segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Novíssimo Gullar

O Novo Ferreira Gullar
por Altair de Oliveira

Mais de 10 após a publicação de seu último livro de poemas "Muitas Vozes" e às vésperas de completar 80 anos, o poeta Ferreira Gullar prepara a publicação de um novo livro "Em Alguma Parte Alguma" que deverá ser lançado pela editora José Olympio ainda em 2010. No início deste ano Gullar já foi também laureado com o "Prêmio Camões", de 100 mil euros, destinado à autores da literatura luso-brasileira. O poeta prepara também uma nova peça de teatro "O Homem como Invenção de si Mesmo", que deverá estrear em São Paulo ainda neste ano, e estará presente na FLIP (Festa Literária de Paraty) no dia 07/08/2010 às 15 hs, na mesa 13, fazendo leitura de poemas e dando depoimento sobre sua vida literária.

José Ribamar Ferreira (Ferreira Gullar) nasceu em São Luís MA em 10 de setembro de 1930 e é o quarto, dos 11 filhos de Alzira Ribeiro Goulart e do comerciante Newton Ferreira, iniciou a escrever, como colaborador, no diário de São Luís e publicou seu primeiro livro de poemas "Um Pouco Acima do Chão", ainda no Maranhão, aos 19 anos. Em 1951 o poeta transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde começou a trabalhar como revisor e redator de jornais e revistas e escreveu o livro de poemas "Luta Corporal" em 1954, livro que realmente considera como sua estréia literária e que o categorizou entre a poesia de vanguarda que estava sendo feita na época no país. Uniu-se ao grupo de poetas concretos de São Paulo, mas devido às divergências, o poeta afastou-se anos depois, vindo posteriomente a fundar o grupo de de arte neoconcreto, movimento de vanguarda do qual ele também afastou-se logo depois.

Na década de 60, a poesia de Gullar descompromissa-se dos padrões formais de vanguarda e adquire um engajamento social que, durante a ditadura, foi motivo pela qual o poeta foi preso e exilado em 1968, só podendo regressar ao Brasil em 1977.

Poeta, dramaturgo, ensaísta, cronista e crítico de arte, Gullar sempre teve uma postura crítica aguçada em relação à arte que produziu e que estava sempre produzida no país, e nunca fugiu às questões polêmicas à ela relacionada. Por isso, ele foi aos poucos tornando-se um dos poetas mais importantes da segunda metade do século XX, lotando salas e auditórios para ouvi-lo. Agora, após escrever mais de 40 livros, ser considerado pela maioria dos críticos como "o maior poeta braileiro vivo" e receber quase todos os prêmios literários importantes disponíveis a um autor nacional, o poeta alcança 80 anos em plena forma e nos brinda com mais um de seus novíssimos trabalho de poesia.

Reunimos aqui, em nossa coluna desta semana, algumas falas do autor sobre este seu novo livro "Em Alguma Parte Alguma", uma cronologia dos principais eventos de seu percurso literário e alguns de seus poemas para, prazeirosamente, compartilhar com vocês. Portanto, acredito que uma nova indicação ao Prêmio Nobel para este nosso grande poeta Ferreira Gullar, que viesse a ser efetivada, estaria ainda em boa hora.



O que ele já Disse:

Sobre o livro "Em Alguma Parte Alguma":

"O livro tem três partes sem nome, que podem ser separadas pelo conteúdo. Uma delas fala do cosmos, do problema da galáxia e da Terra e da vida e da luz, uma série de coisas. Outra tem poemas mais ligados ao meu livro anterior, como um sobre (José Maria) Rilke e a morte, que é um texto longo. A terceira parte tem um jogo entre a ordem e a desordem. Esse é um dos temas básicos do livro. Vários poemas tratam disso. A linguagem é ordem. Fora da linguagem, a emoção e a vivência são desordem, porque ainda não estão organizadas em linguagem. A poesia se realiza num jogo dialético entre a ordem e a desordem. O título do poema que abre o livro já diz tudo, Fica o não dito por dito. Não tem a expressão “Fica o dito por não dito”? O título do poema é o contrário. Porque a poesia a gente não consegue dizer, o poeta tenta dizer o que não é possível. Então, faz de conta que eu disse (risos)." - em entrevista na revista Veja.

"Todos os meu livros são diferentes. Neste ["Em Alguma Parte Alguma"] predomina uma certa relação entre ordem e desordem. Eu escrevi no limite da ordem, ou seja, no limite da desordem. A maneira de fazer os poemas foi diferente, mais desordenada. Comecei a escrever sem saber o que iria acontecer, sem planejar nada, sem preconceber. A poesia foi para mim uma grande aventura. Ao contrário dos outros livros, em que os poemas já nasciam quase prontos, já que ficava sempre refletindo e elaborando antes de escrever. Já hoje começo sem saber o que vai acontecer. Tanto que o primeiro poema, que abre o livro, tem o nome "Fica o Não Dito por Dito". Eu tô dizendo que, já que não posso dizer o que quero dizer, faz de conta que eu disse." - em entrevista à Folha de São Paulo.


Sobre a universalidade da Poesia:

"Não, não há nenhuma poética universal: universal é a poesia, a vida mesma. Universal é Bizuza, cuja voz se apagou com sua garganta desfeita há anos no fundo da terra. Universal é o quintal da casa, cheio de plantas, explodindo verde no dia maranhense, longe de Paris, de Londres, de Moscou. O frango que nasce e morre ali, entre as cercas de varas. O cheiro do galinheiro, a noite que passa arrastando bilhões de astros sobre nossa vida de pouca duração. Universal porque Bizuza, amassando pimenta-do-reino numa cozinha de São Luís, pertence à Vida-Láctea. E a história humana não se desenrola apenas nos campos de batalha e nos gabinetes presidenciais. Ela se desenrola também nos quintais, entre plantas e galinhas, nas ruas de subúrbíos, nas casas de jogo, nos prostíbulos, nos colégios, nas ruínas, nos namoros de esquina. Disso quis eu fazer a minha poesia, dessa matéria humilde e humilha da, dessa vida obscura e injustiçada, porque o canto não pode ser uma traição à vida, e só é justo cantar se o nosso canto arrasta consigo as pessoas e as coisas que não têm voz." - no artigo "Corpo a Corpo com a Linguagem".



Cronologia:

1930: Nasce José Ribamar Ferreira (Ferreira Gullar)

1948: Torna-se colaborador do jornal Diário de São Luís.
1949: Publica seu primeiro livro de poemas "Um Pouco Acima do Chão".
1951: Muda-se para o Rio de Janeiro. Adoece e cura-se de tuberculose. Trabalha como revisor de textos na revista "O Cruzeiro".
1954: publica o livro de poemas "A Luta Corporal". Depois de lerem o livro, os poetas concretos Augusto e Haroldo de Campos e Décio Pignatari, decidem conhecê-lo. Gullar vai trabalhar como revisor (e depois redator) na revista "Manchete" e casa-se com a atriz Thereza Aragão, com quem teria os filhos Luciana, Paulo e Marcos.
1955: Depois de trabalhar no "Diário Carioca", Gullar integra a equipe que elabora o "Suplemento Dominical do Jornal do Brasil".
1956: Participa da exposição concretista, que é considerada o marco oficial do início da poesia concreta;
1957: Rompe com o movimento de poesia concreta, por discurdar do artigo "Da psicologia da composição à matemática da composição", escrito pelo concretistas paulistas.
1958: Publica o livro "Poemas"
1959: Escreve o "Manifesto neoconcreto" e a "Teoria do não-objeto", que dão um rumo novo à vanguarda brasileira.
1960: Afasta-se do movimento neoconcreto.
1961: É nomeado diretor da Fundação Cultural de Brasília. Começa a construir o Museu de Arte Popular e abandona a vanguarda. Sai da fundação no fim do ano.
1962: Ingressa no Centro Popular de Cultura (CPC) da União Nacional dos Estudantes (UNE),
1962: Escreve o livro de cordel "João Boa-Morte, Cabra Marcado para Morrer".
1962: Escreve o livro de cordel "Quem Matou Aparecida?".
1963: É eleito presidente do CPC e publica o ensaio "Cultura posta em questão".
1966: Publica "A Luta Corporal e Novos Poemas".
1966: É encenada a peça "Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come" em parceria com Oduvaldo Vianna Filho.
1966: Escreve o livro de cordel "História de um Valente", na clandestinidade, como João Salgueiro.
1967: É encenada a peça "A saída? Onde fica a saída?", escrita em parceria com Antônio Carlos Fontoura e Armando Costa.
1968: Publica o livro de poemas "Por Você por Mim".
1968: É encenada a peça "Dr. Getúlio, sua vida e sua glória", escrita em parceria com Dias Gomes.
1968: É instituido o AI-5. O poeta é preso.
1971: Depois de longo período na clandestinidade, Gullar parte para o exílio, passando por Moscou, Santiago, Lima e Buenos Aires.Durante o período de exílio colabora com os jornais "Pasquim", "Opinião" e outros, usando o pseudônimo de Frederico Marques.
1975: Publica o livro de poemas "Dentro da Noite Veloz".
1975: Escreve o seu livro mais badalado "Poema Sujo", que é publicado em 1976. Vinicius de Moraes traz de Buenos Aires uma fita cassete em que Gullar declama o seu "Poema sujo", cópias da fitas passam a ser distribuídas e ouvidas no Rio em audições particulares.
1977: Retorna ao Brasil e, após nova passagem pela prisão, volta a publicar regularmente.
1977: Publicação da "Antologia Poética de Ferreira Gullar".
1979: Escreve a peça "Um Rubi no Umbigo". Grava o disco "Antologia poética de Ferreira Gullar" pela Som Livre.
1980: Publica o livro de poemas "Na Vertigem do Dia".
1980: Publica a antologia "Toda Poesia de Ferreira Gullar"
1981: Publica a antologia "Ferreira Gullar" - seleção de Beth Brait.
1983: Publica a antologia "Os melhores poemas de Ferreira Gullar" - seleção de Alfredo Bosi.
1985: Ganha o prêmio Molière pela sua tradução de "Cyrano de Bergerac", de Edmond Rostand.
1986: Publica o livro de poemas "Crime na Flora ou Ordem e Progresso".
1987: Publica o livro de poemas "Barulhos".
1988: Publica o livro de ensaio "Indagações de Hoje".
1989: Pulica a antologia "Poemas Escolhidos".
1990: Publica seu único livro de crônicas, "A estranha vida banal". Morre o seu filho mais novo, Marcos.
1991: Publica o livro de poemas "O Formigueiro".
1999: Publica o livro de poemas "Muitas Vozes".
1992 a 1995: Assume diretoria na Funarte.
1993: Publica o polêmico livro de ensaio "Argumentação contra a morte da arte", em que ataca as vanguardas. Morre Thereza Aragão, esposa de Gullar.
1994: Durante a Feira do Livro de Frankfurt, conhece a poetisa Cláudia Ahimsa, sua atual companheira.
1996: Publica o livro de contos " Gamação".
1997: Publica o livro de contos "Cidades Inventadas".
1998: Publica o livro "Rabo de foguete - Os anos de exílio", livro de memórias, e é homenageado no 29º Festival Internacional de Poesia de Roterdã, na Holanda.
2001: É publicado, na coleção Perfis do Rio “Ferreira Gullar - Entre o espanto e o poema”, d e George Moura. A editora Ática reúne crônicas escritas para o “Jornal do Brasil” nos anos 60 no livro “O menino e o arco-íris”. A editora Global lança numa coleção infanto-juvenil “O rei que mora no mar”, poema dos anos 60 de Gullar.
2002: Foi indicado por nove professores dos Estados Unidos, do Brasil e de Portugal para o Prêmio Nobel de Literatura.
2003: Lança pela Cosac & Naify “Relâmpagos”, reunindo textos curtos sobre artes, abordando obras de vários pintores. Suas traduções e adaptações de “Don Quixote de la Mancha” e “As mil e uma noites” são premiadas, respectivamente, pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juveni l e pela International Board on Books for Young People.
2004: Passa a assinar uma coluna semanal de crônicas no caderno Ilustrada, no jornal Folha de São Paulo. É eleito o "Homem de Idéias" do ano pelo Jornal do Brasil.
2005: Ganha dois prêmios importantes: o Prêmio Fundação Conrado Wessel de Ciência e Cultura, na categoria Literatura, e o Prêmio Machado de Assis, a maior honraria da Academia Brasileira de Letras, ambos pelo conjunto da obra. Publica o livro de poemas para crianças "Dr. Urubu e outras Fábulas" e a antologia "Melhores Crônicas".
2006: Publica o livro de crônicas "Resmungos", pela Imprensa Oficial de São Paulo.
2007: Vence o Prêmio Jabuti com o livro "Resmungos" - melhor livro de ficção do ano.
2009: Foi considerado pela revista Época "Um dos 100 Brasileiros mais Influentes do Ano".
2010: Recebe o Prêmio Camões. No ano em que completa 80 anos, o poeta prepara a publicação do livro de poemas “Em Alguma Parte Alguma”.


Alguns Poemas de Ferreira Gullar



TRADUZIR-SE


Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.

uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.

Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.

Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.

Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.

Traduzir-se uma parte
na outra parte
- que é uma questão
de vida ou morte -
será arte?

***

CANTIGA PARA NÃO MORRER


Quando você for se embora,
moça branca como a neve,
me leve.

Se acaso você não possa
me carregar pela mão,
menina branca de neve,
me leve no coração.

Se no coração não possa
por acaso me levar,
moça de sonho e de neve,
me leve no seu lembrar.

E se aí também não possa
por tanta coisa que leve
já viva em seu pensamento,
menina branca de neve,
me leve no esquecimento.


***
SUBVERSIVA


A poesia
Quando chega
Não respeita nada.

Nem pai nem mãe.
Quando ela chega
De qualquer de seus abismos

Desconhece o Estado e a Sociedade Civil
Infringe o Código de Águas
Relincha

Como puta
Nova
Em frente ao Palácio da Alvorada.

E só depois
Reconsidera: beija
Nos olhos os que ganham mal
Embala no colo
Os que têm sede de felicidade
E de justiça.

E promete incendiar o país.


***

TOADA À TOA

A vida, apenas se sonha
que é plena, bela ou o que for.
Por mais que nela se ponha
é o mesmo que nada por.
Pois é certo que o vivido
- na alegria ou desespero –
como o gás é consumido...
Recomeçamos de zero.


Ferreira Gullar, do livro "Em Alguma Parte Alguma", inédito.

***

PERPLEXIDADES

a parte mais efêmera
de mim
é esta consciência de que existo
e todo o existir consiste nisto
é estranho!
e mais estranho
ainda
me é sabê-lo
e saber
que esta consciência dura menos
que um fio de meu cabelo
e mais estranho ainda
que sabê-lo
é que
enquanto dura me é dado
o infinito universo constelado
de quatrilhões e quatrilhões de estrelas
sendo que umas poucas delas
posso vê-las
fulgindo no presente do passado

Ferreira Gullar, do livro "Em Alguma Parte Alguma", inédito.



Para ver Mais:

Site Oficial do Poeta Ferreira Gullar: http://literal.terra.com.br/ferreira_gullar/
Vídeo de matéria de Nelson Motta com declamações e um pequeno histórico do poeta: http://pt.shvoong.com/books/biography/1659785-ferreira-gullar-vida-obra/




Ilustrações: 1- foto do poeta Ferreira Gullar; 2- capa do livro "Poema Sujo"; 3- "O Beija-flor", da artista plástica Carmen Garrez; 4- foto do banco de imagem, de autor desconhecido.


Altair de Oliveira (poesia.comentada@gmail.com), poeta, escreve às segundas-feiras no ContemporARTES. Contará com a colaboração de Marilda Confortin (Sul), Rodolpho Saraiva (RJ / Leste) e Patrícia Amaral (SP/Centro Sul).

9 comentários:

Leonora disse...

Adorei tudo, Altair!!!!
O Gullar é um prato cheio e sua resenha foi ótima! A escolha dos poemas também. E aquelas falas "Sobre a universalidade da Poesia", arrebatador, hein!?

Obrigada, viu! E parabens mais uma vez!

2 de agosto de 2010 às 22:34
Unknown disse...

Aplausos a vocês.O Novo Ferreira Gullar & Altair de Oliveira

Fica dificil até d comenta...vcs! maravilhoso


perfumar a alma lê
Na poesia que escrevem o amor
e nos verso plantam sementes
que a cada leitura as emoções
cultiva a terra chamada coração!

PARABÉNS PELA BELISSIMA REPORTAGEM...AMEI D CORAÇÃO!QUERIA ESTÁ PRESENTE..!
XERIN....TX ADORO

ERINEUMA PIERRE! >>>Vida<<<<

3 de agosto de 2010 às 10:01
San disse...

Amigo, simplesmente fabuloso, tudo por aqui!
Parabéns Altair, e Gullar, pessoas de uma expressão marcante!
Abraços fraternos ;)
San

3 de agosto de 2010 às 15:17
Recomeçar disse...

Nooossa! Altair! Parabéns pela coluna ou pela grande visita desse maravilhoso, irreverente e emocionante poeta! Sensacional e belo!
Márcia Bueno.

3 de agosto de 2010 às 16:07
Bruna disse...

Coluna mais inspiradora que esta não há: Gullar & Altair é poesia pra lá de boa!!!
Uma delícia de leitura os poemas escolhidos do Gullar.
Parabéns pela coluna e pela sensibilidade de sempre Poeta!

beijos!

Bruna

3 de agosto de 2010 às 19:11
Unknown disse...

Altair, adorei!
Parabéns!
Sinto que vc se dedica em tudo que faz.
Adorei a poesia "CANTIGA PARA NÃO MORRER".
Viva Gullar!!!
Viva Altair!!!!!!

3 de agosto de 2010 às 20:20
Viviane disse...

Obrigada, Altair!
Muito bom!
Ferreira Gullar é sensacional e é mesmo ótimo
vê-lo produzindo assim...quem ganha somos nós - amantes da poesia e da arte.
;-)

Bjo,
Viviane

3 de agosto de 2010 às 22:06
Armila disse...

Obrigada Altair!Há muito tempo que admiro Ferreira Gullar e me encanta sua
poesia.Assisti a uma palestra de Gullar,aqui em Porto Alegre,em um simpósio
no Festival de Artes,da qual jamais me esquecerei.E o mais interessante ainda
é que esta semana comprei o livro dele, "Relâmpagos",ensaios sobre diversas
obras de arte.O livro é maravilhoso.
Um abraço Altair!

5 de agosto de 2010 às 03:56
Unknown disse...

Boa Noite Altair!!

Gostei muito!! Muito bom o que você escreveu sobre Ferreira Gullar, é sempre bom sabe um pouco mais sobre um poeta que admiro tanto...O primeiro poema que você postou, Traduzir-se, é um de meus prediletos!!
beijO*
Samy.

5 de agosto de 2010 às 20:46

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