Segunda Poética

Segunda Poética

Nesta segunda, vamos conhecer uma beiradinha da poesia haitiana, produzida a sangue em prol de liberdade: Jacques Viau Renaud; René Depestre; Leon Laleau e do martinicano Aimé Césaire. Mais, um poemalouvor da paulista Amélia Ben.

As doações para o Haiti podem ser nos endereços: www.mtv.com.br/haiti  ou   http://www.hopeforhaitinow.org/


Planeta HAITI


                     Amélia Ben(SP)
Ferido por tragédias

Recobra energias

No barro de seu quintal
:enterra lembranças

crianças esperanças
: liberta vidas nos braços de mães

nos raios de cada manhã
Quando o tempo é amor


Jacques Viau Renaud deixou vasta obra, compreensivelmente não divulgada no Brasil ou em outros países vitimados pela opressão estrangeira. Numa delas, escreveu:


Em que preciso momento nos separamos da vida,

Em que lugar,

Em que canto do caminho?

Em qual de nossas travessias se deteve o amor

Para que disséssemos adeus?

Nada tem sido tão duro quanto permanecer de joelhos.

Ou seja, a terra de poetas, solidários e revolucionários, segue pagando um alto preço por ter ousado, um dia, ser livre. E se depender do povo haitiano, não haverá rendição enquanto houver um agressor, como profetizou Jacques Viau Renaud.

Não haverá paz!

Lágrimas para quebrar as lágrimas,

Morte para quebrar a morte!


Do poeta haitiano Léon Laleau

Canibal

o desejo selvagem, o ardor,

de misturar o sangue e as feridas

aos gestos e caretas do Amor

e de achar, debaixo das mordidas

que perpetuam o sabor dos beijos,

os soluços da amante e os seus ais…

ah! rudes e intranqüilos desejos

de meus antepassados canibais…


do poeta martinicano Aimé Césaire, em homenagem aos haitianos

palavra-macumba

"a palavra é mãe dos santos

a palavra é pai dos santos

com a palavra serpente é possível atravessar um rio

povoado de jacarés

me acontece eu desenhar uma palavra no chão

com uma palavra fresca pode-se atravessar o deserto de um dia

existem palavras remo para afastar tubarão

existem palavras iguana

existem palavras sutis essas são palavras bicho-pau

existem palavras de sombra com despertadores em cólera faiscante

existem palavras Xangô

me acontece de nadar malandro nas costas de uma palavra golfinho"

Pesquisa nos endereços:


http://www.dzai.com.br/

http://os.dias.e.as.horas.zip.net/ de Alberto Guzik

http://www.antoniomiranda.com.br/Iberoamerica/haiti/rodney_saint_eloi.html

http:// http://www.salamandro.blogspot.com/, de Leo Gonçalves

Indico ouvir no YouTube: http://www.youtube.com/



Hommage à Monsieur Aimé Césaire

Lunik,Seisma et Säb jeunes slammeurs parisiens ont écris des textes pour rendre hommage à Aimé Césaire.
réalisation: Selon Mathieu shushproduction.com
Direction artistique: corinne Alexia RF
Générique: Didier Leclerc Lunik,Seisma et Säb jeunes slammeurs parisiens ont écris des textes pour rendre hommage à Aimé Césaire.
réalisation: Selon Mathieu shushproduction.com
Direction artistique: corinne Alexia RFO
Générique: Didier Leclerc
Duração: 06:01

Aimé Césaire : Il faut rendre à Césaire.
Présenté au théâtre des corps saints lors du festival d'avignon off 2008, La Compagnie stéphanoise : Le GRAC (Groupe de recherche et d'action culturelles) dans la Loire, met en Scène 'le Discours' d'Aimé Césaire avec Djamila Zeghbab et Robbas Biassi Biassi avec ajouts de textes de ses amis Senghor e ... Présenté au théâtre des corps saints lors du festival d'avignon off 2008, La Compagnie stéphanoise : Le GRAC (Groupe de recherche et d'action culturelles) dans la Loire, met en Scène 'le Discours' d'Aimé Césaire avec Djamila Zeghbab et Robbas Biassi Biassi avec ajouts de textes de ses amis Senghor et Depestre.
Lumière : Gérard Cool
Duração: 06:20

Jacques Viau Renaud - cielonaranja
Jacques Viau Renaud, poeta haitiano y dominicano, leido por René Depestre Jacques Viau Renaud, poeta haitiano y dominicano, leido por René Depestre
Duração: 02:30
Rosana Banharoli é e/ou transpira para ser poeta. Coordenadora deste blog.

rosana_banharoli@hotmail.com