A arte contemporânea e sua interface com o design



Os objetos expostos na galeria Friedman Benda, em Nova York, além de impressionar pela sua originalidade também instigam a formulação de indagações na tentativa de classificá-los: são obras de Arte ou peças de Design? De modo especial, os itens expostos na galeria são produções de designers e artistas contemporâneos que demonstram certa singularidade em suas criações. Dentre as peças expostas na galeria estão objetos construídos a partir da utilização de variados tipos de materiais, elaborados por meio de técnicas incomuns e produzidos a partir da aplicação de tecnologias inovadoras. 

Figura 1- Maker Chair (Polygon) e Maker Chair (Diagonal Wood), 2014
Fonte: http://www.friedmanbenda.com/artists/joris-laarman

O designer holandês Joris Laarman está entre os diversos artistas que expõe suas obras na galeria Friedman Benda. Através das produções realizadas em seu laboratório sediado em Amsterdam, o jovem Joris Laarman de 35 anos, colabora com artistas, cientistas e engenheiros utilizando das múltiplas possibilidades oferecidas pelas tecnologias emergentes, tais como: sistemas de cálculo numérico computadorizado (CNC), processos e recursos de impressão de materiais em três dimensões (3D) e através de esquemas e técnicas ligadas à robótica. Em suas produções encontram-se cadeiras, estantes e mesas que utilizam materiais como plástico, madeira, aço e alumínio. Os projetos de Joris Laarman estão também expostos de maneira permanente em instituições como: o MoMA em Nova York; o V & A em Londres e o Centre Pompidou em Paris.

Figura 2- “Bone Chair” (Cadeira Osso) produzida pelo Designer Joris Laarman, 2014
Fonte: http://www.friedmanbenda.com/artists/joris-laarman

É possível considerar que a apresentação dessas peças em museus fomentam algumas reflexões na tentativa de compreender as possíveis relações entre Arte e Design. Tais objetos são obras de Arte ou peças de Design? Poderia esses itens em suas formas esculturais ser categorizados como peças de Arte e de Design simultaneamente? Além disso, de modo geral, há relevância na distinção entre a Arte e o Design na contemporaneidade?

A partir das similaridades a relação entre a Arte e o Design vem sendo estabelecidas modo profícuo ao longo da história. O Design desde o seu surgimento no início do século XIX, recebeu influências significativas originadas no âmbito Arte. Podem-se citar como exemplos dessas influências os movimentos Art Nouveau, o Construtivismo Russo, o movimento De Stijl e o movimento artístico da Escola Bauhaus, dentre outras manifestações que contribuíram para a consolidação da atividade de Design. De modo especial, é possível considerar a produção do designer Gerrit Rietveld que influenciado pelo movimento “De Stijl”, desenhou a cadeira azul e vermelha. Tal cadeira se assemelha a pintura a óleo sobre tela, intitulada Composição em Azul, Amarelo e Vermelho, produzida em 1921 pelo artista Piet Mondrian. Para Mondrian (1946, p. 35-36) “[...] todas expressões de vida supõem uma aparência diferente, uma aparência determinantemente mais abstrata [...] A tarefa mais importante de toda arte, então, é destruir o equilíbrio estático estabelecendo um equilíbrio dinâmico”.

Figura 3- Cadeira “Azul e Vermelha” e Pintura a óleo “Composição em Azul, Amarelo e Vermelho”
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Cadeira_Vermelha_e_Azul

No âmbito da relação entre Arte e Design encontram-se diferentes argumentos afirmando que o Design é um tipo de Arte e neste caso é inviável distinguir a Arte do Design. No entanto, também são observados argumentos que consideram o Design como uma atividade fundamentalmente distinta da Arte. Perante as reflexões acerca da relação entre Arte e Design, nota-se a complexidade em distinguir onde termina um e começa o outro.

REFERÊNCIAS
MONDRIAN, Piet. Eleven europeans in America. Bulletin of the Museum of Modern Art, New York: Museum of Modern Art (MoMA), v. XII, n. 4, 5, p. 35-36, 1946.

LAARMAN, Joris. Exposição Lab: Bits and Crafts. Disponível em: <http://www.friedmanbenda.com/artists/joris-laarman>. Acesso em: 10 jul. 2015.



Alecir Carvalho é doutorando em Design - Linha de Pesquisa: Comunicação Cultura e Artes pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - PUC-RIO (2014), Mestre em Design - Linha de Pesquisa: Design, Cultura e Sociedade - ED.UEMG (2012), Bacharel em Design pela Escola de Design - ED.UEMG (2000). Participa de projetos no Laboratório de Pesquisa e Produção de Mídias Educativas Espaço Poiesis. 

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A VISITA DA FAMILIA IMPERIAL JAPONESA A CURITIBA OU UMA CRÔNICA SOBRE A DELICADEZA...


Para comemorar os 120 anos da amizade Brasil-Japão, a Família Imperial Japonesa esteve em Curitiba no dia 30 de outubro. Esse foi mais um evento para celebrar a data.



Nossa revista foi convidada pelo Consulado Geral do Japão para cobrir o evento. Honradas com o convite fomos, eu e Izabel Liviski até a Associação Nikkei de Curitiba. Liviski, com sua Nikkon de prontidão e eu, com meu indefectível caderninho de notas. Já sabíamos de antemão que não poderíamos nos dirigir aos príncipes, nem andar na frente dos mesmos e que deveríamos ficar apenas nos lugares reservados para o pessoal da imprensa. Recebemos dois crachás de identificação com a figura do tsuru, cheio de bons augúrios. Essa imagem foi escolhida por meio de um concurso para eleger a logomarca oficial dos 120 anos de amizade Brasil Japão. O criador da logo é o Sr. Bruno Hitoshi Teruia.


“O tsuru (grou) é possivelmente o pássaro mais velho da Terra, conta uma lenda japonesa que ele pode viver até 1000 anos. Considerado o pássaro companheiro dos eremitas que meditavam nas montanhas, estes pessoas que acreditavam terem poderes sobrenaturais para não envelhecer. O tsuru passou a ser considerado um pássaro possuidor de vida longa. Hoje é um símbolo de longevidade, felicidade e paz. Hoje costuma-se presentear pessoas queridas com essa dobradura, sendo essa a dobradura mais conhecida em todo mundo”.
(Texto extraído de:
http://terapiadopapel.blogspot.com.br/p/significado-tsuru.html)



A segurança da área onde se situa a Associação Nikkei e também todo o perímetro em que os príncipes estiveram estavam reforçados por agentes da Polícia Federal e também pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais – BOPE. O BOPE é um grupo de policiais de elite composto por subunidades. Uma dessas subunidades é a Companhia de Operações com Cães (Canil). Essa ação conjunta visava garantir que a visita da Família Imperial Japonesa ocorresse de forma tranquila. Antes da comitiva chegar tivemos a oportunidade de conversar com os policiais do BOPE, que nos atenderam prontamente. Junto com os policiais estava Buster, um dos cães treinados para localizar bombas. Por trás do armamento pesado, da farda e da postura alerta e preparada, estão os seres humanos, gentis, educados e dedicados à segurança dos cidadãos. Mais do que isso, percebia-se a bondade e a generosidade para com o animal, que atua junto com os policiais. Ao olhar para Buster, percebe-se de longe que é um cão amado e feliz.



Havia muita gente na Associação Nikkei esperando o Príncipe e a Princesa. O protocolo previa, entre outras coisas, o descerramento da placa comemorativa da visita e o cumprimento aos príncipes. O salão principal estava organizado de forma simples e elegante. As pessoas sorriam, esperando o grande encontro.



Nosso imaginário vive cheio de referências a príncipes e a princesas e a curiosidade era grande.  As 15h em ponto, adentraram na associação Nikkei a comitiva. O príncipe e a princesa desceram do carro e a primeira coisa que chamou a atenção em suas honradas figuras foi o sorriso aberto e o olhar tranquilo. Penso que não deve ser fácil estar nesse papel. Suas figuras são públicas e representam o país. Carregam sobre os ombros a tradição milenar de um nação exemplar.


Eles cumprimentam as pessoas, acenam, sorriem, descerram a placa e se encaminham para o salão. Vamos atrás e para nós está reservado o espaço do palco. Enquanto o príncipe e a princesa cumprimentam a todos os presentes, um por um, sempre sorrindo, sempre inclinando a cabeça, nós, os meros mortais, observamos, encantados com aquelas figuras tão poderosas e ao mesmo tempo, tão gentis, tão amáveis, tão simples. Guardamos suas imagens em nossos corações. E fotogramos, claro, para eternizar esse momento.


O príncipe Akishino é sorridente, jovial e bonito. A princesa Kiko é linda e moderna, mas de uma modernidade atemporal, que brinca com o clássico. Com seus cabelos curtos e sua mini bag, mostra que é antenada com a moda. Ao mesmo tempo, veste um tailleur clássico e para completar, usa pérolas.



Nosso tempo é curto e somos avisados de que devemos sair para que outras equipes possam cobrir o evento. Nos despedimos e saímos. Ao sair, passamos muito perto dos príncipes e observamos, comovidos, o casal. Olhamos em volta, energia boa fluindo e as pessoas sorriem, felizes. Simplicidade, organização, preparo, respeito e delicadeza. Para celebrar uma linda amizade entre  dois grandes países. Brasil e Japão. Que venham mais 120 anos, e muitos, muitos mais, ainda...

Fotos: Izabel Liviski






Vanisse Simone é doutoranda em Educação pela UFPR e colunista da Planetário. Ela tem grande admiração e respeito pelo povo japonês.
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Sobre o signo de canis



Como quem sonha, espero por ti na estrada de cima. Enquanto os sonâmbulos agridem a manhã, vestidos ainda de sono, cobertos ainda pela placenta noturna. Deixo descer os olhos até onde você esteve – estava – está, na gruta verde ao pé do rio minguado, e penso em todos os cães da minha vida: Pluto, Snoopy e Scooby; Balto, Laika e Hachiko; Churras, Beta e Kachtanka; Atma, Rimbaud e Petrarca; Sírios, de Olaf Stapleton, de Rowling, de Urano; a Rabita, o Rex, o Til e o Totó e o Kiko e Pipoca. Todos integrando um conjunto de coisas estrangeiras – nas casas e nos quintais de outras vizinhanças, mas nunca aqui, onde você residiu – residia – reside com tamanha unidade, onde estão as suas patas de fazer giro e a sua felicidade imensa de comer. Taco as mãos para os bolsos, ajeito de lado o embornal e me ajeito – pesado – sobre a vertebra lateral de uma arvore enorme, prendem nela os cavalos – que não são mais que cachorros grandes. Ponho-me a pensar nos dois borrões que contornavam os seus olhos e o resto inteiro branco. Duas rãs na imensidão láctea da sua pequenez de filhote recente. Você que latia manhã, tarde e noite. Você que existia sem aparecer – que estava na margem de lá das coisas e das águas. Você que me arrastou pela colina íngreme de moscas e lagartos e cobras e mato – só para dizer “oi” na língua divina das verdades inomináveis. Que me deixou culpar alguém por ter chegado até você. Eu na árvore pareço agora um veio torto e rebelde que se depreende do tronco, um braço amadeirado e triste com raízes travadas na brisa leve e pouca, sustentando a vista que te procura. Minha perna adormece. Sinto falta da infância em te ver – do tempo em que uma primavera antiga de futuros grandes como a família parecia um continente cercado por beijos em saliva nas bochechas rechonchudas e avidamente sadias, por gente jovem ainda que mais velha, por banhos de mangueira e de terra vermelha e de picolé mancha-tripa. Sabe o que dizem por ai:
           quem é vivo sempre desaparece.
          Mas espero por ti na estrada de cima – enquanto espero o São José das seis. Tudo lá simula a sonata irmã do seu latido, os galhos rangem como antes, o rio corre como pode, a casa está onde estava, só você, Chester... só você insiste em não repetir-se. Como as coisas misteriosas que estão lá até que se procure. Construo sua imagem lá embaixo, paramentado de aquarela, feliz, lançando rabadas, ensaiando círculos, mordiscando as pulgas. E, por um minuto, a realidade rosna – meu coração se estreita feito uma velha camisa de botão com as costas miúdas apertando os ombros. E você não era um menino, mas parecia-se tanto com um menino. Espero aqui com as mãos metidas nos pacotes da calça para que me reconheça. Espero com os cabelos em ninho e a barba em penugem, assobiando por dentro, fumando por dentro, cantarolando, e a sombra dos ramos se misturam com as sombras de mim e não te vejo ainda. Espero por você como você por mim naqueles primeiros dias e nas noites que vieram depois dos dias. Como um rapaz impaciente e feio espera na chuva, floreado de intenções, esperanças e crisântemos, a menina que se esqueceu dele. Espero de nariz baixo, percebendo o movimento desperto que ganha a rua, ouvindo os sons que alucinam o seu choramingo na distância, que imitam a sua pressa, e nisso o ônibus vem e quase fico, quase digo ao auxiliar que suba novamente e ao motorista que leve todos ao destino e aos passageiros que partam e que me deixem mais com a esperança de esperar-te aqui, na estrada de cima, pois eu jamais contaria – conto – contarei a alguém a imensa dor de perder um cachorro que nunca tive e jamais sobre a solidão de perceber agora os meus olhos cerrados observando os olhos dele enquanto digo adeus e subo as escadas dissimulando: _Bom dia!
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TAKUMA NAKAHIRA: A LINGUAGEM DA FOTOGRAFIA DE RUA


A coluna Incontros traz hoje a contribuição de Rogério Akiti Dezem, para se pensar a fotografia de rua, a partir do trabalho pioneiro do fotógrafo japonês Takuma Nakahira:

Se a gramática da fotografia de rua teve em Cartier-Bresson seu mestre, não seria exagero dizer que a linguística seria representada pelo fotógrafo japonês Takuma Nakahira (1938-2015), falecido no início de setembro deste ano. Nakahira san foi um dos mais complexos fotógrafos japoneses do período do pós-guerra, co-fundador do (quase) mitólogico coletivo Provoke (1968-1970) em fins dos anos de 1960, amigo e influência de Daido Moriyama, uma das grandes referências da fotografia urbana mundial. Até uma década atrás, Nakahira san era praticamente desconhecido fora do Japão – a não ser entre os estudiosos e aficcionados por Fotografia na Ásia – como afirmou o historiador norte-americano Franz Prichard: “Talvez ele seja o fotógrafo japonês mais importante do qual você nunca ouviu falar.”

Rogério Akiti Dezem, 2015.

Desde que comecei a me interessar por Fotografia/fotografar, Nakahira san foi uma das minhas principais referências. Nascido em Harajuku na capital japonesa, ele graduou-se em língua espanhola em 1963 na Universidade de Estudos Estrangeiros de Tóquio e logo depois começou a trabalhar como editor de um periódico mensal de esquerda chamado Gendai no me (“Olhares Contemporâneos”), a partir daí a Fotografia passou a fazer parte inseparável da vida de sua vida. O Japão de meados dos anos 60 é uma nação em ebulição, não só econômica, mas cultural e urbana que tem em sua força motriz a geração nascida durante ou no imediato pós-guerra.

O jovem Nakahira foi um dos primeiros a pensar o espaço urbano como um local de “circulação, visão e poder” em suas próprias palavras. Decodificar o espaço urbano em uma linguagem representativa da sua visão, ou melhor, da relação entre o olhar e a câmera, tornou-se para ele uma obssessão. Entre os anos de 1965-66, seus anos de formação no universo fotográfico – incentivado por nada mais nada menos do que outro grande fotógrafo japonês Shomei Tomatsu (1930-2012) – o jovem Nakahira conheceu Daido Moriyama, quando trabalhavam juntos em uma série de fotografias (pré- Provoke era) para ilustrar o ensaio Machi ni senjo ari (“As ruas são um campo de batalha”) do poeta e escritor Shuji Terayama. As imagens produzidas por Nakahira – e Moriyama também - expunham de maneira crua e até certo ponto inovadora, a partir de texturas e enquadramentos convulsivos únicos a capital japonesa com os seus pesadelos e devaneios, levando ao limite o nosso olhar na tentativa de buscar referenciais não só imagéticos, mas cognitivos. Os anos que se seguiram até meados de 1970, marcaram o período de mais intensa e criativa produção teórica e pictórica do fotógrafo.


Rogério Akiti Dezem, 2015.

A radicalização estética (forma e conteúdo) da fotografia urbana monocromática, foi inspirada pelas inovadoras imagens de rua produzidas pelo fotógrafo norte-americano William Klein em meados da década de 1950, a partir de fragmentos de realidades materiais, na maioria das vezes produtos de snapshots contundentes, que não buscavam captar o real, o belo, o lúdico, mas decodificar a cidade ao aproximar e fundir “a ideia de” com uma subjetividade (quase) orgânica representante da sensação fluída de estar em um espaço urbano em transformação. Tarefa que mostrou-se angustiante, senão quixotesca e levada ao limite mesmo de formas diferentes, mas conexas em suas obras Kitaru beki kotoba no tame ni (“For a Language to Come”, 1970) e na sua histórica instalação fotográfica “Circulation: Date, Place, Events” na Bienal de Paris em 1971. Culminando em 1973 com uma coleção de ensaios intitulada Naze shokubutsu zukan ka (Why an illustrated botanical dictionary?), no qual Nakahira san questiona a própria obra, rejeitando o estilo e todo o universo estético monocromático (“contrastado, granulado e desfocado”) do coletivo Provoke. Na mesma época, após sofrer um colapso nervoso, o fotógrafo destruiu todos os seus negativos, queimando-os (!). Excentricidade ou negação estética?


Rogério Akiti Dezem, 2015.

Suas fotografias, principalmente do período 1968-1972 são densas, quase palpáveis, mas ao mesmo tempo “vazias” em um primeiro olhar, produto de uma busca interna refletida em um espaço urbano em transformação e de um contexto histórico que possibilita diálogos(infinitos?) entre o ato de fotografar e o modo de pensar Fotografia. A perenidade da sua obra está presente no diálogo entre Nakahira san, a câmera e o espaço urbano a sua frente como se o produto dessa tríade - separada por natureza - se condensasse em não um instante decisivo (isto não existe...) mas em repetições de instantes ad infinitum em um mesmo frame. Arte? Linguagem? Ou “simplesmente” fotografia de rua?

Seria possível hoje (2010’s) fugir da mesmice dos clichês da fotografia de rua/urbana buscando uma nova linguagem? Para iniciar essa tentativa podemos começar com a questão inicial proposta por Nakahira san ainda no início dos anos 70: “O que é uma câmera?”.

Impossível ficar imune ao impacto não só estético mas “linguístico” da sua obra. Estas linhas são apenas um “aperitivo” sobre o já não tão desconhecido – fora de terras nipônicas - pensamento e prática fotográfica do recém-falecido Takuma Nakahira. Se ficou interessado dê uma olhada nestes links:

All rights reserved. REPRODUÇÃO PROIBIDA – AkitiDezem ® Todos os direitos reservados.
[Não autorizo o uso de qualquer foto em Blog, Fotolog ou qualquer meio de comunicação, caso haja interesse entre em contato, mas não utilize sem permissão. O direito autoral é protegido no Brasil e no Exterior pelo ART. 7, INC. VII DA LEI Nº 9.610/98..]
Rogério Akiti Dezem-  Natural de Osasco (SP) é historiador, professor universitário e, nos últimos quatro anos, fotógrafo urbano. Seu motto é: “O prazer de fotografar é mais importante do que a precisão”. Em maio de 2015 publicou pelo Blurb sua primeira monografia fotográfica: ECHOES (2012-2015). 
Para mais detalhes acesse o site fotográfico:Zenfolio | AkitiDezem Photowalker
Texto e Fotos: Rogério Akiti Dezem

Esta matéria também foi publicada no Blog da Rua 33. 
        
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Izabel Liviski é professora e fotógrafa, doutora em Sociologia pela UFPR. Edita a coluna INcontros desde 2009 e é também co-editora da Revista ContemporArtes.

                                        











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VI FEIRA ANARQUISTA DE SÃO PAULO


A VI Feira Anarquista de São Paulo, organizada pela Biblioteca Terra Livro será no dia 15/11/2015 das 10h às 20h no Espaço Cultural Tendal da Lapa, Rua Constança, 72 com a entrada gratuita. 

Segundo divulgação, tem como objetivo realizar um encontro de anarquistas e simpatizantes. Com a mostra e venda de livros, jornais e outros materiais de cunho libertário do país e do mundo. Contará também com palestras, debates e outras atividades culturais. 

Fonte: https://feiranarquistasp.wordpress.com/


"PROGRAMAÇÃO DA VI FEIRA ANARQUISTA DE SÃO PAULO (2015).
Para mais informações entre em contato: feiraanarquista@gmail.com
10h00 – Início da Feira Anarquista de São Paulo 2015
10h00 – Filme: Casa da Lagartixa Preta “Malagueña Salerosa”: 10 Anos de Experiências Anarquistas (70 min)
10h00 – Jogo: Jogo da Memória do Muralismo Libertário e outras brincadeiras(Espaço Adelino de Pinho)
10h30 – Oficina: Aproximações entre anarquismo e improvisação musical livre – Stênio Biazon
10h30 – Debate: Futebol Libertário – Rosanegra Ação Direta e Futebol (São Paulo/SP)
10h30 – Debate: As lutas e experiências do Coletivo Autonomo dos Trabalhadores Sociais/CATSo (São Paulo/SP)
11h00 – Oficina: Oficina de Encadernação – Imprensa Marginal (São Paulo/SP)
11h00 – Oficina: Oficina de minitransmissor de rádio FM – Coletivo Bagu.io (São Paulo/SP)
11h30 – Filme: Índios Munduruku: Tecendo a Resistência (25 min) +Mundurukânia: na beira da história (46 min)
12h00 – Debate: 150 anos da morte de Proudhon: Federalismo, Autogestão e Educação – IEL – Instituto de Estudos Libertários
12h00 – Debate: “Romancero de Mujeres Libres” de Lucía Sánchez Saornil – Thiago Lemos (Patos de Minas/MG)
12h00 – Jogo: Partilha do Tesouro (Espaço Adelino de Pinho)
12h30 – Jogo: Quebra-cabeça das Mulheres Livres (Espaço Adelino de Pinho)
13h00 – Oficina: Instalação de meio de comunicação seguro para celular Observatório da Privacidade e Vigilância
13h30 – Debate: Anarquismo e Questão Indígena – Ativismo ABC (Santo André/SP)
13h30 – Filme / Debate: Comitê contra o genocídio da Juventude Negra do Grajaú(São Paulo/SP)
14h00 – Oficina: Encadernação para e com crianças – Biblioteca Terra Livre (São Paulo/SP) (Espaço Adelino de Pinho)
15h00 – Oficina: Midiativismo libertário – RIA – Rede de Informações Anarquistas (Rio de Janeiro/RJ)
15h00 – Debate: A Greve dos Professores na Perspectiva Autônoma e Anarquista– Professores que participaram da greve em São Paulo e Curitiba
15h00 – Debate: Lançamento do livro “Anarquismo e a Revolução Negra” de Lorenzo Kom’boa Ervin  Coletivo Editorial Sunguilar (Rio de Janeiro/RJ)
15h00 – Debate: Maternidade e Militância (Espaço Adelino de Pinho)
15h00 – Filme: Curtas para Crianças e Adultos
16h00 – Oficina: Stencil para crianças com seus adultos (traga sua camiseta!) (Espaço Adelino de Pinho)
16h00 – Oficina: Oficina de minitransmissor de rádio FM – Coletivo Bagu.io (São Paulo/SP)
16h00 – Filme: Jaime Cubero – Centro de Cultura Social (São Paulo/SP)
16h30 – Teatro: Emma Goldman, uma vida libertária – Cibele Troyano / Debate:Emma Goldman e amor livre – uma aproximação com a atualidade? – Biblioteca Terra Livre (São Paulo/SP)
16h30 – Debate: Governo Progressista de Pepe Mujica no Uruguay: entre sapos e cobras – Ateneo Heber Nieto (Montevidéu/Uruguay)
16h30 – Debate: Pedagogia libertária e educação popular em cursinhos pré-universitários – Cursinho Livre da Lapa, Acepusp e Frente de Cursinhos Populares (São Paulo/SP)
18h00 – Debate: O Protagonismo Feminino na Revolução Social Curda em Rojava – Anelise Csapo (São Paulo/SP)
18h00 – Debate: Pensando o Anarquismo hoje, lançamento do livro “101 definiciones del Anarquismo” – Grupo Gómez Rojas (Santiago/Chile)
18h00 – Filme: Golpe por Golpe (85 min)
18h00 – Limpeza e organização do Espaço Adelino de Pinho
18h30 – Oficina: Jongo Preta Bandêra (Santo André/SP)
20h00 – Encerramento da VI Feira Anarquista de São Paulo
ESPAÇO ADELINO DE PINHO
O espaço Adelino de Pinho é destinado às crianças de diferentes idades que estarão com suas mães, pais ou responsáveis na Feira Anarquista. Esta é uma proposta do Laboratório de Educação Anarquista (LEA).
Ao longo de todo o dia:
– DÁDIVA
Espaço da dádiva e material anticonsumo (Fenikso Nigra e Barricada Libertária, Campinas/SP)
– EXPOSIÇÕES
* Lembramos que é importante levar sua garrafa ou copo de água pois o Tendal da Lapa não possui bebedouros, somente filtros de água. E devido ao rodízio de água promovido pela Sabesp o espaço pode ficar sem água no final do dia, por isso, programe-se!

Grupos, coletivos, editoras e publicações anarquistas interessadas em participar e, ou, expor seus materiais pessoalmente entrem em contato pelo e-mail feiraanarquista@gmail.com
Se você não puder comparecer, há maneiras de se envolver com a Feira:
Grupos e coletivos: podem enviar panfletos e, ou, painéis com informações sobre suas atividades para exposição das práticas anarquistas no mundo ou então enviar um video explicando o projeto que desenvolvem e o histórico do grupo.
Editoras e publicações anarquistas: podem enviar seus materiais que nos encarregaremos da exposição e venda.
Artistas: (amadores ou profissionais) podem criar e enviar um cartaz para a divulgação da feira. Mais informações para o envio de cartazes em: https://feiranarquistasp.wordpress.com/cartazes/"
Até lá.
 Foto: Letícia G. Camillo.

Soraia Oliveira Costa, mestre em História da Ciência pela UFABC e graduada em Ciênciais Sociais pelo Centro Universitário Fundação Santo André (CUFSA). Professora de Sociologia na Educação Básica e na Educação de Jovens e Adultos no Estado de São Paulo. Trabalha com audiovisual e oralidades desde meados de 2007. Produtora do documentário "Transformação sensível, neblina sobre trilhos", que trata da história vila de Paranapiacaba, feito com incentivo do MEC/SESu, UFABC e FSA. Nas horas vagas estuda música, toca acordeon e joga futebol no Rosanegra Ação Direta e Futebol.
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