Segunda poética
Esta segunda é mais do que poética. É a poesia viva na sua maior representação: uma família de poetas (Tatiana Alves, André Caldas e Pedro Alves Valentim). Poetas premiados. Aqui eles, gentilmente, abrem sua casa e nos hospedam em sua poesia. E, viva a poesia!Harpoesia
Tatiana Alves
Minha língua viva e sedenta
Saliva
Maldita
E roça em profanas palavras
Minhas mãos suadas e errantes
Tateiam
Malditas
E tocam profanas palavras
Por entre línguas e mãos
Toma forma a poesia
Sádica
Lúdica
Lúbrica
No prazer do trava-língua
No ardor de uma mão-boba
A poesia se toca
Harpoesia
Tatiana Alves é poeta, contista e ensaísta. Participou de diversos concursos literários, tendo obtido mais de cem prêmios. É colaboradora da Coluna Momento Lítero-Cultural, dos sites Cronópios, Anjos de Prata, Germina Literatura e Escritoras Suicidas. É filiada à APPERJ, à Academia Cachoeirense de Letras e ao Clube dos Escritores de Piracicaba. Publicou, em 2005, o livro de contos O Legado de Cronos; em 2006, O segredo da caixa, em colaboração com o grupo Encantadores de Histórias; em 2008, o livro de ensaios D’Além-mar: estudos de Literatura Portuguesa e, em 2009, o livro de poemas Harpoesia. É Doutora em Letras e leciona Língua Portuguesa e Literatura no CEFET / RJ. tatiana.alves.rj@gmail.com
Alma que fica
André Caldas
A alma que ama
Ama outra alma
Ama
Almeja calma
Aumenta Amor
Alma
Ama e clama
Amarga amargura
Que ama
Alma amiga
Arruma a mala
Mal-amada
A minha alma amuada
Ama e namora
N’América
No mar
Ao mar
Há mar?
Mas a alma
Apenas ama
El’ que ama
Lama
Amarelo gosto de amar
André Caldas é Mestre e doutorando em Literatura Portuguesa pela PUC-Rio. Professor universitário, professor da Rede Estadual de Ensino do Rio de Janeiro, pesquisador e ator profissional. Poeta filiado à APPERJ, já foi agraciado em diversos concursos literários.
Barquinho da vida
Pedro Alves Valentim
Barquinho da vida
Algumas vezes guiado pela correnteza
Outras, pelo remo de seu dono
Às vezes, tem que escolher entre mais de um caminho
Normalmente, escolhe o mais curto
Que nem sempre é o melhor
Pois, às vezes, ele dá onde o barquinho sempre foge
Na tempestade,
Na tempestade da morte
Pedro Alves tem doze anos e está concluindo o 6º ano do ensino fundamental no Colégio Pedro II. Começou a escrever este ano, e já recebeu três prêmios literários: 1º lugar na Academia Itapemense de Letras, foi um dos vencedores no Festival Poético de Cornélio Procópio e obteve Menção honrosa no Prêmio Moutonnée de Poesia.
Rosana Banharoli, poeta e jornalista, é coordenadora do blog
Rosana_banharoli@hotmail.com
3 comentários:
Alma que ama!
8 de dezembro de 2009 às 09:16Trio parada dura...
8 de dezembro de 2009 às 15:44Essa familia literalmente vai loooongeeeeeeeee
geraldo trombin
Família Poética! Concordo com o Trombim em seu comentário acima. Parabéns!
8 de dezembro de 2009 às 16:28Postar um comentário
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