Coppola e seu Drácula de Bram Stoker: Imperdível 27/07 no CINESESC

Coppola e seu Drácula de Bram Stoker: Imperdível 27/07 no CINESESC

"Drácula de Bram Stoker" (1992) Coppola 

Coppola e seu Drácula de Bram Stoker: Imperdível 27/07 no CINESESC

Entrar na salinha  escura do cinema e num silêncio sepulcral rever “Drácula de Bram Stoker” é sem dúvida uma sensação incrível. Coppola deu vida cinematográfica a Vlad  Dracul Tepes III, o Conde Drácula, baseado na obra literária "Drácula", do escritor irlandês Bram Stoker.
Esse romance originário do leste europeu inspirou algumas adaptações para o cinema, sendo a primeira 'Nosferatu" 1922 de F. W. Murnau. Em "Nosferatu", Murnau teve de mudar os nomes dos personagens por não ter conseguido direitos autorais junto a viúva de Stoker.

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O romance de  Abraham Stoker conta a história de um personagem ficcional baseado em Vlad Tepes III,  um romeno cruel e sádico, conhecido também como “Vlad, o empalador”, que lutava como um devotado cristão ortodoxo pelo domínio otomano e pela independência nacional. De tradicional família, Vlad já havia enfrentado a dominação otomana disputando o trono de Valáquia, região antes subordinada à Hungria cujo rei exigia que seu pai, Vlad II, rendesse pesados tributos aos turcos otomanos como politica de apaziguamento. Em 1465, Vlad Tepes III, organizou um pequeno exército e assumiu o trono de Valáquia. Pelo que conta a história, Vlad Tepes III morreu em 1476 próximo a Bucareste, atual capital da Romênia, e o destino de seu corpo é incerto, como também o motivo de sua morte.

Vlad Tepes III 

Abraham Stoker pesquisou por muitos anos o folclore europeu e a mitologia vampiresca. Inspirado em sua pesquisa e na vida de Vlad Tepes III, Stoker cria uma história instigante a respeito desse personagem que em seu romance viria a ser um dos mais importantes vampiros de todos os tempos. O romance “Drácula”, publicado em 1897, não foi bem aceito pela critica vitoriana, porém no decorrer do séc. XX, as adaptações cinematográficas o trouxe à tona e até hoje o conde Drácula é tido como um temido e respeitado vampiro.

Bram Stoker - romancista irlandês que publicou "Drácula" em 1897 

Coppola realiza um longa exuberante e sanguinolento ao adaptar o romance “Drácula” de Stoker para o cinema. O filme impressionou o público e a academia que lhe premiou com o Oscar 1993 nas categorias de Melhor Figurino, Melhores Efeitos Sonoros, Melhor Maquiagem e ainda uma Indicação na Categoria Direção de Arte. Só por ai já dá para imaginar o que é o filme: uma maravilha de trabalho que surpreende. Atemporal e imperdível na telinha grande.

Coppola dirigindo Drácula 

GRANDIOSO ELENCO:

E para quem for assistir Drácula de Coppola terá o prazer de relembrar atores sensacionais na flor da idade, como: Gary Oldman (Vlad Tepes), Winona Ryder (Elisabetha/Mina), Keanu Reeves (Jonathan Harker), Anthony Hopkins (Professor Abraham Van Helsing ) e o músico e ator Tom Waits (R.M. Renfield), que está particularmente encantador como o louco e devotado seguidor de Vlad.  

Para mim ficou a sensação de ver um clássico. 

Mina e Dracul 

Drácula e suas diabólicas sanguinolentas mulheres 

Senti-me lisonjeada por presenciar, numa sessão em tela grande, esse longa generoso ao expectador. "Drácula de Bram Stoker" é comparado a um espetáculo de ópera ao preencher todos os sentidos e nos deixar extasiados, humilhados, no bom sentido, perante a genialidade de Coppola que soube muito bem explorar o divino Stoker.
E viva aos romenos e suas histórias escabrosas de vampiros !!!!!

Tom Waits - sensacional como Renfield 

O amor além dos tempos, do corpo e do espaço - Eterno... 

Quem quiser assistir ainda dá tempo. Segunda dia 27 de julho às 15h no CINESESC, a última sessão de “Drácula de Bram Stoker”. Vale super a pena assistir.

Kátia Peixoto é doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP. Mestre em Cinema pela ECA - USP onde realizou pesquisas em cinema italiano principalmente em Federico Fellini nas manifestações teatrais, clowns e mambembe de alguns de seus filmes. Fotógrafa por 6 anos do Jornal Argumento. Formada em piano e dança pelo Conservatório musical Villa Lobos. Atualmente leciona no Curso Superior de de Música da FAC-FITO e na UNIP nos Cursos de Comunicação e é integrante do grupo Adriana Rodrigues de Dança Flamenca sob a direção de Antônio Benega. Docente da FPA - Faculdade Paulista de Artes