quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Arte degenerada e nazismo, pai da rainha da Suécia e preconceito na PUC-Campinas

I Jornada Cultural UFABC Próxima quinta-feira, dia 9, das 14h às 16h, palestra Arte degenerada e arte moderna, discutindo transgressão e nazismo. Com a Profa. Dra. Ana Maria Dietrich

Haverá também a discussão do filme Arquitetura da Destruição.
 
Dia 13/12 - próxima segunda-feira - Mesa: Arte no Muro de Berlim, fotografia e cibercultura" com Profa. Dra. Ana Maria Dietrich, Profa. Dra. Silvia Passarelli, Prof. Dr. Sérgio Amadeu e Prof. Dr. Pablo Fiorito.

Finalizando a jornada, na terça-feira dia 14, haverá a apresentação do Coral da OSESP e o lançamento de livros de professores da UFABC a partir das 19h

Aberta ao público em geral e toda a comunidade acadêmica.
Local: UFABC, av. dos estados, 5001,  Santo André -SP
Bloco A (sala disponível no local).





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Recentemente fui convidada a dar duas entrevistas a documentários estrangeiros, um na Argentina e outro na Suécia sobre o tema da minha pesquisa de doutorado, Nazismo no Brasil. A primeira parte do documentário da Suécia já ficou pronta e foi ao ar pela TV 4 com uma entrevista minha. A grande "revelação" dos repórteres Mat Deland e Henrik Jönsson (correspondente da Tv sueca no Brasil) foi o fato do pai de Sofia, rainha da Suécia, ser integrante do partido nazista em São Paulo.

Convido a todos a assistir no link abaixo na correspondência de Henrik:

Oi todos,
ontem saiu o primeiro programa sobre o pai da rainha Silvia. Foi um successo. O debate sobre a monarquia na Suécia está esquentando mais uma vez. O programa ainda não está com legenda, mas as entrevistas em português e alemão talvez da para entender.

Vocês podem ver o programa aqui:

Essa link esplica em alemão o que a gente descubriu.

Essa está en inglês.

No proximo domingo veio o segundo programa que trata de Efim Weschsler.

Até,

/henrik
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Henrik Brandão Jönsson
Correspondente
henrik.jonsson@terra.com.br


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Não percam a última palestra do ano do Seminário Vozes da Globalização - Módulo IV

Reinventando afroidentidades

Dia 11, próximo sábado, às 10h30.

11.12 - A representacao do negro no modernismo brasileiro - Prof. Dr. Renato Gilioli (doutor em Educação pela Universidade de São Paulo).

Apoio
Associação Cultural Morro do Querosene

Realização:
Casa da Palavra - Escola Livre de Literatura
Prefeitura Municipal de Sa nto André

Local - Praça do Carmo, 171, Santo André - SP.



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Suspeita de atos de racismo na PUC/Campinas


Por último, queria registrar alguns atos de racismo e agressões que ainda estão marcando o cenário social brasileiro. Esse ato de agressão foi feito contra uma estudante afro-descendente na PUC de Campinas. Os detalhes podem ser conferidos nas cartas abaixo, ventiladas na internet. Como costumo dizer em minhas palestras, mesmo nos regimes democráticos ainda permanecem elementos fascistizantes. São as áreas de sombra do Estado de Direito. A difusão de preconceitos como esses ainda mais explicitados em práticas violentas é um grande exemplo de como nosso País ainda precisa crescer no respeito às minorias, às diferenças e ao pluralismo.


Estimado reitor prof. Dirceu
Caros professores do Departamento
Caros alunos de Jornalismo
A denúncia que se segue é MUITO GRAVE. Não temos o direito de subestimar nenhuma manifestação de racismo e/ou preconceito, venha de onde vier. A serpente tem que ser exterminada no seu ninho.
Creio que estamos diante de um processo de deterioração da vida universitária e do convívio entre estudantes e professores, não apenas na PUC-SP mas em várias importantes universidades brasileiras, tudo motivado pelo racismo, pelo preconceito social, pela discriminação de classe, pela estupidez e arrogância dos que jamais aprenderam as normas civilizadas de convivência. Não tomo por base apenas o relato abaixo, mas vários depoimentos de estudantes que sofreram ou sofrem esse tipo de dicriminação, dentro e fora da PUCSP.
Considero isso INTOLERÁVEL, tanto como pessoa físico quanto na qualidade de chefe do departamento de jornalismo.
Não sei se nessa época do ano podemos adotar alguma proposta prática (como um grande ato de repúdio, convocando o testemunho das vítimas, por exemplo), mas temos aí no horizonte uma luta certamente colocada para o início de 2011.
Espero que o PUC Viva dê a maior visibilidade possível aos casos mencionados, e reitero o apelo ao prof. Dirceu para que adote todas as medidas necessárias à promoção do convívio civilizado dentro de nossa universidade.
Abraços


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Mensagem original
De: Meire Rose Morais
Para:
Cópia: Cleyton W. Borges
Assunto: Estudante do Prouni agredida na Faculdade de Jornalismo da PUC
Campinas
Enviada: 02/12/2010 10:34

Caro Professor José Arbex
Meu nome é Meire Rose e antes de tudo, quero agradecer o único apoio que o meu caso teve por iniciativa do corpo docente. A Professora Bia Abramides tb apoiou, mas foi numa ação conjunta com os alunos e funcionários.
A Faculdade de Direito está no caso e o professor Marcelo Sodré acaba de me ligar informando que o Malheiros presidirá a comissão de Sindicância.
Ontem recebi um telefone de uma aluna de nome Renata, do mov est. (UNE) informando e pedindo ajuda para a aluna da Faculdade de Jornalismo da PUC Campinas Tacia Thais que, há 15 dias atrás, apanhou em sala de aula de uma outra aluna, por que não tinha, até então, 17 reais para cobrir a sua parte nos custos do TCC do grupo. (Tácia é negra e bolsista pelo Prouni). No momento da agressão a jovem xingava: sua pobre, favelada, prostituta, biscate. E gritava que não ia sustentar a faculdade de ninguém.
Antes da agressão a aluna (que é filha de um desembargador) já havia mandado um e-mail (que ela vai me enviar) ofendendo a estudante e dizendo que não ia sustentar os estudos de ninguém, que era pra ela se virar com a parte dela.
A mãe de Tácia está desempregada há aprox. três meses e a filha está concluindo a graduação. No momento da agressão havia um professor em sala de aula que assistiu a tudo, não interveio e ainda tentou desestimular a jovem que saiu toda rasgada e machucada de fazer o BO alegando que ela havia revidado, então não cabia BO. O professor chegou ao cúmulo de dizer que ela poderia ter mto bem ter evitado aquela situação. Foi um aluno que retirou a agressora de cima da Tacia. Este aluno é testemunha do fato.
Ocorre que a PUC Campinas abafa o caso e ao ser procurado pela mãe de Thais, dona Teresinha, o diretor disse que ia ajudar a jovem deixando que ela apresentasse o TCC sozinha pra não ser prejudicada. E também tentou convencê-las de não fazer o BO. (Thais, fez o BO e exame de corpo delito).
A sensação de todos os envolvidos (pelo que entendí) e que o fato da moça ser filha de desembargador está pesando no caso.
Sei que esse quadro não é igual ao meu em SP. pois obtive apoio da direção da Faculdade mesmo sem ter chegado oficialmente no Marcelo Figueiredo, mas fiquei muito revoltada com o acontecido em Campinas.
Eu falei com ela e com a Mãe dela (a família está mto abalada, faz 15 dias que ela não vai pra faculdade). Devo salientar que assim como no meu caso o voto na Dilma também contribuiu para a irritação da jovem agressora.
Como na carta, tirada pela Faculdade de Jornalismo, a preocupação com o preconceito é abrangente e o caso de Campinas foi no Jornalismo, achei que pudesse ter o interesse em tomar ciência deste acontecido, pois acho que a batalha agora é construir uma proposta para inclusão e interação efetiva dos bolsistas do Prouni e chegar ao MEC.
Seria muito interessante se essa discussão fosse construída pelas instituições de ensino. A PUC poderia participar ou até liderar essa discussão.
Por essa razão estou escrevendo. Gostaria de saber se vc poderia agendar um horário para falar comigo e com Cleyton W Borges, (advogado que a pedido da UNeafro me apoia neste caso), pois também estamos preocupados com o todo.
Mais uma vez agradeço o apoio

Fico no aguardo de um retorno

Meire Rose de Morais
Flavio.
Serviço Social PUC-SP
Gestão CASS PUC-SP "A Retomada..."
Núcleo de Gênero Raça/Etnia da PUC-SP
Militante MESS/ENESSO
Núcleo de Opressão e Formação Profissional ENESSO Região VII
Cine Clube Itinerante Gianfrancesco Guarnieri


Ana Maria Dietrich, profa. dra. adjunta da UFABC, é coordenadora da Contemporartes - Revista de Difusão Cultural junto a Vinicius Rennó. Faz parte da comissão organizadora da I Jornada Cultura da UFABC. contemporartes@gmail.com

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