Minha amizade unilateral com Fernando Sabino
Minha amizade unilateral com Fernando
Sabino
Um post diferente no Drops Cultural de hoje. Não é uma dica
de evento (mas inclui a dica de uma exposição), nem de leitura.
Vou falar sobre a minha amizade com Fernando Sabino, um
escrito mineiro que, se estivesse vivo, teria comemorado 90 anos no último dia
12 de outubro. Acontece que essa amizade é só da minha parte. A gente nunca se
conheceu pessoalmente e, como ele faleceu em 2004, nunca vamos nos conhecer.
Mas isso não impediu que ele se tornasse um dos meus melhores amigos, um cara
que me entende, que conta histórias que me fazem rir e me emocionar.
Conheci o Fernando em 2002, quando seu livro
“A Vitória da Infância”, que reúne contos e trechos de
romances publicados anteriormente que abordam tema “infância”, foi indicado como leitura obrigatória para a prova do Coluni – Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa. É provável que já tivesse lido alguma coisa dele antes, afinal suas crônicas estão espalhadas por livros escolares por aí, mas o encontro que me marcou e ficou gravado como o primeiro foi esse. Em meio a leituras, provas, interpretações e análises, descobri um autor que parecia escrever só para mim, contando aquelas histórias de uma maneira tão simples, tão envolvente, que me faziam ter saudade da minha infância, que nem estava tão distante, mas já era apenas memória.
“A Vitória da Infância”, que reúne contos e trechos de
romances publicados anteriormente que abordam tema “infância”, foi indicado como leitura obrigatória para a prova do Coluni – Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa. É provável que já tivesse lido alguma coisa dele antes, afinal suas crônicas estão espalhadas por livros escolares por aí, mas o encontro que me marcou e ficou gravado como o primeiro foi esse. Em meio a leituras, provas, interpretações e análises, descobri um autor que parecia escrever só para mim, contando aquelas histórias de uma maneira tão simples, tão envolvente, que me faziam ter saudade da minha infância, que nem estava tão distante, mas já era apenas memória.
Gostei da leitura, senti uma afinidade imensa com o Fernando,
mas ficou por isso mesmo. “Topei” com ele de novo no Ensino Médio e selei nossa
amizade de vez em 2004, quando o livro “O Grande Mentecapto” foi indicado como
leitura no vestibular seriado da UFV. E com a história de Geraldo Viramundo não
teve jeito: Fernando Sabino me ganhou e não tinha mais volta. E saber que
Fernando morreu em 11 de outubro daquele mesmo ano, pouco antes de eu descobrir
o quão incrível ele era, até hoje me deixa triste.
Uma confissão: até hoje não li toda a obra do Fernando Sabino
(que é extensa, mas não tanto assim). Saber que, quando fechar o último livro,
não terei mais nada dele para ler, me faz “esconder” algumas obras para ir descobrindo-as
aos poucos, como se fossem publicados agora...
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A exposição sobre os 90 anos do autor inclui um vagão de trem montado no meio da Praça da Liberdade. |
Quem não está na
capital mineira também pode homenagear o escritor, é só escolher um dos seus
livros, seja crônica, novela ou romance, e se preparar para ser envolvido pelo “papo”
desse meu velho amigo...
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Vocês também têm um autor de quem se sentem amigos? Como
vocês se encontraram pela primeira vez e por que ele é tão importante e
incrível para você? Conte a história dessa amizade nos comentários!
PS: Não escrevi esse post para falar da biografia e da obra
do Fernando Sabino. Existem fontes bem mais confiáveis do que eu para informar
os “onde”, “quando” e “como” que envolveram o escritor... Quem quiser saber
mais sobre ele pode começar por aqui http://fernandosabino.com.br/.
Mônica Bento é jornalista, formada pela Universidade Federal de Viçosa (MG). Em seu trabalho de conclusão de curso estudou a função social das salas de cinema e desenvolveu a reportagem multimídia CineMemória. Pertence a equipe de Comunicação da Contemporartes-Revista de Difusão Cultural.
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