DAVI YANG, a natureza e outros olhares sobre o território e o artístico.
O ARTISTA
DAVI YANG nascido
na China, radicado no sul do Brasil, precisamente em Curitiba, Paraná,
Engenheiro Civil de formação e profissão, pratica sua arte por paixão e
talento. Conhecer o artista, de mais de noventa anos, é uma satisfação não
apenas para os conhecedores de arte, mas, também para aqueles que apreciam a
diversidade e passam a conhecê-lo.
O artista ministrando o
Curso de Pintura Chinesa com um grupo de alunos. MON - 2004. (Arquivo pessoal)
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Narrando
experiências pessoais, contando histórias da produção artística ou da
existência humana, Davi Yang encanta. Sua obra pode ser contida em uma folha A4
ou em dimensões que ocupam rolos de papel aos metros, porém, mantendo o mesmo
encanto da paisagem natural, que envolve o espectador. Com toda sua tranquilidade, de aparência e de emoções, Davi informa cada
detalhe de uma paisagem, considerando todos os seus elementos.
Fazendo com que
se perceba pedras, variadas vegetações, árvores, montanhas, água, nuvens,
brumas em seus movimentos, e ainda, registra por vezes cenários, onde a
arquitetura ganha espaço, mas nunca maior que a própria paisagem. Apreciá-lo criando e produzindo é
um exercício de aprimoramento do olhar. Cada
movimento de pincel, preparação e inserção de cor é feito com precisão. E a
paisagem vai surgindo, ocupando o lugar do espaço branco do papel, como semeada
fosse.
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O
TERRITÓRIO E SUA PAISAGEM
Há séculos a paisagem é a inspiração
na produção das artes visuais, sendo motivo para artistas de diferentes épocas
e lugares produzirem suas obras. Apresentando um artista chinês aproveitamos
para abrir as portas de seu território e conhecer sua paisagem. A paisagem
chinesa em toda sua tradição e contemporaneidade é atraente.
No momento contemporâneo o processo
digital nos trouxe para um mesmo tempo e espaço, e nele a dinâmica da vida
exige novas percepções, com os recortes da existência humana imprimindo
reflexões ora individuais e ora coletivas. As expansões territoriais
acompanhadas da globalização nos atraem e nos amedrontam. Já não aguardamos
anos, meses, semanas para tomar ciência do que ocorre do outro lado do mundo.
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Paisagem chinesa |
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“A República Popular da China é um
país com uma enorme riqueza cultural. Dentro do território chinês, encontramos mais de
meia centena de grupos étnicos, cada um com a sua própria
língua falada e os seus costumes particulares. Apesar do mandarim (Putonghua)
ser a língua oficial, em muitas zonas rurais continua a falar-se a língua
local.
Cada uma das múltiplas etnias chinesas contribui para enriquecer a cultura do
país com as suas tradições, gostos e especificidades que são um reflexo da sua
diversidade.”
Neste
cenário poderíamos enfatizar um capítulo de longa duração, onde além da percepção
sobre o eco-encantamento adentrariamos na ciência de todas as espécies, com animais,
vegetais e minerais sendo temas abordados, em larga escala tanto na arte quanto
nas redes sociais.
A paisagem chinesa e seus cenários com magníficas montanhas, rios, cataratas, flora e fauna específicas; ainda, singular arquitetura possuí 29 pontos turísticos incluídos na lista de Patrimônio Mundial da Humanidade da UNESCO. Acompanhando ritos, crenças, hábitos e costumes e valores podemos observar que o respeito à natureza é uma tradição entre os chineses e que permanece atual. Faz parte da cultura. Sobre a paisagem natural chinesa, encontramos:
Campos de cultura de chá verde na China.
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A paisagem chinesa e seus cenários com magníficas montanhas, rios, cataratas, flora e fauna específicas; ainda, singular arquitetura possuí 29 pontos turísticos incluídos na lista de Patrimônio Mundial da Humanidade da UNESCO. Acompanhando ritos, crenças, hábitos e costumes e valores podemos observar que o respeito à natureza é uma tradição entre os chineses e que permanece atual. Faz parte da cultura. Sobre a paisagem natural chinesa, encontramos:
“o espaço
figurado e a habitual ausência de personagens, produzem um silêncio e uma
densidade extraordinários na representação da paisagem chinesa; é como se
alguma coisa indefinível emanasse das brumas, dos picos sobrepostos, dos vales
escuros, dos abetos estranhamente atormentados, dos rios sem fim, dos mares sem
linha de costa e sem horizontes. É uma estética evocadora de sonhos, fantasias,
estados de ânimo; uma atmosfera mística, aprazível ...envolve o espectador.”
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Onde quer que você esteja, abra
janelas e conheça a arte chinesa.
Legendas: As
figuras mostram trabalhos do artista, quando do curso ministrado no Museu Oscar
Niemeyer (MON), em 2004, arquivo pessoal da colunista.
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SOLANGE
CHEMIN ROSENMAN, é artista plástica, especialista em artes e museologia. Foi
responsável pelo implante e manutenção do setor de ação educativa do MON -
Museu Oscar Niemeyer.
É também designer
de produtos na área da moda, e foi responsável pela ação educativa da Bienal
Brasileira de Design, Curitiba, elaborando material didático, treinando
monitores e preparando educadores e professores para aquela bienal.
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