorreu foi escrever sobre aquilo, queria talvez perdurar ou não perder a beleza retida.
Passei anos entre tentativas e tentativas frustradas de descrever aquele encontro de rios, mas as idéias, como as águas, sempre se misturavam...
Um dia percebi subitamente que aqueles rios, de certa forma, agiam como pessoas queridas que se acharam, e em seguida percebi o contrário! Acabei ali descobrindo um mote que viria a conter uma das metáforas mais importante de minha vida: "As pessoas são como os rios, mas os rios também são como as pessoas!" Passara-se 15 anos, o poema pode então ser escrito.
O POEMA
CONFLUÊNCIA PASSIONAL
Imaginem rios que se querem
e se esperem presos pelo cheiro
se arrastem tortos pelo mundo
afagando o leito em desespero...
Imaginem rios que se gostem
e se encostem longos de desejo
e se encontrem prontos de ternura
se misturem cada vez mais beijo
e se deixem em êxtase de espuma
troquem águas, algas, mágoas, peixes...
Altair de Oliveira – In: O Embebedário Diverso
Passei anos entre tentativas e tentativas frustradas de descrever aquele encontro de rios, mas as idéias, como as águas, sempre se misturavam...
Um dia percebi subitamente que aqueles rios, de certa forma, agiam como pessoas queridas que se acharam, e em seguida percebi o contrário! Acabei ali descobrindo um mote que viria a conter uma das metáforas mais importante de minha vida: "As pessoas são como os rios, mas os rios também são como as pessoas!" Passara-se 15 anos, o poema pode então ser escrito.
O POEMA
CONFLUÊNCIA PASSIONAL
Imaginem rios que se querem
e se esperem presos pelo cheiro
se arrastem tortos pelo mundo
afagando o leito em desespero...
Imaginem rios que se gostem
e se encostem longos de desejo
e se encontrem prontos de ternura
se misturem cada vez mais beijo
e se deixem em êxtase de espuma
troquem águas, algas, mágoas, peixes...
Altair de Oliveira – In: O Embebedário Diverso
Ilustrações: fotos de trabalhos do grande pintor matogrossense Adir Sodré : "Alegria de viver", "Viola amarela caboclo João Voa" e "Chuva de Cajús".
Altair de Oliveira inagura hoje sua coluna semanal Segunda Poética - Poesia Comovida. s poesia.comentada@gmail.com. Contará com a colaboração de Marilda Confortin - Sul - marildaconfortin@yahoo.com.br e Rodolpho Saraiva - RJ / Leste - rodolpho.saraiva@gmail.com
10 comentários:
seja bem vindo... vc. respira poesia meu caro!
15 de fevereiro de 2010 às 10:58Legal, seja bem vindo poeta. Você sabe como casar poesia e pintura, causando um nepente na alma da gente! Porque "alegria de viver" e "confluência passional" formam juntamente uma bela celebração!E esse artista Adir Sodré...me pegou. Este seu trabalho "alegria de viver é verdadeira poesia. Adir e Altair, vocês são maravilhosos.
15 de fevereiro de 2010 às 12:43Apaixonei.
Joselisa Teixeira.
Parabéns pelo belo início.
16 de fevereiro de 2010 às 00:18E que a poesia contemporânea viva alegre, e se transforme nessa velhinha festeira preconizada por você.
Sucesso.
Vanda
Muitíssimo obrigada pelo carinho de sempre.
16 de fevereiro de 2010 às 12:28Sejam bem-vindos:você e sua poesia de profundidade, que gentilmente, compartilha conosco.rosana banharoli
Wowwwww, Arrasou! Como sempre!
16 de fevereiro de 2010 às 16:35muito bacana
16 de fevereiro de 2010 às 22:07Iluminado amigo Altair...
17 de fevereiro de 2010 às 10:36Eternos Parabéns a vc!
Sua luz é refletida em cada coração,
pois seu brilho é intenso.
Te Adoro!!!
Lenir
Que lindo parabéns, que vc possa brilhar e encantar cada dia mais as pessoas com sua arte de escrever belas poesias.
18 de fevereiro de 2010 às 18:18Lia Martins
Altair,
19 de fevereiro de 2010 às 19:02Hoje conheci um pouquinho mais desse amigo
tão especial.
E me encantei pela poesia .
Parabéns e muito sucesso hoje e sempre.....
Sil Leite
Lindíssimo... de tirar o fôlego.
20 de fevereiro de 2010 às 14:33Parabéns,poeta!
Nana de Deus
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