Mulher, escrita e sociedade
Vivendo
em uma sociedade fundamentada no patriarcado, as mulheres tornaram-se por ser o
Segundo Sexo, sujeitas da
insignificância social. A submissão do gênero “frágil” ainda é um conflito
latente, que se torna omisso através dos diversos meios de comunicações que
aludem que mulheres possuem igualdade de direitos em relação aos homens.
Direitos, muitos foram conquistados, todavia, esse embate se firma a cada dia,
sendo pauta primordial das manifestações feministas - através da luta política – conquistar o espaço
da mulher na sociedade.
A mulher deve ser a protagonista de sua
história, cabe a ela requerer seu espaço na sociedade desconstruindo essa ideia
que perpassa gerações de que o homem é o sujeito único da história. Para tanto,
deve se apossar da escrita a qual lhe foi negada durante séculos e reescrever
uma nova história. Uma história de mulheres, escrita por mulheres. Ou ao menos,
que desde então mulheres adentrem mais a esse espaço que é o da escrita a fim
de recontar sua própria história. Só assim ter-se-á a verdadeira libertação
feminina – e também as mudanças em suas condições materiais.
No
entanto, há impasses no que se refere à tomada de poder da mulher enquanto
produtora do conhecimento tendo em vista que as mulheres não possuem na maioria
das vezes condições materiais, que garantam sua subsistência, sendo esse fator
condicionante para as decisões tomadas. Assim, a esfera das condições materiais
está intrinsecamente ligada à esfera da produção do conhecimento/ ou
intelectual. Então fica posto, que para se produzir é preciso condições
necessárias, condições essas que as mulheres não partilham das mesmas que os
homens, tendo por panorama que tal atora/agente social além de não possuir
condições materiais como, por exemplo, autonomia financeira necessária, também
está condicionada aos papeis de gênero o que as distancia de terem um espaço,
um tempo, “um momento todo seu”. Devemos questionar as hierarquias de poder,
até por que o saber se cria através do questionamento. A mulher tem que
reconhecer sua subjugação; incomodar-se com as condições de existência imposta.
Só assim, se terá a construção de um projeto de consciência coletiva que fasear
a mulher ser protagonista frente ao seu tempo.
Taysa
Silva Santos é graduanda do Curso de Serviço Social da Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia – UFRB. Integrante do Núcleo de Estudos e Pesquisas Gênero,
Raça e Etnia e também do Grupo de Pesquisa NATUSS, Natureza, Trabalho, Ser
Social e Serviço Social da mesma universidade.
E-mail:
taysa_123@hotmail.com.
A Contemporartes agradece a publicação e avisa que seu espaço continua aberto para produções artísticas de seus leitores.
1 comentários:
Este texto também foi publicado na Revista Café com Sociologia com algumas reformulações.
15 de agosto de 2013 às 14:52Postar um comentário
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