quarta-feira, 6 de junho de 2012

Difusão Neblina Sobre Trilhos




           O encontro de Políticas Públicas Culturais promovidas pelo projeto Café com PP (UFABC) ocorreu na Fundação Pró-Memória, São Caetano do Sul e, no dia 04/06/2012, contou com a "apresentação artística" do documentário “Neblina sobre trilhos”, após a exibição do documentário e com o base no tema, formamos uma conversa com o público presente e o Prof. Dr. Paulo César Garcez Marins (Lattes), mediada pela Profa. Dra. Ana Maria Dietrich, esta que incitou o diálogo sobre a Vila de Paranapiacaba, o patrimônio, a história oral, entre outros assuntos pertinentes ao projeto e tema do encontro.


Preparativos para exibição do documentário


O Prof. Paulo, iniciou a conversa com algumas questões referente aos descasos com o patrimônio industrial paulista, apesar de nos últimos 10 anos terem ocorridos mudanças no Brasil em relação ao tema, são poucos bens tombados, em SP, comentou que existem 11 tombamentos. Desde o século XX, SP é protagonista em industrialização no país, no entanto, nenhuma fabrica é tombada, diz que “SP não é lugar de memória”. Em relação a Paranapiacaba, foi um longo processo e as ações do governo por lá são irrisórias, a pauperização material ad vila é concreta. No ABC, são mais de 4 gerações de ferroviários e três gerações de industriais, são possui muitos lugares de memória. Sendo a ferrovia e a indústria os principais marcos patrimoniais de SP.


Para definir o que é patrimônio, explica que a participação municipal é crucial, em especial, a gestão do Lula e o suporte do Gilberto Gil, aumentaram o leque de patrimônios nacionais. No entanto, ainda existe uma desvalorização do patrimônio cultural no ABC, apesar da solidez profissional da Fundação Pró Memória, do Acervo de Memória de SBC entre outras entidades de pesquisa e preservação. Acredita que o compromisso destes órgãos seja suscitar este debate, transferir conhecimento e envolver a população, pois, é fundamental e necessário trazer a sociedade civil para luta e participação neste processo.




Em relação aos lugares de trabalho, fala sobre as fazendas de café que geralmente é tombado apenas a sua sede. Assim, acontece com as fabricas e as ferrovias. E em São Caetano, com a destruição da Matarazzo, se reproduz o que acontece em SP.Cita que é até pragmático, que apos a mudança do caráter da vila de Paranapiacaba (de vila ferroviária para vila turística) tenha se dado a problemática: falta de dialogo com a historia local, desconectado com a realidade.





Foram cerca de 1h30 de conversa e em média de 25 pessoas presenciaram o evento. Agradeço a oportunidade cedida pelo projeto Café com PP e a presença de todos.




Soraia Oliveira Costa, graduada em Ciênciais Sociais pelo Centro Universitário Fundação Santo André (CUFSA). Trabalha com fotografia, audiovisual e oralidades desde meados de 2007, quando começou a analisar o cenário urbano, a natureza, o trabalho, as transformações sensíveis, os transportes, o comportamento, a cultura, a arte...Diretora do documentário "Transformação sensível, neblina sobre trilhos", sobre a vila de Paranapiacaba, feito com incentivo do MEC/SESu pela UFABC e pelo Centro Universitário Santo André.


2 comentários:

Unknown disse...

O nome do professor Paulo saiu errado. É Paulo César Garcez Marins e não Paulo César Martinez.

7 de junho de 2012 às 15:21
Soraia O Costa disse...

Obrigada Mariana, retificado na matéria o nome do professor.

7 de junho de 2012 às 23:53

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