Minorias e suas representações
Amanhã e sexta se realizará o I Seminário Nacional Laboratório de Estudos e Pesquisas da Contemporaneidade no Instituto de Ciências Humanas da Universidade Federal de Juiz do qual participo da organização. (Mais informações consultar lepcon.blogspot.com) O tema, porém, deveria ser pauta de conversa diária dos brasileiros e não apenas ser discutido em dois dias: as minorias e suas representações. O Brasil é pautado por toda uma sorte de desigualdade – econômico, social, de gênero, de classe. Entender o papel das minorias, ou seja, daqueles que estão ainda na luta para conseguir mais direitos para determinada causa é condição importante para se mudar tal realidade.
Em um mundo globalizado, a questão das minorias e sua representatividade nos jogos de poder é essencial. Mas, quem são elas? Minorias são grupos que pela sua trajetória histórica ou por sua representação social não têm os mesmos direitos que as maiorias. Como o historiador Eric Hobsbawm afirma, a globalização se afirma no seu reverso, ou melhor, o processo globalizador faz recrudescer as representações fundamentais, constatando-se um retorno às tradições. Elas são reinventadas e absorvem as formas globalizadas de conceber o mundo. Fortalecem-se assim movimentos de grupos minoritários como das mulheres, dos homossexuais, dos negros e uma grande sorte de grupos que não se legitimam na voz predominante e geram discursos e práticas sociais como resposta a esse conflito.
Os discursos são aqui vistos como suas representações – falas/ gestos/ obras que tem seu referencial no real, mas como diz Chartier, podem ser invertidas, mascaradas, encobertas e subvertidas. Daí a beleza de quem se situa nesse espaço de fala das artes e humanidades, o que pensam o discurso como prática de poder.
0 comentários:
Postar um comentário
Seja educado. Comentários de teor ofensivo serão deletados.