segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Segunda Poética

do fundo dos vazios de Ponty e Heidegger

e o lance é o lance

o espaço vazio entre o corte e o fio

entre a sorte lançada e o nada

e o fato é o ato

entre o gesto e o efeito o desejo

o jeito é estar mudo

o silêncio o vazio e o tudo


FRUTO



não lambuzo o beiço

nem salivo doce

diante do meu fruto

predileto

a casca áspera no

caminho do meu pomo

lanha-me a garganta

não lambuzo o beiço

nem salivo doce

engulo seco

Beth Brait Alvim

in Mitos e ritos

Lance Matutino

sigo sôfrega atrás de mim mesma

depois de cavar extremos e mergulhar a esmo

até que eu sucumba a impulsos que não me perdoem

e meu coração tresloucado salte e voe

atrás dos seus corações para que sempre me atordoem




" Quem é essa mulher? Beth Brait é uma mulher em transe (ou em trânsito). Nasceu em São Paulo pra alimentar o cotidiano das cidades por onde passa com uma poesia e uma ação cultural-existencial que deixou profundas marcas na história de São José dos Campos,Diadema e Santo André. Subversiva por natureza, Beth Brait é uma guerreira cultural. Ame-a ou deixe-a. Seja no SESC, sala de aula (como professora) ou como diretora cultural da Fundação Cultural “Cassiano Ricardo”, Beth Brait é sempre um sinal amarelo no trânsito da poesia e da cultura em geral. Cuidado ao atravessá-la. Pode se fatal. Beth Brait é poeta por opção de vida e nem precisaria ter publicado o iluminado livro, “MITOS E RITOS” e agora estas Visões do medo Mas, por sorte nossa, publicou. Uma poesia forte, pra pensar, cortar os pulsos. (DAILOR VARELA, JORNALISTA E POETA FUNDADOR DO 'POEMA PROCESSO')

bethbrait_alvim@yahoo.com.br

http://www.bethbraitalvim.blogspot.com um lance de dados



http://www.artepaubrasil.com.br/descrição.asp?cod_livro=B23958






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