domingo, 27 de julho de 2014

Ensino a Distância: controvérsias e desafios


Há muitas controvérsias e desafios quando o assunto é Educação à Distância, porém, vimos como muito positiva essa nova modalidade para o Brasil. Para isso o papel do docente deve ser radicalmente transformado pela sua atuação em Ead, no qual se é valorizado a aprendizagem, um aluno com mais autonomia, os métodos de ensino ligados às novas tecnologias de informação. Ao contrário do que era valorizado antes, somente o conteúdo teórico do professor aliado a sua produtividade acadêmica, em EaD ele deve estar atento a questões pedagógicas.


Torna-se necessário ao docente desenvolver novas competências para atuar em EaD. Segundo Benetti, competência pode ser compreendida como a capacidade...
“..de mobilizar seus conhecimentos (saberes), habilidades (saber-fazer) e atitudes (saber ser) no seu cotidiano. Fleury (2002) define competência como um saber agir responsável e reconhecido que implica mobilizar, integrar, transferir conhecimentos, recursos, habilidades, que agregue valor econômico à organização e valor social ao indivíduo”. (BENETTI, K. et al., p. 8).

Já os tutores são figuras importantes dentro do processo de aprendizagem de EaD, pois vão fazer a intermediação entre professor e aluno, provocando o aluno para a autonomia e a autodisciplina, desenvolvendo um estudo independente. Sua figura mostra que o docente não atua sozinho, mas em uma equipe. Também deve auxiliar os alunos em suas dificuldades. (ibid., 5) 

Existem diversos aspectos em favor da EAD especialmente em nosso país que ainda precisa caminhar muito quando o assunto é educação. O primeiro, a meu ver, diz respeito a ampliação da autonomia do estudante frente ao professor, ele não será apenas um mero receptor de conteúdos, mas terá um papel interativo muito maior, além de ter que realmente "colocar a mão na massa", ou seja, ser muito mais independente dentro de um processo de aprendizagem.

O segundo seria a ampliação de acesso ao Ensino quer seja ele superior, de aperfeiçoamento, extensão ou Pós-Graduação, pois as vagas não seriam apenas delineadas pelo perfil presencial, bastante redutor, sendo assim possível ampliar o número de vagas e com isso alavancando um processo de democratização de ensino. Por outro lado, diminuiria fronteiras em lugares que ainda tem precária rede de ensino.  O Ensino a Distância se mostra promissor ajudando  a solucionar diversos problemas relacionados ao Ensino no Brasil, como a distância dos grandes centros, a questão financeira, o acesso.


Porém, temos como desafios a questão da evasão em EAD que acontece perante a um estranhamento com essa nova metodologia de ensino. Assim, se faz necessário a formação de profissionais que dominem essa linguagem. Faz-se especialmente importante se realizar um trabalho de sensibilização com professores e docentes a respeito dessa modalidade de ensino, pois ainda há muito preconceito a respeito disso. Muita gente considera EAD sinônimo de péssima qualidade de ensino, algo relacionado a se comprar diploma. Tivemos uma longa trajetória desde o uso da EAD como correspondência até hoje com todos os recursos tecnológicos apresentam. Porém, devemos ainda nos armarmos de diversos argumentos para defender e atuar dentro dessa modalidade.









Ana Maria Dietrich é doutora em História Social e professora do Bacharelado de Políticas Públicas da Universidade Federal do ABC. Coordenadora da Revista Contemporartes.

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