Lançamentos nr. 10 da Contemporâneos e Nazismo Tropical
Nos próximos dias acontecerão dois lançamentos muito esperados por esse grupo Lepcon - Laboratório de Estudos de Pesquisas da Contemporaneidade: o nr. 10 da Contemporâneos - Revista de Artes e Humanidades, que completa com ele seu 5o. aniversário e traz o dossiê Minorias e suas representações 2 e a obra Nazismo Tropical? O Partido Nazista no Brasil, de minha autoria.
O primeiro acontecerá no IV Encontro Internacional sobre a diversidade sexual e gênero da ABEH, que acontecerá nos dias 1 a 3 no Instituto de Humanidades, Artes e Ciências / UFBA - Salvador - BA. Nesse mesmo encontro, os participantes do Lepcon se encontrarão para fazer uma discussão sobre as próximas linhas de atuação do laboratório. Estarão presentes Tatyane Estrela, colunista da Contemporartes e os membros do conselho consultivo Marcia Regina Carneiro e Andrea Paula dos Santos, além mim, coordenadora do Lepcon e de Djalma Thürler, organizador do evento.
Além do lançamento e da reunião, os integrantes do Lepcon participarão de uma mesa coordenadora Mulheres, à direita da Direita e de uma Mostra Artística.
O segundo, o lançamento do livro Nazismo Tropical, acontecerá na 22a. Bienal Internacional do Livro, no dia 11 de agosto, às 20h, no Estande da Delicatta Editora. A bienal acontece no Pavilhão de Exposições do Anhembi.
Confira abaixo o resumo das duas obras:
A proposta do décimo número da Contemporâneos – Revista de Artes e Humanidades surgiu das proveitosas
discussões realizadas no I Seminário Nacional da LEPCON (Laboratório de Estudos
e Pesquisas da Contemporaneidade). O evento aconteceu no
Instituto de Ciências Humanas da Universidade Federal de Juiz de Fora, nos dias
17 e 18 de novembro de 2011, e teve como abordagem principal as MINORIAS E SUAS
REPRESENTAÇÕES, tema recorrente dos estudos do Laboratório de Estudos da
Contemporaneidade/UFABC – grupo de pesquisa do CNPQ.
O seminário foi
composto por duas mesas redondas, uma com a temática memória e outra sobre
diversidade, houve também cinco minicursos com diferentes abordagens:
militância estudantil, criminalidade, Sartre, FEB e homoerotismo. Além disso, os
simpósios temáticos abarcaram questões da contemporaneidade por meio de
diferentes áreas do saber como a sociologia, a educação, o direito, a
literatura entre outras. Quanto ao grande tema: minorias, foram feitas diversas
relações com a inclusão, guerras, movimentos sociais, diversidade sexual,
imprensa, mestiçagem, patrimônio material e imaterial, identidades e gênero,
que contribuíram de forma considerável para o sucesso do evento e riqueza das
discussões. Nessa edição o
leitor vai encontrar oito artigos agrupados no dossiê, três artigos
independentes, duas entrevistas e uma resenha.
Estão presentes os temas: cinema e minorias, cultura popular (benzedeiras), literatura e personagens femininas, África e personagens femininas, Comuna de Paris, Teatro, Revistas de Homoafetividade. Leia Mais
Resumo: Ancorada
em pesquisa nos arquivos alemães, em Nazismo Tropical, Ana
Maria Dietrich escreve um capítulo inédito na historiografia brasileira ao
analisar os dez anos da história do Partido Nazista no Brasil e suas
controversas relações com o governo de Vargas e de Hitler. Chama a atenção o fato de
o partido nazista no Brasil ter sido o maior grupo partidário fora da
Alemanha com 2900 integrantes, funcionando em nada menos que 17 estados
brasileiros de Norte a Sul do país. Ligado à matriz em Berlim, o partido fazia
parte de uma rede do movimento nazista no exterior de 83 países. Bem
estruturado, desenvolvia suas atividades por várias organizações: a
Juventude Hitlerista, a Frente de Trabalho Alemã, Associação de Mulheres e a
Associação dos Professores. A historiadora
cria um novo conceito para a transplantação
do movimento hitlerista na Lusamérica, tal qual fez Gilbeto Freyre com sua
“tropicologia” , que ela chama de tropicalização
do nazismo. Aqui, na visão do partido, não apenas os judeus seriam
adversários da “raça” alemã, mas também negros e mestiços. Portadores
de um racismo ostensivo, até mesmo o casamento entre partidários e brasileiras
era indesejável aos integrantes, bem como – consequência natural – a presença de
negros e mestiços, filhos de alemães, entre os membros locais da Juventude
Hitlerista. “Jeitinho brasileiro” entre nazistas?
A autora:
ANA MARIA DIETRICH
É doutora em História
Social pela USP,pós-doutora em Sociologia pela UNICAMP e professora adjunta do
Bacharelado de Ciências e Humanidades da UFABC. Foi pesquisadora convidada do
Centro de Estudos de Antissemitismo da Universidade Técnica de Berlim entre
2003 e 2004 quando desenvolveu doutorado em caráter sanduíchecom apoio da CAPES/CNPQ/DAAD. Autora dos livros Caça às Suásticas (IMESP, 2007) e Imagens de São Paulo (FPHESP, 2002),
além de vários artigos em congressos nacionais e internacionais. Pesquisa o
tema Nazismo no Brasil há 16 anos, atualmente enfocando as relações entre
memória e trauma relacionados à Segunda Guerra Mundial. Coordena o grupo de
pesquisa do CNPQ Laboratório de Estudos e Pesquisas da Contemporaneidade –
Lepcon, com mais de 30 pesquisadores em todo o Brasil.
1 comentários:
Parabéns Ana querida pelo lançamento do livro, estarei lá com toda certeza. Mil beijos. Katia P.
27 de julho de 2012 às 10:32Postar um comentário
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