terça-feira, 1 de junho de 2010

DE PEÕES E REIS


Uma das tarefas mais árduas em literatura é escrever um bom conto. Além de muita imaginação, personagens bem elaborados, há que ter um final inesperado e linguagem que amarre o começo,meio e fim. Assim faz o nosso colaborador dessa semana, Fabrício Tavares de Moraes que  nasceu na cidade mineira de Juiz de Fora, onde vive até hoje. Graduando em Letras da Universidade Federal de Juiz de Fora, atua como pesquisador-bolsista desta instituição, tendo publicado ao longo de três anos vários trabalhos crítico-teóricos sobre a poesia brasileira e africana contemporâneas, recebendo por estes premiações nacionais. Atualmente, empenha-se na publicação de uma coletânea de contos escritos nos últimos dois anos, cujo nome (provavelmente) será "Fragmentos de caos".
Blog (recente): http://fragmentosdecaos.blogspot.com/




DE PEÕES E REIS



O asilo onde o Sr. Osmar residia precariamente era um antigo casarão que havia passado por incontáveis reformas até chegar àquele estado também precário de então: o exterior do prédio refletia o interior de seus moradores.

Os dias – que pareciam ser um só dia – passavam todos da mesma forma e com a mesma lentidão: com dominós, damas e partidas de xadrez para aqueles que ainda possuíam alguma racionalidade, não tendo se entregado de todo ao domínio do ilógico.

O cheiro de doença e remédios, o farfalhar de pantufas encerando o repisado chão, a má vontade e apatia das enfermeiras e dos outros ajudantes: tudo aquilo pareceria o nono círculo do Inferno para quem tivesse o mínimo de sensibilidade ainda. Sr. Osmar era um desses miseráveis que ainda é capaz de pensar e conseqüentemente de sofrer. No presente momento, está entretido em uma acirrada partida de xadrez com o seu rival – apenas quando se trata de disputas de jogos de tabuleiros -, mas também fiel amigo Benjamim. A mão no queixo, o óculos na extrema ponta do nariz e aquele constante e repugnante ruminar comum aos que já não possuem arcada dentária. A cabeça de Sr. Osmar não estava idônea para elaborar estratégias e procurar antever os movimentos do oponente, pois estava perdida em outros pensamentos e abstrações. Benjamim aproveitou esse ponto fraco do oponente para atacar.

Xeque-mate.

Sr. Osmar deixou o rei cair dolentemente de sua mão, movimento que fez um grande barulho no tabuleiro.



- Por que você está pensativo, meu caro amigo?

- Eu queria te contar algo muito pessoal, Benjamim.

- Pode falar.

- Deixa para depois, tudo bem? Eu quero uma revanche no xadrez...

- Certo, amigo. Temos todo o tempo do mundo... hehehe, que nada, a última coisa que temos é tempo.



Aquele que devora os próprios filhos permitiu a Sr. Osmar e Benjamim mais alguns efêmeros momentos nesta vida. Os dois estavam no quarto (cubículo!) onde Osmar dormia. Benjamim sentado na beira da cama mostrava, tanto quanto possível para um homem de sua idade, muita ansiedade em querer saber o que o seu velho amigo tinha para contar. Sr. Osmar recostava-se na cômoda usada que a sua filha – cuja imagem já se estava desvanecendo na mente do seu velho pai, devido ao tempo pelo qual ela não era atualizada pelos olhos do pai – havia lhe enviado anos atrás, assim que Sr. Osmar fora morar naquele asilo.



- Fale, Osmar. Esse meu coração velho não agüenta mais tanta coisa assim... Estou morrendo de ansiedade

- É que, é que... meu caro amigo. Estás vendo essa minha janela?

- O que tem demais nela?

- Não é o demais: é o de menos. Toda vez que eu quero esquecer de mim mesmo, eu me dirijo para ela para olhar a vida lá fora: só que não há vida lá fora. A única coisa que há é essa parede branca caiada desse prédio imenso aí da frente que atrapalha até mesmo a gente a ver o céu, que nessa época do ano é lindo...

- E o que tem isso de ruim?

- Ora essa, eu queria ver a vida, ver vida: pessoas, crianças e animais se movimentando: o viver com todo o seu dinamismo.

- Ora, homem. Você já está velho, aproveita o resto da sua vida com outras coisas. Viva sem preocupação: já sofremos a nossa medida nessa terra.

- Mas eu quero ver a vida antes que a morte chegue para mim: eu quero me opor a ela, resistir, mesmo sabendo que é inútil. Mas eu quero resistir: não quero morrer resignadamente como um covarde ou um mártir, que no fundo são a mesma coisa.

- Era isso o que você tinha para me falar, Osmar? Eu achava que era algo muito mais importante e interessante. E o que eu tenho a ver com isso? Com essa história de encarar a morte com a vida?

- É que eu preciso da sua ajuda, Benjamim... Eu quero ver a vida, e é só na varanda da diretoria que isso me será possível. Se a gente passar pelas enfermeiras da portaria, e pelo secretário do diretor do asilo, e, por último, pelo próprio diretor – que, na maioria das vezes, nunca está na sua sala – a gente chega na varanda que dá de frente pra rua.

- Pra que isso, Osmar? Que ideia maluca! Por que vamos arriscar a nossa comodidade pra fazer isso?

- Benjamim, você fala como um morto. Parece que quer ficar só no descanso eterno desse seu túmulo: ainda estamos vivos, podemos fazer isso antes de morrer.

- Osmar, você vai nos colocar em enrascada, meu caro. Esquece essa sua ideia sem nexo.

- De maneira alguma, e você vai comigo, se não, não vou ser mais o seu parceiro nas partidas de xadrez.

- Ora, bolas! Você me irrita, Osmar. Tudo bem, tudo bem... Mas se pegaram a gente, a culpa vai ser toda sua: vou dizer que você me obrigou a te acompanhar.

- Tudo bem, existe algum castigo que eles possam me imputar que seja pior do que ser um velho esperando a morte e que a única coisa que lhe é permitida ver é uma grande parede branca caiada que está cheia de marcas de lodo feitas pela chuva que constantemente escorre ali?

- ...



Os dois amigos começaram a gastar toda a sua potência cerebral para tramar um plano para que chegassem à varanda utópica tão desejada. A ação seria deveras simples: após o almoço – que, geralmente, consistia-se de uma papa ocre muito densa em que boiavam negros pedaços de carne acompanhada de um pedaço duro de pão – , quando todos os velhos se dirigiam para os seus quartos para realizar a dura tarefa da sesta, os amigos Benjamim e Osmar se desvencilharam, escondendo-se em um pequeno nicho que havia no corredor, onde outrora estava posto um busto gigantesco do fundador daquele asilo. As enfermeiras e os demais ajudantes, após guiarem e colocarem os velhos para dormir, se entregavam também ao ócio, jogando baralho e assistindo a uma pequena televisão que havia sido colocada clandestinamente no quarto onde ficavam os trabalhadores daquele local. Sendo assim, não seria uma tarefa tão árdua para aqueles dois cacos humanos cumprirem tal plano.

A rala adrenalina pulsava nas já cansadas veias azuis dos velhos: o coração relembrou os velhos tempos em que podia desperdiçar batidas. Os velhos entraram em seus respectivos quartos e após esperarem alguns minutos abriram cuidadosamente as portas. Olharam cautelosamente os dois lados do corredor que se estendia à sua frente, e se dirigiram para o nicho que haviam previamente combinado como local de encontro. Até ali, o plano havia sido realizado fria e perfeitamente, porém, havia ainda um grande empecilho: o recepcionista estava em sua sala revestida de vidro transparente jogando batalha naval com um enfermeiro. Sr. Osmar sabia que embora estivessem demasiado concentrados naquele jogo, aqueles funcionários o veriam, por isso – após usar da sua enrugada massa cerebral – propôs a Benjamim que engatinhassem a fim de se ocultarem do campo de visão daquelas distraídas sentinelas.

O espetáculo era deveras ridículo: duas degenerescentes formas humanas se rastejando sobre o pó imundo da terra de forma tão indolente que dir-se-ia que se moviam na sua imobilidade. Aquelas ruínas humanas executavam um esforço hercúleo para passarem sub-repticiamente pela recepção do asilo: o suor escorria pela pele macilenta e engelhada: o cinza-amarelado do rosto ganhava um laivo de vida devido ao sangue que aquele exercício fazia o coração bombear para o resto do corpo.

Suprimo aqui, pelo menos dez minutos de narrativa, pois posso afirmar que ao invés de enriquecê-la e de dar-lhe uma maior atmosfera de veracidade, eu apenas estaria esmerilando a já gasta paciência do leitor.

Após o triunfo de sobreviverem àquela travessia, os velhos continuaram a sua marcha rumo à varanda paradisíaca. Benjamim imediatamente pensou, passamos pelos peões desse intricado jogo de xadrez. No entanto, ainda havia várias muralhas, à primeira vista intransponíveis, que os impediam de alcançar o objetivo: o assistente do diretor ficava em uma sala contígua à do seu superior. Por sorte, Sr. Osmar – talvez por causa das inúmeras partidas de xadrez que havia disputado com seu rival Benjamim – já havia antecipado este empecilho e planejado um plano de ataque, que era na realidade, bastante simples: Osmar se encaminharia até a lata de lixo que se encontrava em frente à sala do secretário do diretor e a envolveria com um pedaço grande de barbante obtido sorrateiramente em uma aula de recreação ministrada por voluntários do asilo. O velho puxaria o fio com todas as suas (parcas!) forças, pondo por terra aquele objeto férreo, causando assim um estrondo metálico que obrigatoriamente retiraria o homem de sua sala a fim de verificar o que havia acontecido: o barbante seria calmamente puxado- antes da chegada do secretário - de um nicho que ficava sob a escada onde Osmar e Benjamim se esconderiam. O plano foi posto em ação exatamente com a já afligida e cansada mente do velho Osmar planejara. A simples - quase alcançando o status de ridícula - armadilha funcionou, causando um estardalhaço que fez o secretário do diretor largar o seu charuto cubano, que estava sendo assediado pelas fungadas fortes do seu nariz, e se dirigir ao corredor: bingas de cigarro, cinzas e pequenos pedaços de papel que estavam abrigados e ocultados na lixeira fizeram um imundo tapete no chão. Também o barbante já havia feito o seu serpentino e sinuoso caminho pelo corredor. Do nicho sob a escada - que embora mal seria capaz de alojar uma pessoal comum, estava, naquele momento, abrigando dois velhos caquéticos - os dois amigos suavam suave e lascivamente com um esboço enrugado de sorriso malicioso na boca desdentada: o secretário subiu as escadas, furioso, em direção à sala do zelador. Os velhos deram passinhos medíocres em direção à sala recentemente desocupada, passando pelos cantos do corredor, a fim de não deixar nenhum tipo de rastros ou pegadas: adentraram na sala do assistente.

Alguns livros estavam amadurecendo nas antigas prateleiras. A mesa do assistente estava repleta de papéis e canetas esferográficas sem as suas respectivas tampas. Uma foto do assistente com a sua noiva ou namorada ou esposa – o enquadramento da imagem não permitia ver se os dedos anelares de ambos estavam envolvidos por alianças – encimava a mesa, dando a esta um aspecto mais humano e menos burocrático. Os velhos olhavam como se fossem crianças curiosas para todo aquele aparato: um cheiro de tabaco e whisky infestava o ar, prevalecendo o primeiro. O sol – já fatigado de iluminar seres das trevas – começava a declinar indo repousar ou se esconder da ignomínia com a qual sua visão se depara todos os dias, e, deixando nos móveis a sua rubra luz, dando assim um aspecto de sobrecarregada melancolia. Faltava ainda um obstáculo: a sala do diretor.

Não mais a inteligência lógica seria um instrumento infalível: assim como os maiores enxadristas percebem que por vezes uma partida de xadrez – assim como qualquer jogo – é decidida meramente pela sorte e não mais pelo raciocínio, os dois velhos reconheceram que a próxima jogada seria decidida unicamente pela sorte, pelos fados, pela fortuna.

Aproximaram-se sutilmente da porta: podia-se ouvir a respiração nauseabunda e débil daqueles dois homens(?). Osmar estendeu a mão para a maçaneta e empurrou a porta:

A sala estava vazia.

Eles respiraram aliviados, e imediatamente olharam com ares de triunfo para a gloriosa e utópica varanda. Os homens passaram indiferentemente por aquela sala, tão rica de ornamentos e objetos que encantariam o olhar de qualquer pessoa que está nos seus dias finais e que nada mais espera da vida a não ser o sentir da textura de um objeto qualquer. Não fixaram o olhar no porta-retrato em que estava a foto do diretor com sua esposa – nesta foto podia-se ver as alianças nos dedos de ambos – que era no mínimo vinte anos mais moça do que ele; também não se dignaram a olhar o pequeno pêndulo de enfeite que fazia o seu eterno e monótono movimento de vai-e-vem que brilhava por causa do cromo das bolinhas.

As narinas de Osmar se dilataram ao entrarem em contato com o ar que vinha da varanda cujas portas, aliás, estavam escancaradas, o que obviamente facilitava e muito a vida dos nossos dois protagonistas. O velho rastejou suas pantufas em direção ao parapeito da varanda, imaginando-se um ser privilegiado que adentrava no Santo dos Santos ou em um local onde homem algum esteve. Decerto o seu amigo Benjamim acreditava que também pisava em terra santa, pois se manteve reverenciosamente de braços cruzados fora do limiar da varanda, apenas contemplando o outro. Osmar apoiou as mãos na madeira do parapeito e olhou para baixo, observando tudo: buscando desesperadamente a vida em todas as suas facetas. Repentinamente, como uma espécie de epifania, se revelou aquele homem:



uma calçada suja de vômito sacolas de lixos espalhadas pelo chão atrapalhando a passagem das pessoas que escarravam cuspiam por onde passavam depois pisavam reviravam suas próprias imundícies fezes de cachorro pisadas espalhando um cheiro desagradável pútrido carniça de uma pomba atropelada por caminhão sangue pingando de sacola de chouriço carregada por criança suja limpando o próprio nariz com o dedo indicador a camisa suja de ameixa caminhão de lixo passando cheiro de lixo azedando o nariz chorume escorrendo pelas ruas ratazana passando entrando no bueiro preservativo usado jogado pela calçada homem de idade urinando no muro de uma casa jovem fumando jogando cinzas no chão outro pichando muro com palavras e figuras obscenas baratas subindo pelos muros de uma casa o açougueiro jogando um osso com restolhos de carne extremamente vermelha para cachorro sarnento que rosna para gato do outro lado da rua um casal de namorados discutindo mulher dando tapas no seu companheiro um homem com a mão direita apoiada na parede despejando no chão grossos jorros de vômitos enquanto alguns respingos vão molhar mendigo fedendo a urina, sangue, sêmen e saliva.
Onde a vida e a sua pureza?
O espetáculo fora demasiado denso: tão denso que o velho pensou ter se tornado parte dele. O fino corpo planou por alguns instantes devido à resistência do ar, fazendo que dentro de poucos segundos ele também representasse seu papel no sórdido espetáculo por ele anteriormente assistido. Mulher dando tapas no seu companheiro um homem com a mão direita apoiada na parede despejando no chão grossos jorros de vômitos enquanto alguns respingos vão molhar mendigo fedendo a urina, sangue, sêmen e saliva corpo de velho raquítico e caquético esborrachado no chão braços deslocados fraturas expostas e sangue brotando da cabeça e alastrando pela rua.

Os gritos desesperados de Benjamim eram imperceptíveis lá em baixo, na rua. Dir-se-ia ser um mudo realizando uma grotesca pantomima.
Aquela partida de xadrez terminara:
Xeque-mate.



Simone Pedersen é escritora para crianças e adultos.
Autora de quatro infantis e duas coletâneas de poemas e crônicas,
todos no prelo e sendo lançados nos meses de junho e na Bienal do
Livro de São Paulo em agosto.
http://www.simonealvespedersen.blogspot.com/
 
 
 
 
 
 
 
 
 

6 comentários:

Andressa disse...

Enredo consistente, final surpreendente! Interessante quebra sintática na descrição dos acontecimentos assistidos por Osmar do parapeito, quebra esta que confere simultaneidade aos acontecimentos...efeito que somente um autor consciente, apesar de jovem, poderia alcançar.
Excelente conto!

1 de junho de 2010 às 16:26
Daniel disse...

Um contista que lacera a pele e esgarça os ossos das palavras para se apropriar do fortificante tutano da linguagem. Excelente desfecho!

2 de junho de 2010 às 01:14
carlos eduardo Caetano Natalino disse...

Um conto com uma linguagem densa que faz com que o leitor sinta (isso mesmo, SINTA) toda a aflição de uma consciência apresionada em uma barreira física (o protagonista Osmar no asilo). E o enredo se desenvolve paulatinamente até culminar no desfecho que, ao meu ver, é o toque de mestre do contista (ou para ficar mais apropriado, o Xeque-mate do contista): a liberdade da consciência do protagonista ao vislumbrar toda a sucessão simultânea de acontecimentos da (hiper)realidade - demonstrada ao leitor através de um fluxo de consciência poderoso - que o absorve, tornando-o parte integrante do "caos real".
Ótimo conto!

7 de junho de 2010 às 13:35
zé peliniano disse...

Este conto é intrigante com um final inesperado; há uma atmosfera carregada de energia (não sei definir se positiva ou negativa) que nos faz pensar como um sujeito pode ser tão sem-valor (um simples peão). A propósito, tal linha de pensamento me faz lembrar de um Senhor disco de Rock Progressivo: Pawn Hearts dos Van Der Graaf Generator (Peter Hammil "transformou" reis em peões). Seria exagero dizer que Fabrício Tavares tangência esta linha de pensamento?

7 de junho de 2010 às 13:52
Cíntia Marcellos disse...

A sutil expectativa criada no enredo é eficiente no contraste com o abrupto final, mas o exercício das vozes da narrativa ainda pode ser amadurecido. Lembrando Cortázar e sua metáfora da luta de boxe, ao dizer que o romance nos derruba por pontos, enquanto o conto o faz por nocaute, acho que ainda é preciso treinar alguns socos. Boa luta, Fabrício!

8 de junho de 2010 às 15:28
pedro disse...

de peões e reis tivemos contato apenas com os mais simples. uma vida que vai de simples a paupérrima onde os que cuidam de nós não o fazem mais que por obrigação. vai-se adiante por ser o movimento mais comum. seria o rei rei por sonhar? ou por querer mais que o oferecido? ou por talvez ser o único capaz a superar as adversidades e abrir caminho na selva que rodeia seu reino? e depois de superados os obstáculos e alcançada a glória desejada nada do que se imaginou é concretizado.. juntamo-nos à massa dos peões que se perdem nas casas de um tabuleiro sem bordas, onde os caídos se somam aos que de uma forma ou outra se mantém de pé esperando o golpe derradeiro. xeque-mate. somos todos então peões e reis? ou uns querendo ser os outros numa partida sem fim? sorte em jogo de raciocínio é o erro do adversário. quem errará primeiro? saberemos aproveitar? valerá o esforço? bom, pelo visto, nem sempre.. parece não haver alternativa.

22 de julho de 2010 às 13:50

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