Poemas são pássaros colorindo o céu da boca de quem os
declama. Estão aqui, ali, acolá. Só os enxerga quem presta atenção no que não
vê. Como pássaro em árvore, invisível ao distraído, faz ninho e procria. Bate
asas, voa azul. Mas se perde a liberdade, de dor canta, chora e renasce.
Esse livro não é gaiola. Apenas um galho macio, onde
coloridos poemas descansam e observam os animais como eles gostariam de ser
vistos.
Publiquei o livro Poemas Minimalistas pela Editora RHJ, para atingir as crianças e adolescentes que vivem uma realidade virtual em que as informações são em grande quantidade e para despertar o interesse precisam ser rápidas e profundas.
Eu vejo a poesia como uma ponte entre o concreto e o sentimento. Uma alternativa para nossos dias cinzas e problemáticos. Um poema pode nos fazer parar por um instante. Parar de processar informações exatas. Parar de seguir no automático.
Mesmo no trânsito caótico das grandes cidades, existem janelas. Janelas que nos libertam do cotidiano. Janelas pelas quais podemos observar uma capivara caminhando com os filhos na beira de um rio. E nos esquecermos, naquele momento, que não existem mais peixes por ali nadando.
E mesmo que não houvessem janelas nem capivaras, somos capazes de enxergar toda a poesia do mundo, se permitirmos que nossos pensamentos iniciem a exposição de fotografias do nosso arquivo mental.
Venha viajar nas lindas imagens de Mário Silva, que ficarão gravadas para sempre no seu coração.
Simone Pedersen escreve contos, crônicas e poemas para crianças e adultos.
1 comentários:
Ficou muito bonito, Simone. Parabéns! Beijos saudosos. Silvia Regina
4 de maio de 2012 às 16:05Postar um comentário
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