sábado, 25 de setembro de 2010

Abertura - Especial Enearte XIV






No início dessa semana, aconteceu em Ouro Preto o décimo quarto Encontro Nacional dos Estudantes de Arte (Enearte) e a Revista ContemporArtes estava lá!
Para que você fique por dentro do que foi esse encontro e do que rolou em Ouro Preto, a equipe ContemporArtes decidiu falar tudinho, tudinho com textos saídos do forno mineiro para você se deliciar e ficar com gostinho de quero mais!

Durante toda a semana, os ContemporArtes que estiveram em Ouro Preto contarão um pouco mais do que foi essa aventura e nós convidamos você leitor com muito carinho para compartilhar nossos momentos!
É com prazer que faço a abertura do Especial Enearte XIV nessa manhã de sábado.

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Uma experiência quase perfeita!
Escolhi a cor roxa para falar de Ouro Preto porque acho sinceramente que o roxo combina com Ouro Preto: roxo, marrom, ouro, preto, são cores que combinam com a cidade mineira. Aliás, várias cores combinam com essa cidadezinha mineira. Acho até que todas as cores combinam com ela, afinal, essa cidade é linda, muito mais do que linda, "very very beautiful... você me deixa d..." ops! Desculpa aí gente, "me empolguei"!.

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.Eu particularmente, como historiadora formada, tinha uma ansiedade muito grande em conhecer Ouro Preto. Lembro da época da graduação que houve várias excursões para conhecer esse marco da história da arte no Brasil, mas devido ao muito trabalho não pude ir e aquilo gerou uma expectativa enorme dentro de mim. Essa expectativa foi cumprida nesse ano e não se frustrou, muito ao contrário: além de ter sido superada, fiquei com vontade de nunca mais sair de lá.

Não é só a arquitetura, as esculturas e os grandes nomes, como Ataíde e Aleijadinho que fazem a cidade magnífica, a diferença cultural que ali se instalou foi o que mais me chamou a atenção. Nunca fui a uma cidade onde pudesse ver pessoas discutindo o naturalismo na calçada, os camelôs falassem espanhol e inglês vendendo pedras preciosas e tanta gente interessante e inteligente dos mais diversos campos de estudo pudesse confraternizar tão livremente cultura.


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Devido à Universidade Federal de Ouro Preto, a cidade contém um altíssimo nível de estudantes, muitas repúblicas (uma parte da nossa galera ficou numa república feminina chamada "Beijinho Doce"), muita bagunça e muita igreja para pagar o pecado! É muito interessante ver uma cidade consideravelmente pequena, que não tem trânsito, mas também não tem ritmo de interior: é super badalada.
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Diferente de São Paulo, lá as pessoas têm grande facilidade de abrir as portas para o outro e de se relacionar. Se você quer sair na night em São Paulo, você liga para os amigos, combina um lugar de encontro e vai. Lá você conhece pessoas que você nunca mais verá, troca telefone falso para não ser encontrado e talvez mantenha uma conversa no orkut e msn. Se você sair na rua sozinho, corre risco de ficar na solidão, ou no máximo, encontrar mais uma relação "fast-food" como na balada.

Já em Ouro Preto, caiu na rede é peixe! Se você pôr o pé na rua e sair andando sozinho, você encontra pessoas, conversas inteligentes e quando vê, fez um amigo. No dia seguinte, se você sair na rua, você provavelmente vai esbarrar com ele, ele vai lembrar de você, vai te chamar para alguma balada cultural e ainda vai te apresentar para outros amigo. Ouro Preto não descansa e tem bagunça para tudo que é gosto: jazz, teatro, dança, capoeira, cinema, música, animação, tudo de bom! E o melhor, é que você não precisa combinar nada com antecedência, como disse: caiu na rede é? Ouro-pretense! .


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O Enearte fez uma escolha que se encaixou perfeitamente na proposta e quando chegamos lá, havia gente de todos os Estados brasileiros: 10, 12, 20 horas e até dias de viagem a galera encarou para ir a esse encontro. Verdadeiros arteiros! Ops, artistas! Lá, a Revista ContemporArtes arrasou: vestimos uma camisa com a imagem da Liz Taylor, pintada por Andy Warhol, fizemos uma imensa bagunça e até uma pequena entrevista demos para a TV de Ouro Preto! Foi demais!
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Para mim, essa foi uma experiência quase perfeita e só não foi perfeita, porque em um determinado momento "o sonho acabou"... Não para Ouro Preto claro! Só para mim que precisei voltar à realidade. Mas o bom de acordar, é que a gente sempre volta a sonhar!


Bem vindos ao Especial Enearte XIV - Ouro Preto!!!





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Yone Ramos é historiadora, teóloga e parte de uma maravilhosa equipe chamada ContemporArtes!



5 comentários:

Unknown disse...

O breve relato de Yone descreve uma cidade maravilhosa, com muitas opções de passeios fora a bagagem cultural que carregamos de um lugar desses, é realmente ótimo ter uma experiencia dessas em lugares e com pessoas diferentes do nosso cotidiano, parabéns.

25 de setembro de 2010 às 12:05
Anônimo disse...

Obrigadão Dan, realmente foi uma experiência pra lá de incrível!
Bjos!

25 de setembro de 2010 às 18:58
DKS disse...

Gostei da foto (porque dinheiro é bom, né? rs).

Legal ver a valorização de um (dentre muitos) patrimônio histórico-cultural brasileiro que não é bunda, samba ou feijoada.

Fico feliz pela experiência enriquecedora.

26 de setembro de 2010 às 12:32
Anônimo disse...

Obrigada mesmo, foi uma pena que não pude carregar vocês comigo rs... bjãooo!

26 de setembro de 2010 às 12:40
Unknown disse...

yone, gostei da leveza e do bom humor do texto. lógico que tudo q sentimos-vivemos-sonhamos em OP é inenarrável, mas aqui temos uma pitada com um toque de safira dessa rica experiência.Parabéns.abraços da chefa e amiga Ana Maria

26 de setembro de 2010 às 14:43

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