Segunda Poética
Ballet
Nuvem humana,
gaivota lunar,
o astronauta flutua,
livre da gravidade
como os ressuscitados.
Constelações iluminam seu bailado,
no tablado da noite universal.
Nuvem humana,gaivota lunar,
o astronauta flutua,
livre da gravidade
como os ressuscitados.
Constelações iluminam seu bailado,
no tablado da noite universal.
Helena Kolody
Como o assunto é poesia, hoje divulgo o resultado de um dos concursos mais disputados no País
Concurso de Poesia Helena Kolody (informações: Secretaria da Cultura) e comentários polêmicos de seus jurados. É só conferir!
A edição 2009 do Concurso de Poesia Helena Kolody apresentou um dos melhores níveis dos últimos anos, com 3.285 poemas de todo o País. Foram distribuídos R$ 10 mil em prêmios, para os três primeiros colocados. O primeiro prêmio ficou para a poeta mato-grossense, de Cuiabá, Andreza Silva Pereira, que escreveu Sal-dor. Na segunda colocação ficou, a gaúcha Claudia Schroeder, com a poesia Jantar. O terceiro lugar ficou com o poeta paraibano Valberto Cardoso da Silva, que escreveu Pré-destino.
Para Domingos Pellegrini, que compôs o júri ao lado Estrela Leminski e Fabricio Carpinejar, a característica comum aos trabalhos apresentados foi a ausência da metalinguagem. “Havia qualidade em todos os poemas. Nota-se que não existem tantos poemas de metalinguagem, da poesia falando da poesia. Houve também um esmorecimento na necessidade de ser vanguarda. Acho que caiu a ficha das pessoas que o maior patrimônio que o artista tem é a sua personalidade”, observou.
O escritor gaúcho e atual vencedor do Prêmio Jabuti, Fabricio Carpinejar, comentou que houve amadurecimento da poesia sobre as pessoas e sua visão de mundo e da língua. “Houve personalidade da maior parte dos concorrentes. Uma grande homogeneidade em termos de personalidade e expressão própria. A inovação é o adensamento da experiência. O quanto nós temos conseguido digerir as influências. O quanto que os poetas não tem medo de usar e renovar estruturas clássicas.”
Sobre as poesias que ganharam, Pellegrini contou que há duas características comuns entre elas: o adensamento e a concisão. “Os poemas que ganharam os três primeiro lugares são curtos. Nós estamos chegando a um tempo em que os poemas estão se tornando figuras emblemáticas. Há uma tendência na cultura de entropia, de desgastar e de conservar o núcleo essencial de cada coisa.”
Está previsto para o primeiro semestre de 2010, a publicação de uma antologia que inclui os vencedores do Concurso de poesia e mais os autores contemplados no Concurso de Conto Newton Sampaio, assim como aqueles receberam menção honrosa da comissão julgadora. Os contos e poesias vencedoras vão compor um livro e cada autor selecionado receberá 50 exemplares dessas edições.
Primeiro lugar:
Autor: Andreza Silva Pereira (Cuiabá – MT)
Poesia: Sal-dor
Lágrima por mais que doa, voa
E deixa sal de conservar caminho
Segundo lugar:
Autor: Claudia Schroeder (Porto Alegre – RS)
Poesia: Jantar
A música estranha
o vinho pálido-branco
o aspargo
a couve-chinesa
(o menu para um a francesa).
Ah, como são tristes
os pratos
de porção única
quando há espaço
para dois
na mesa.
Terceiro lugar:
Autor: Valberto Cardoso da Silva (João Pessoa – PB)
Poesia: Pré-destino
Guardados fiquemos
Do útero ao túmulo
Por enquanto monólogo
Depois silêncio
A edição 2009 do Concurso de Poesia Helena Kolody apresentou um dos melhores níveis dos últimos anos, com 3.285 poemas de todo o País. Foram distribuídos R$ 10 mil em prêmios, para os três primeiros colocados. O primeiro prêmio ficou para a poeta mato-grossense, de Cuiabá, Andreza Silva Pereira, que escreveu Sal-dor. Na segunda colocação ficou, a gaúcha Claudia Schroeder, com a poesia Jantar. O terceiro lugar ficou com o poeta paraibano Valberto Cardoso da Silva, que escreveu Pré-destino.
Para Domingos Pellegrini, que compôs o júri ao lado Estrela Leminski e Fabricio Carpinejar, a característica comum aos trabalhos apresentados foi a ausência da metalinguagem. “Havia qualidade em todos os poemas. Nota-se que não existem tantos poemas de metalinguagem, da poesia falando da poesia. Houve também um esmorecimento na necessidade de ser vanguarda. Acho que caiu a ficha das pessoas que o maior patrimônio que o artista tem é a sua personalidade”, observou.
O escritor gaúcho e atual vencedor do Prêmio Jabuti, Fabricio Carpinejar, comentou que houve amadurecimento da poesia sobre as pessoas e sua visão de mundo e da língua. “Houve personalidade da maior parte dos concorrentes. Uma grande homogeneidade em termos de personalidade e expressão própria. A inovação é o adensamento da experiência. O quanto nós temos conseguido digerir as influências. O quanto que os poetas não tem medo de usar e renovar estruturas clássicas.”
Sobre as poesias que ganharam, Pellegrini contou que há duas características comuns entre elas: o adensamento e a concisão. “Os poemas que ganharam os três primeiro lugares são curtos. Nós estamos chegando a um tempo em que os poemas estão se tornando figuras emblemáticas. Há uma tendência na cultura de entropia, de desgastar e de conservar o núcleo essencial de cada coisa.”
Está previsto para o primeiro semestre de 2010, a publicação de uma antologia que inclui os vencedores do Concurso de poesia e mais os autores contemplados no Concurso de Conto Newton Sampaio, assim como aqueles receberam menção honrosa da comissão julgadora. Os contos e poesias vencedoras vão compor um livro e cada autor selecionado receberá 50 exemplares dessas edições.
Primeiro lugar:
Autor: Andreza Silva Pereira (Cuiabá – MT)
Poesia: Sal-dor
Lágrima por mais que doa, voa
E deixa sal de conservar caminho
Segundo lugar:Autor: Claudia Schroeder (Porto Alegre – RS)
Poesia: Jantar
A música estranha
o vinho pálido-branco
o aspargo
a couve-chinesa
(o menu para um a francesa).
Ah, como são tristes
os pratosde porção única
quando há espaço
para dois
na mesa.
Terceiro lugar:
Autor: Valberto Cardoso da Silva (João Pessoa – PB)
Poesia: Pré-destino
Guardados fiquemos
Do útero ao túmulo
Por enquanto monólogo
Depois silêncio
Menções-honrosas
Autor: Marcos Antonio de Oliveira Ferreira (Recife – PE)
Poesia: Quase-Crônica do Adeus
Autor: Valeria Mares Alvares – (Belo Horizonte – MG)
Poesia: A Poesia
Autor: Rodrigo Domit – (Rio de Janeiro – RJ)
Poesia: Curiosa
Autor: Marcus Vinicius Quiroga – (Rio de Janeiro – RJ)
Poesia: Da arte de se olhar no espelho
Autor: Rodrigo Fernandez Pinto – (Maceió – AL)
Poesia: O odor das coisas em pânico
Autor: Carlos Barbosa Junior – (Curitiba – PR)
Poesia: Manhã
Autor: Ricardo Luiz de Souza Thomé – (Rio de Janeiro – RJ)
Poesia: Juras e promessas
Autor: Eduardo Dominguez Trindade - (Rio de Janeiro – RJ)
Poesia: Ausência
Autor: João Goulart de Souza Gomes – (Salvador – BA)
Poesia: Pluvial
Autor: Rafael Alexandre Gomes dos Prazeres – (Salvador – BA)
Poesia: Hipertexto de Fidelidade
Autor: Rudinei Borges – (São Paulo – SP)
Poesia: Meninos da sétima rua
Autor: Germana Lima de Almeida (Fortaleza – CE)
Poesia: Nós
Fonte: Agência Estadual de Notícias - 23/10/2009 13:00:00
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Rua Deputado Mário de Barros, 1556 - Centro Cívico - 80530-280 Curitiba - PR
Telefone: 41 3350-1212 3350-1270 3350-1275 - Fax: 41 3350-1296
Desenvolvido pela CELEPAR
Autor: Marcos Antonio de Oliveira Ferreira (Recife – PE)
Poesia: Quase-Crônica do Adeus
Autor: Valeria Mares Alvares – (Belo Horizonte – MG)
Poesia: A Poesia
Autor: Rodrigo Domit – (Rio de Janeiro – RJ)
Poesia: Curiosa
Autor: Marcus Vinicius Quiroga – (Rio de Janeiro – RJ)
Poesia: Da arte de se olhar no espelho
Autor: Rodrigo Fernandez Pinto – (Maceió – AL)
Poesia: O odor das coisas em pânico
Autor: Carlos Barbosa Junior – (Curitiba – PR)
Poesia: Manhã
Autor: Ricardo Luiz de Souza Thomé – (Rio de Janeiro – RJ)
Poesia: Juras e promessas
Autor: Eduardo Dominguez Trindade - (Rio de Janeiro – RJ)
Poesia: Ausência
Autor: João Goulart de Souza Gomes – (Salvador – BA)
Poesia: Pluvial
Autor: Rafael Alexandre Gomes dos Prazeres – (Salvador – BA)
Poesia: Hipertexto de Fidelidade
Autor: Rudinei Borges – (São Paulo – SP)
Poesia: Meninos da sétima rua
Autor: Germana Lima de Almeida (Fortaleza – CE)
Poesia: Nós
Fonte: Agência Estadual de Notícias - 23/10/2009 13:00:00
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Cabe, portanto a cada qual concordar com a classificação ou não. Seguir os conselhos ou não. Ao menos na poesia somos livres ou não!?.
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