Despertar
Coluna As HorasVamos refletir sobre o que fazemos e o que deixamos de fazer em nossas vidas, achando que vai dar tempo...a quetão é...nem sempre dá..
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O sol, o relógio, o trabalho, sua casa. Luz apagada, mas várias velas acesas. Sobre a mesa uma garrafa, ao lado um copo. O Olhar vago, música distante, momentos. Uma tristeza constante e crescente. Passos, a porta, alguém que chega e vai. Indecisão angustia solidão. Culpa totalmente sua, não pôde abandonar certos medos. Uma grande covardia. Rotina, apenas uma desculpa falha, não convence nem mesmo ele. Sonhos, realidade dura, cruel e infalível. O fim, a paz, desespero, a consciência. Talvez sua única e última felicidade, a visão de um pássaro numa árvore cantarolando. Resolução, coragem, liberdade, vôo, janela aberta, vento forte, papéis, relógio parado, caído. Dor dilacerante, inesperada. Vela finda. Uma vida não vivida... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...
Chuva, vento, frio, algo que se rompe sem silêncio. Um pensamento. Uma lágrima. Um gesto, um toque tímido, um olhar, o esboço de um sorriso. Uma janela que bate com o vento . Fúria. O Tempo. O vento, lufada de vento, uma leve brisa; o céu azul, borboletas, nuvens, pardais, folhas, um cão a seus pés, uma cadeira de balanço e seu ranger que agrada os ouvidos. Certo alguém que chega um olhar cúmplice, uma mão, um ruído, sorrisos simultâneos, novo ranger, dessa vez, porém mais suave. O Sol beija a noite e segue seu caminho, preparando - se para o renascer.
Giliane S. de Moura escreve semanalmente no ContemporArtes
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