terça-feira, 22 de novembro de 2011

Cotas medidas paliativas


            Quero falar sobre as cotas para os afrodescendentes, há uma divisão e discursão muito grande a favor e contra.
            É um tema que vem sendo discutida em inúmeras reuniões, palestra. Mas vemos que ao longo dos anos a discriminação e o racismo não diminuíram. E com isso os cotistas são desprezados mediante a sua condição. 
            Acredito que as cotas, é como se fosse os primeiros socorros, de uma doença muito grave que necessita de remédios que atuem diretamente na causa. Não podemos viver tampando buracos, ou tentar compensar mais de 300 anos de escravidão com medidas paliativas.
            Necessitamos sim de politicas públicas que atuem diretamente na ferida, precisamos de ações que permitam que negros e brancos tenham as mesmas oportunidades a começar nas escolas infantis. Precisamos de uma educação que permita que todos tenham acesso aos mesmos conteúdos com qualidade. 
Quando falamos de ações afirmativas é como se tivéssemos dando um novo significado a palavra justiça social, que nada mais é do que a busca constante de garantir um tratamento único por parte do Estado. Esse universalismo, trás consigo a conotação de que devemos tratar as pessoas de maneiras uniforme, mas a grande dificuldade é que esse tratamento único ou universal não garante tratamento igual. Se os cidadãos são separados por classes sociais, automaticamente no dia a dia terão oportunidades e acessos diferenciados a direitos e serviços.
            Não sou contras as cotas, mas são poucos os negros que tem e terão acesso a elas, se não conseguirmos medidas que diminuam o abismo social de nada adiantará essas medidas paliativas com cara de esmolas. 
            Precisamos sim que a sociedade tenha negros e brancos com a participação ativa da sociedade para que medidas reais e duradouras pensadas e aplicadas. 

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