Uniban: um erro não justifica o outro
Bar ContemporARTES
...palavras on the rocks, bacos e apolos, poetas e prosadores, anjos e demônios fazem encontros marcados para essa conversa de bar virtual. Sempre às 3a. feiras no ContemporARTES
por Simone Pedersen
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Policiais australianos e carteiros dinamarqueses trabalham de bermudas em dias quentes. Na Escandinávia, mulheres andam de bicicleta sem a blusa para se bronzear. No trabalho e na escola, ninguém veste-se de forma insinuante. No nosso país, criança usa roupa sexy e imita danças quase pornográficas. As famílias aplaudem! Desconhecem a diferença entre liberdade, e vulgaridade. Eu não gostaria de ser atendida por um médico ou médica sem camisa. Sou contra frequentar templos, igrejas, velórios ou hospitais com roupas sensuais. Talvez eu seja antiquada. Ou será que a apresentação não é importante quando da entrevista para um emprego? Um jeans rasgado em uma agência de propaganda ou um vestido transparente em show de moda não é desrespeito. Na “balada”, uma roupa justa ou decotada é comum. Num campo de futebol, uma mulher vestida com roupas curtas escuta comentários, mas não gera uma horda: é um local de lazer. Não se trata de ser mulher ou homem e sim de bom senso. Vi as fotos do começo do tumulto - que já desapareceram da internet - o vestido estava muito mais curto que nas fotos posteriores. Algo diferente ocorreu ali: alunas com poucas roupas não são novidades no Brasil. Toda ação causa uma reação. Será a ação a escolha da roupa ou a atitude de quem a vestia?
Existem códigos de vestimenta formais ou não. O funcionário sabe que se chegar ao escritório com roupas inapropriadas, será repreendido ou demitido. Para que não haja distrações do que realmente é importante: trabalhar. O mesmo se aplica aos locais de estudar, rezar, velar um ente querido, visitar um enfermo...
Vários grupos discutem que foi sexismo, preconceito ou involução. Nunca será justificável, ainda que a moça estivesse de biquíni. Nenhum cidadão tem o direito de fazer justiça com as próprias mãos, deve-se procurar a autoridade competente. A moral das pessoas não está nas roupas que vestem. O que não significa que alunos devam vestir-se como se a escola fosse um lugar qualquer. Houvesse maior interesse em estudar por parte dos alunos e alunas, nada disso teria acontecido.
Hoje em dia, meninas usam roupas que mostram o que não precisa, mulheres vestem-se como se tivessem 20 anos – e quilos – a menos. O bom senso perdeu-se na história da moda. Boa apresentação não é ostentação. O feminismo virou sinônimo de exibicionismo. Pessoas valorizam demais o físico. Talvez porque as almas foram esquecidas sob tantas máscaras sociais.
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