domingo, 27 de junho de 2010

Do livro direto para as telonas

Hoje, na coluna Drops Cultural, iremos comentar um pouco sobre grandes sucessos literários que viraram grandes produções do cinema.

Para começar a lista e aproveitando que o filme ainda está em cartaz, ou seja, dá para vocês terminarem de ler e sairem correndo para a próxima sessão, “Os homens que não amavam as mulheres”. O livro sueco é o primeiro da Coleção Millenium e foi lançado no Brasil no final de 2008, juntamente, com diversos artigos de jornal que contavam a história do autor. Stieg Larsson, autor e também jornalista, morreu em 2004 e não desfrutou da fama que a Trilogia Millenium atingiria.
O livro que tem mais 500 páginas é aquele tipo que te prende do começo ao fim, fazendo você mergulhar na história e querer vasculhar cada detalhe atentamente, junto com o jornalista Mikael Blookmvist, o personagem principal. Para os amantes de Agatha Christie, é a realização em poder continuar sentindo o cérebro trabalhando incessantemente, enquanto tentamos revirar o caso e os suspeitos, porém, num cenário muito mais atual e com questões políticas que considezem com nosso mundo contemporâneo.

Sinopse do livro
Os Homens que Não Amavam as Mulheres é um enigma a portas fechadas - passa-se na circunvizinhança de uma ilha. Em 1966, Harriet Vanger, jovem herdeira de um império industrial, some sem deixar vestígios. No dia de seu desaparecimento, fechara-se o acesso à ilha onde ela e diversos membros de sua extensa família se encontravam. Desde então, a cada ano, Henrik Vanger, o velho patriarca do clã, recebe uma flor emoldurada - o mesmo presente que Harriet lhe dava, até desaparecer. Ou ser morta. Pois Henrik está convencido de que ela foi assassinada.

O filme que estreou no Brasil em 2010, foi uma produção sueca, o que representou grande realidade na reprodução dos ambientes citados. O meu receio inicial ao ir assisti-lo foi com a edição, afinal, o livro tem 520 páginas e muitos detalhes que estão intensamente ligados com o desenrolar da história. Quanto a isso, não me decepcionei, o longo filme, com mais de 2h 30 minutos, representou bem a essência do livro.

Sinopse do filme
Harriet Vanger desapareceu 36 anos atrás sem deixar pistas na ilha de Hedeby, um local que é quase propriedade exclusiva da poderosa família Vanger. Apesar da longa investigação policial a jovem de 16 anos nunca foi encontrada. Mesmo depois de tanto tempo seu tio decide continuar as buscas, contratando o jornalista investigativo da revista Millennium, Mikael Blomkvist, que não está em um bom momento de sua vida, enfrenta um processo por calúnia e difamação. Mas, quando o jornalista se junta a Lisbeth Salander, uma investigadora particular nada usual, incontrolável e anti social, a investigação avança muito além do que todos poderiam imaginar.




Apenas um alerta, o filme não é recomendado para menores de 16 anos!


Continuando a nossa lista, agora com um livro encantador, suave e ao mesmo tempo intensamente triste, “O menino do Pijama Listrado”. Escolhi esse livro porque ele não se tornou uma mania nacional, assim como a Saga Crespúsculo e muito menos uma mania cinematográfica. Mas, como acredito na beleza, mesmo daquilo que é triste e doloroso, e que muitos preferem esquecer, irei comentar sobre ele.

O Menino do Pijama Listrado de John Boyne, na verdade, é uma bela história sobre amizade, uma verdadeira amizade.

Sinopse do livro:
Bruno tem nove anos e não sabe nada sobre o Holocausto e a Solução Final contra os judeus. Também não faz idéia de que seu país está em guerra com boa parte da Europa, e muito menos de que sua família está envolvida no conflito. Na verdade, Bruno sabe apenas que foi obrigado a abandonar a espaçosa casa em que vivia em Berlim e mudar-se para uma região desolada, onde ele não tem ninguém para brincar nem nada para fazer. Da janela do quarto, Bruno pode ver uma cerca, e, para além dela, centenas de pessoas de pijama, que sempre o deixam com um frio na barriga. Em uma de suas andanças Bruno conhece Shmuel, um garoto do outro lado da cerca que curiosamente nasceu no mesmo dia que ele. Conforme a amizade dos dois se intensifica, Bruno vai aos poucos tentando elucidar o mistério que ronda as atividades de seu pai. 'O menino do pijama listrado' é uma fábula sobre amizade em tempos de guerra e sobre o que acontece quando a inocência é colocada diante de um monstro terrível e inimaginável.



Como no filme anterior, também temi a edição, afinal o livro continha cenas de violência que eu realmente preferia não ver. Acho que leram meus pensamentos, a edição foi cuidadosa e o filme manteve a essência e principalmente a inocência do livro, mesmo mudando o narrador, uma vez que o livro era narrado por Bruno, garotinho de nove anos e personagem principal. O final do filme também foi diferente do final do livro, mas entendo a mudança e confesso que preferi o final mais dramático do cinema.




Espero que compreendam que essa lista é algo muito subjetivo, com comentários também subjetivos e que não tinham a menor intenção de se transformarem em críticas, ou algo mais elaborado.




Ana Paula Nunes é jornalista, Pós-graduanda em Mídia, Informação e Cultura pela Universidade de São Paulo/USP. Coordenadora de Comunicação da Contemporâneos, Revista de Artes e Humanidades. Escreve aos domingos no ContemporArtes.






1 comentários:

Mônica Bento disse...

"Os homens que não amavam as mulheres" parece mesmo muito bom, tanto o livro como o filme. Li que vão fazer uma versão 'hollywoodiana' do filme, o que pode trazer mais fama ou acabar com a história né. Fica sempre a dúvida.

"O menino do pijama listrado" é realmente forte, triste e sensível, e o autor não preecisou de mtas págs pra mexer comigo (e acho que com a maioria dos leitores). Não vi o filme, mas dica anotada!

30 de junho de 2010 às 00:46

Postar um comentário

Seja educado. Comentários de teor ofensivo serão deletados.