ALGO DE CONCRETO



HÁ ALGO DE CONCRETO HOJE 

Um coração, um sentimento, um batimento: bate, bate, bate...







Abraços Poéticos e até +.


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Nosso cérebro digital

   
Que a Internet modificou muitos nossas vidas, ninguém tem dúvidas. A forma de produzir e disseminar informações mudou muito desde o advento da Web 2.0. Hoje, consumimos e distribuímos informação muito mais rápido e constantemente. Com as redes sociais digitais, dividimos nossas vidas, momentos e opiniões em questões de segundos.  Mas, será que tudo isso pode afetar nosso cérebro? Ou tudo isso sempre fez parte de nossos cérebros?

Lembro que durante as aulas da Pós-Graduação, discutíamos sobre Educação, Artes e como tudo isso estava sendo afetado pelas novas tecnologias. Conversávamos sobre como a educação sempre foi linear, e não transdisciplinar. Era um momento disciplina de cada vez, um tema de cada vez, um momento por vez. As temáticas raramente se correlacionavam e muitas vezes não era fácil criar conexões entre os temas.

No entanto, o autor Pierre Lévy, no livro “As tecnologias da Inteligência” afirmava que isso era o contrário de nossa natureza. Segundo o autor, o nosso cérebro sempre funcionou hipertextualmente. Isso, porque de acordo com o Lévy, a nossa mente não segue uma forma linear de cognição. Dessa forma, quando ouvimos algo nossa mente há uma rede de outras palavras, conceitos, modelos e imagens que nos remetem àquilo. Porém, nós selecionamos, de acordo com o contexto, o que serão ativados naquele momento.

Podemos admitir que de fato nossos cérebros não funcionem de forma linear, que existem redes e conexões que são ativadas quando precisamos. Mas, o volume de informações com o qual temos que lidar não é mais o mesmo de antigamente. Hoje, precisamos  conciliar muita  informação, como nosso cérebro lida com isso?

Uma animação criada a partir de uma entrevista com o autor Nicholas Carr , do livro “What the Internet is Doing to Our Brains”, mostra como nosso cérebro está funcionando nessa era digital. Segundo o Carr, esse bombardeio de informações que vivemos faz com que passamos a ter um comportamento compulsivo, uma vontade incontrolável de checar nossos e-mails e perfis em redes sociais, nos distraindo o tempo todo. E viver nesse estado constante de distração e interrupções pode ser perigoso porque afeta diretamente o modo como aprendemos as coisas. As distrações não permitem que transformemos as informações em memória à longo prazo.



Pois é, nossas vidas estão mudando com as novas tecnologias digitais, nossos cérebros e forma de armazenar conhecimento também. No entanto, por ser tudo tão recente, não podemos afirmar ao certo quais são as consequências de tudo isso. Apenas não podemos fechar nossos olhos para tantas mudanças, certo?!


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Ana Paula Nunes é formada em Comunicação Social pela Universidade Federal de Viçosa|UFV e especialista em Mídia, Informação e Cultura pela Universidade de São Paulo |USP. Trabalha com Marketing Digital e Mídias Sociais, atuando principalmente nas áreas de: pesquisa, monitoramento e planejamento.
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Minha amizade unilateral com Fernando Sabino


Minha amizade unilateral com Fernando Sabino
Um post diferente no Drops Cultural de hoje. Não é uma dica de evento (mas inclui a dica de uma exposição), nem de leitura.

Vou falar sobre a minha amizade com Fernando Sabino, um escrito mineiro que, se estivesse vivo, teria comemorado 90 anos no último dia 12 de outubro. Acontece que essa amizade é só da minha parte. A gente nunca se conheceu pessoalmente e, como ele faleceu em 2004, nunca vamos nos conhecer. Mas isso não impediu que ele se tornasse um dos meus melhores amigos, um cara que me entende, que conta histórias que me fazem rir e me emocionar.

Conheci o Fernando em 2002, quando seu livro 
“A Vitória da Infância”, que reúne contos e trechos de

romances publicados anteriormente que abordam tema “infância”, foi indicado como leitura obrigatória para a prova do Coluni – Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa. É provável que já tivesse lido alguma coisa dele antes, afinal suas crônicas estão espalhadas por livros escolares por aí, mas o encontro que me marcou e ficou gravado como o primeiro foi esse.  Em meio a leituras, provas, interpretações e análises, descobri um autor que parecia escrever só para mim, contando aquelas histórias de uma maneira tão simples, tão envolvente, que me faziam ter saudade da minha infância, que nem estava tão distante, mas já era apenas memória.

Gostei da leitura, senti uma afinidade imensa com o Fernando, mas ficou por isso mesmo. “Topei” com ele de novo no Ensino Médio e selei nossa amizade de vez em 2004, quando o livro “O Grande Mentecapto” foi indicado como leitura no vestibular seriado da UFV. E com a história de Geraldo Viramundo não teve jeito: Fernando Sabino me ganhou e não tinha mais volta. E saber que Fernando morreu em 11 de outubro daquele mesmo ano, pouco antes de eu descobrir o quão incrível ele era, até hoje me deixa triste.

Uma confissão: até hoje não li toda a obra do Fernando Sabino (que é extensa, mas não tanto assim). Saber que, quando fechar o último livro, não terei mais nada dele para ler, me faz “esconder” algumas obras para ir descobrindo-as aos poucos, como se fossem publicados agora...

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A exposição sobre os 90 anos do autor inclui um vagão de trem
montado no meio da Praça da Liberdade.
Em homenagem aos 90 anos do Fernando Sabino, o Circuito Cultural da Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, recebe desde outubro até meados de novembro, uma exposição sobre sua vida e sua obra. Até um vagão de trem “apareceu” no meio da praça pra ajudar a contar a história do autor belo-horizontino. A programação pode ser vista aqui: http://fernandosabino.com.br/ Quem estiver em BH, vale conferir!

Quem não está na capital mineira também pode homenagear o escritor, é só escolher um dos seus livros, seja crônica, novela ou romance, e se preparar para ser envolvido pelo “papo” desse meu velho amigo...   
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Vocês também têm um autor de quem se sentem amigos? Como vocês se encontraram pela primeira vez e por que ele é tão importante e incrível para você? Conte a história dessa amizade nos comentários!



PS: Não escrevi esse post para falar da biografia e da obra do Fernando Sabino. Existem fontes bem mais confiáveis do que eu para informar os “onde”, “quando” e “como” que envolveram o escritor... Quem quiser saber mais sobre ele pode começar por aqui http://fernandosabino.com.br/.


Mônica Bento é jornalista, formada pela Universidade Federal de Viçosa (MG). Em seu trabalho de conclusão de curso estudou a função social das salas de cinema e desenvolveu a reportagem multimídia CineMemória. Pertence a equipe de Comunicação da Contemporartes-Revista de Difusão Cultural. 
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