LIBERDADE, SOBERANIA, DEMOCRACIA: POLÔNIA, 25 ANOS.

LIBERDADE, SOBERANIA, DEMOCRACIA: POLÔNIA, 25 ANOS.

Foi inaugurada no início do mês de junho, no Museu Paranaense, em Curitiba, a exposição “Liberdade, soberania, democracia: Polônia, 25 anos”. Na mostra é possível conhecer detalhes significativos da história recente do país que nas últimas décadas conquistou e fortaleceu sua posição dentro da comunidade européia e no mundo. Diferente de outras nações, a Polônia tem sido protagonista importante nas mudanças que influenciaram o mundo ainda no século 20.

Com curadoria de Dulce Osinski e Everly Giller, a exposição traz jornais, cartazes e fotografias cuidadosamente escolhidos para mostrar o quão importante foi o papel da Polônia e de seus filhos ilustres e anônimos na transformação e configuração do mundo atual.

Abertura da exposição, com o Cônsul da Polônia, sr. Marek Makowski e as curadoras da mostra.

No país, a luta do sindicato Solidariedade pela liberdade, soberania e democracia, que começou em 1980, foi um acontecimento decisivo para a queda do Muro de Berlim em 1989, o final da Guerra Fria e ordem internacional existente, de confronto político-militar entre os dois polos hegemônicos pós Segunda Guerra Mundial.

O Mundo Bipolarizado daria lugar ao Mundo Multipolar que conhecemos hoje. Nomes como Lech Wałęsa – Nobel da Paz de 1983 – e Karol Wojtyla – o carismático Papa João Paulo II, canonizado neste ano – ultrapassariam as fronteiras da Polônia para serem reconhecidos no mundo e entrarem para história em virtude da força política e religiosa de cada um deles.

Além de Curitiba, a exposição ocorre simultaneamente em outras partes do mundo. Segundo o cônsul-geral da Polônia em Curitiba, Sr. Marek Makowski, e a presidente da Casa da Cultura Polônia Brasil, Sra. Schirlei Freder, esta foi a maneira encontrada para relembrar a história do país e homenagear a expressiva colônia polonesa existente no Paraná e no Brasil.

Com realização do Consulado Geral da República da Polônia em Curitiba e da Casa da Cultura Polônia Brasil, apoio do Museu Paranaense, Sociedade Polono-brasileira Tadeusz Kosciuszko e Braspol a exposição vem para coroar a força, a garra e alegria que o povo polonês carrega consigo, adjetivos que os ajudaram a iniciar uma nova etapa da história plena de esperança e que tornou possível a conquista da liberdade, da soberania e da democracia polonesa.

As fotografias desta exposição são de autoria do fotógrafo e jornalista Erazm Ciołek, que acompanhou os trabalhadores em greve no Estaleiro de Gdańsk em 1980 e documentou eventos conectados com as negociações da Mesa Redonda. A exposição é enriquecida por cartazes referentes ao “Solidariedade” e à campanha de eleições parlamentares de 4 de junho de 1989.

Erazm Ciołek

Erazm Ciołek nasceu em 24 de junho de 1937 e faleceu em 13 de novembro de 2012, tendo sido membro da Associação Polonesa de Jornalistas (SCP), da Associação Polonesa de Fotógrafos (ZPAF) e da Sociedade de Autores e Compositores (ZAiKS).

Durante as negociações da Mesa Redonda, Ciołek atuou como fotojornalista junto ao Comitê dos Cidadãos e a Lech Wałęsa. Antes das eleições parlamentares de 4 de junho de 1989, criou uma série de fotografias utilizadas nos cartazes de propaganda eleitoral dos candidatos do “Solidariedade”.

Entre as distinções recebidas por seu trabalho, podem ser citados: Prêmio do Comitê “Solidariedade”de Cultura Independente (1984), Prêmio dos Jornalistas Independentes SDP (1987), Prêmio Honorário do ZPAP (1983), medalha da Comissão Nacional do “Solidariedade”no seu 25º Aniversário, Cruz da Cavalaria da Ordem da Polônia Restituta (2006), Prêmio dos Jornalistas “Laur SDP” como o primeiro fotojornalista na Polônia (2007),e Medalha de Ouro Gloria Artis (2011).

Créditos fotográficos (pela sequência de imagens):
Paulo Kochanny
Erazm Ciołek 
Andrzej Rybczyński

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