Teoria dos Sistemas, Economia e Sustentabilidade: um novo mundo
Saber que o mundo está a cada dia
desenvolvendo artifícios para torná-lo autossustentável levou a se pensar no
início de tudo. E, a Teoria dos Sistemas pode ajudar o pensamento sistêmico a criar
um modelo de estrutura ambiental que seja economicamente viável às empresas e
aplicável a todas as áreas, tanto de produção quanto de bens e serviços.
Por
isso ao interpor a Teoria dos Sistemas adaptado por Bertalanffy (1995) a
estrutura de Desenvolvimento Sustentável criada por vários autores e
principalmente fundamentada no Relatório de Brundlant (1987) cria-se uma forma
de compreender a estrutura formada a partir de uma visão diferente do reducionismo científico até então
aplicada pela ciência convencional. Dizem alguns que foi uma reação contra o reducionismo
e uma tentativa para criar a unificação científica.
Seguindo a
estrutura sobre a conservação do meio ambiente sustentável com sua atuação
global, observamos que o lado que mais sofre interferências é a parte econômica
e sua estrutura. Por isso, a verificação de estudos econômicos fortalece o
entendimento desta observação.
A evolução dos
estudos sobre a área econômica visa primeiramente a abordagem clássica a qual foram
desenvolvidos modelos determinísticos. Segundo a teoria de valor John Smith diz
que “o preço real de qualquer coisa… é o esforço e o trabalho de
adquiri-la" o que é influenciado pela sua escassez. Smith (1776) dizia que
os aluguéis e os salários também entravam na composição do preço de uma
mercadoria. E isso volta para a área sustentável a qual o nível de escassez de recursos
ambientais é o principal estudo.
Já a abordagem
Neoclássica da Economia finda-se em estudar a evolução dos modelos ecológicos e
da estocasticidade. A economia neoclássica de acordo com Campos (1987) sistematizou
a oferta e demanda como determinantes conjuntos do preço e da quantidade
transacionada em um equilíbrio de mercado, afetando tanto a alocação da
produção quanto a distribuição de renda. Ela dispensou a teoria do
valor-trabalho em favor da teoria do valor-utilidade marginal no lado da
demanda e uma teoria mais geral de custos no lado da oferta.
A abordagem Moderna
e a Pós-moderna têm seu estudo se direcionando para a preucaução do uso de
recursos e definições de Sustentabilidade incorporando aspectos econômicos e
sociais, envolvendo, afinal, o uso dos recursos naturais.
Conforme a Teoria Neoclássica, a centralismo no indivíduo
racionalista, age para promover a melhor utilização dos recursos naturais. Ela também
analisa conceitos e critérios econômicos ligados a preservacão, alocação e o
controle de recursos naturais. Esta elabora duas abordagens ao tratar a Questão
Ambiental que consideram o sistema produtivo e o meio ambiente de forma isolada:
Economia dos Recursos Naturais e a Economia de Poluição.
A
determinística de Recursos Naturais vem dos elementos da natureza que são
necessários ao homem e, tecnologicamente, podem ser aproveitados. Dentro desse conceito, podemos ter dois tipos de recursos
com duas formas de apresentação, que no caso são os recursos renováveis e
não-renováveis e de forma exaurível e inexaurível.
A Sustentabilidade repousa numa visão estática ou quase
estática da dinâmica do meio ambiente e do sistema sócio-econômico. Diante da
visão de alguns estudiosos sobre o tema, o objetivo principal do
Desenvolvimento Sustentável Econômico é encontrar um nível ótimo de interação
entre três sistemas: o sistema ambiental dos recursos naturais e biológicos, o
sistema produtivo e o sistema social (BARBIER, 1989).
O Relatório de Brudlant (1987) comenta que para o
Desenvolvimento Sustentável seja alcançado, é necessário que a sociedade esteja
compatível com o meio ambiente. Já Pearce (1992) diz que o Desenvolvimento está
relacionado
a um conjunto de restrições nas quais as taxas da extração dos recursos
naturais não são mais altas que a taxa de regeneração controlada ou natural dos
recursos. Em vista disso outros autores como Hossain (1995), Winograd (1995) e
Braat (1991), relacionam o Desenvolvimento Sustentável com a satisfação socioeconômica
sem o comprometimento ao Meio Ambiente.
Portanto,
não se sabe como será o uso dos recursos ambientais pelas gerações futuras,
pois, esse desconhecimento é grande se entendermos que os recursos naturais
devem ser usados em função das preferências dos indivíduos. E ainda maior
quando verificamos que nada garante que essas preferências irão representar
motivações futuras.
Sulamita
Mendonça de Resende é graduada
em Farmácia e Bioquímica com habilitação em Análises Clínicas e Indústria pela
Universidade Federal de Juiz de Fora (2008), Especialização em Química pela
Faculdade do Noroeste de Minas (2009) e Especialização em Gestão da Organização
Pública de Saúde pela Universidade Federal de Juiz de Fora (2011). Atualmente,
Mestranda em Tecnologias para o Desenvolvimento Sustentável pela Universidade
Federal de São João Del-Rei. É também técnico de laboratório químico da
Universidade Federal de São João Del-Rei, Campus Alto Paraopeba.
José
Leonardo de Oliveira Rodrigues (ls-consult@hotmail.com) possui
pós-graduação em Administração de Sistemas de Informação pela UFLA (2011) e
graduação em Administração com Habilitação em SIG pela FaSaR (2008). Atualmente
é professor no curso de graduação em Administração na Faculdade Santa Rita
(FaSaR), tutor presencial da Universidade Federal de Ouro Preto (CEAD/UFOP) e
professor de nível técnico da Prefeitura Municipal de Conselheiro Lafaiete. Tem
experiência na área de Administração, com ênfase em Sistemas de Informação,
atuando principalmente nos seguintes temas: sistemas de informação,
estatística, sustentabilidade, balanced scorecard e educação.
A Contemporartes agradece a publicação e avisa que seu espaço continua aberto para produções artísticas de seus leitores.
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