quinta-feira, 9 de setembro de 2010

A FOTOGRAFIA BEM-HUMORADA DE RENÉ MALTÊTE



René Maltête nasceu em 1930 em Lamballe (Côtes d'Armor, França). O velho francês “cabeça ruim”, como ele gostava de dizer, começou a fotografar aos 16 anos e em 1951 vai para Paris para se tornar assistente de diretor. Ele enfrenta a cidade grande e vive a Paris “dos 24 ofícios e 36 misérias” e em 1952, começa a trabalhar com Jacques Tati e Barma Claude. Os tempos eram difíceis, e ele teve que manter diversos trabalhos para sobreviver.


                                                            Os sete pecados capitais

Em 1958, ele integra a famosa Rapho agência de fotografia, e em 1960 publica seu primeiro livro "Paris des rues et des chansons», com texto de Jacques Prévert. Muitos outros livros se seguirão.

                                                                     Genética

Fotógrafo, poeta, humorista, ecologista precoce, René Maltête tinha o talento para captar situações engraçadas da vida cotidiana. Suas fotos foram publicadas em várias revistas, em todo o mundo, como: "Stern", "Vida", "Época", "Camera", "Asahi Camera". Fez muitas exposições e transformou seus trabalhos em postais, o que contribuiu para popularizar a sua obra.


                                                                     Dupla Face

Suas fotografias são baseadas em incongruência e surpresa, o humor está sempre presente, mas mais do que apenas uma imagem, há muitas vezes uma dimensão filosófica. Maltête foi poeta das palavras e da imagem.



                                                                   Sereia Urbana

René Maltête segue a linha surrealista da pintura e tem fotografias simplesmente brilhantes. Este fotógrafo tem trabalhos sobre a cidade e a gente de Paris que retratam a realidade como um espelho. Tem um sentido de humor fabuloso e também foi reconhecido como empreendedor. Era considerado um ladrão marginal de imagens.



                                                                   Adolescência

Após uma rica trajetória de realizações, René Maltête morreu em 8 de novembro de 2000, deixando uma vasta e instigante obra cujo acervo é mantido pelo filho, Robin Maltête.


A Maioria


Obras publicadas:

* Paris des rues et des chansons, 1960, Éditions Port-royal.
* Au petit bonheur, la France, 1960, Éditions Hachette.
* Intervention à coeur ouvert, 1962, Éditions Grassin.
* Graines pour les sans jardin, 1980, Éditions Firmin-Didot.
* Scribouillages, 1985, Poèmes et photos, chez Plessier.
* Cent poèmes pour la paix, 1987, Éditions Le Cherche Midi.
* 100 poèmes pour l'écologie, 1991, Éditions Le Cherche Midi
* À quoi ça rime ?Poèmes et photos, 1995, Éditions Donner à voir.
* Des yeux plein les poches, 2003, Éditions Glénat.





Izabel Liviski é professora e fotógrafa, doutora em Sociologia pela UFPR. Pesquisadora de História da Arte, Sociologia da Imagem e Antropologia Visual. Escreve desde 2009 a Coluna INcontros, e é co-editora da Revista ContemporArtes.












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