GLOBALIZAÇÃO, DEMASIADA GLOBALIZAÇÃO
Por Leonardo Rodrigues de Oliveira.
As aparências não estão nos enganando, nos deparamos todos os dias com uma sociedade que sustenta em seu bojo a desigualdade. Espaços repartidos pela instabilidade política e cultural que se equilibra sobre uma navalha afiada, que não responde ao perigo dessa brincadeira, e cada vez mais se conectam a esse sistema mundo.
O que podemos dizer da globalização, esse termo tão forte, costumeiramente associada ao papel de homogeneizar tudo quanto diferenças culturais através da massificação de informação. Estamos diante de um velho, porém, pós-moderno dilema da relativização das identidades culturais em face desse monstruoso movimento global. Quais são as verdades ou as perspectivas por trás desse movimento, estamos mesmo acabando com as diferenças locais e nos tornando uma sociedade globalmente massificada pela indústria da informação que, ao mesmo tempo em que informa também nos aliena?
Não! Definitivamente não podemos afirmar a unilateralidade desse processo, que tudo é padronização massiva, que tudo é um simples caso de simplificação. É fato, a globalização da informação nos remete ao acesso instantâneo a uma gama infinita de informação e o local sofre a influência desse movimento tanto quanto o global. Trata-se, portanto, de um movimento de mão dupla: as mesmas informações que ditam as identidades culturais ao redor do mundo, também provocam sua diferenciação instantânea no contato do novo com o tradicional.
A sociedade ocidental, impulsionada pela capitalização de seus ritos e costumes, não pede licença pra entrar, ela simplesmente se impõem sobre os espaços que lhe melhor convir. Porém, não quer dizer, sobretudo, que se trata de uma fatalidade do nosso tempo. A narrativa é simples: somos uma sociedade em evolução, e a informação modifica aqueles que estão abertos a ela. Não se trata de uma forma de massificação, mas sim de uma nova relação com a indústria da informação, uma nova relação do local com o global e do global com o local.
A globalização proporciona um fluxo desequilibrado entre as culturas, forma ilhas de desigualdades entre o centro ocidental e o resto do mundo. É exatamente esse movimento de diferenciação que nos permite dizer que essa massificação da informação ao mesmo tempo em que homogeneíza, também proporciona a diferença. Não se trata de um fenômeno visível aos olhos mais distraídos, se trata de um movimento de implosão, se processando no interior da própria sociedade globalizada. Guetos, sociedades tradicionais e espaços marginalizados processam diariamente esse bombardeio cultural e se transformam de forma particular, produzindo e se reproduzindo de forma diferenciada de acordo com sua história, cultura e identidade particular.
Um mundo padronizado? Talvez para aqueles que acreditam que a forma mais simples de regulamentação se concentra apenas ao que é visível e palpável aos sentidos mais simples da sociedade. Há mais do que só consumo e produção material, também somos feitos de memória e de uma consciência cosmopolita que aplica um caráter particular a essas mudanças propostas pela dita globalização. Vítimas ou agentes dessa mudança, ou como proclama Nietzsche, “prego ou martelo?”, seja lá qual dessas roupagens nos vestimos, que cada um de nós escolha seu papel no processo e conseqüência da formação de sua identidade cultural nessa pós-modernidade globalizada.
Contribuição do leitor Leonardo Rodrigues de Oliveira, graduado em Turismo pela Faculdade de Ensino Superior de Itabira (2005). Também é estudante de Geografia da Universidade Federal de Viçosa, tem experiência na área de Geografia, com ênfase na Geografia humana, atuando principalmente nas áreas de organização do espaço. Esta atuação representa um esforço maior de harmonização entre as respectivas áreas e melhor aproveitamento de técnicas para entender o espaço.
O que podemos dizer da globalização, esse termo tão forte, costumeiramente associada ao papel de homogeneizar tudo quanto diferenças culturais através da massificação de informação. Estamos diante de um velho, porém, pós-moderno dilema da relativização das identidades culturais em face desse monstruoso movimento global. Quais são as verdades ou as perspectivas por trás desse movimento, estamos mesmo acabando com as diferenças locais e nos tornando uma sociedade globalmente massificada pela indústria da informação que, ao mesmo tempo em que informa também nos aliena?
Não! Definitivamente não podemos afirmar a unilateralidade desse processo, que tudo é padronização massiva, que tudo é um simples caso de simplificação. É fato, a globalização da informação nos remete ao acesso instantâneo a uma gama infinita de informação e o local sofre a influência desse movimento tanto quanto o global. Trata-se, portanto, de um movimento de mão dupla: as mesmas informações que ditam as identidades culturais ao redor do mundo, também provocam sua diferenciação instantânea no contato do novo com o tradicional.
A sociedade ocidental, impulsionada pela capitalização de seus ritos e costumes, não pede licença pra entrar, ela simplesmente se impõem sobre os espaços que lhe melhor convir. Porém, não quer dizer, sobretudo, que se trata de uma fatalidade do nosso tempo. A narrativa é simples: somos uma sociedade em evolução, e a informação modifica aqueles que estão abertos a ela. Não se trata de uma forma de massificação, mas sim de uma nova relação com a indústria da informação, uma nova relação do local com o global e do global com o local.
A globalização proporciona um fluxo desequilibrado entre as culturas, forma ilhas de desigualdades entre o centro ocidental e o resto do mundo. É exatamente esse movimento de diferenciação que nos permite dizer que essa massificação da informação ao mesmo tempo em que homogeneíza, também proporciona a diferença. Não se trata de um fenômeno visível aos olhos mais distraídos, se trata de um movimento de implosão, se processando no interior da própria sociedade globalizada. Guetos, sociedades tradicionais e espaços marginalizados processam diariamente esse bombardeio cultural e se transformam de forma particular, produzindo e se reproduzindo de forma diferenciada de acordo com sua história, cultura e identidade particular.
Um mundo padronizado? Talvez para aqueles que acreditam que a forma mais simples de regulamentação se concentra apenas ao que é visível e palpável aos sentidos mais simples da sociedade. Há mais do que só consumo e produção material, também somos feitos de memória e de uma consciência cosmopolita que aplica um caráter particular a essas mudanças propostas pela dita globalização. Vítimas ou agentes dessa mudança, ou como proclama Nietzsche, “prego ou martelo?”, seja lá qual dessas roupagens nos vestimos, que cada um de nós escolha seu papel no processo e conseqüência da formação de sua identidade cultural nessa pós-modernidade globalizada.
Contribuição do leitor Leonardo Rodrigues de Oliveira, graduado em Turismo pela Faculdade de Ensino Superior de Itabira (2005). Também é estudante de Geografia da Universidade Federal de Viçosa, tem experiência na área de Geografia, com ênfase na Geografia humana, atuando principalmente nas áreas de organização do espaço. Esta atuação representa um esforço maior de harmonização entre as respectivas áreas e melhor aproveitamento de técnicas para entender o espaço.
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