quarta-feira, 20 de junho de 2012

Juventude, patrimônio cultural e política

           
 


É com enorme satisfação que a partir desta edição começo a escrever na ContemporArtes como colunista da Vozes do Silêncio. Neste primeiro post, irei apresentar, em breves linhas, o objetivo da minha contribuição à revista.
 Pretendo compartilhar com os leitores minhas experiências, impressões e resultados de pesquisas sobre temas relacionados aos meus focos de pesquisa – cultura jovem urbana, política e patrimônio cultural.
Para ser mais específico, quero apresentar relatos das minhas andanças, físicas e virtuais, pelos diversos universos juvenis ligados à chamada cena underground, abordando três aspectos que considero fundamentais para o estudo do tema:
A produção artística dos diversos grupos juvenis que circulam pela cidade e internet, sejam eles, por exemplo, Skinheads Anarquistas ou Punks Nacional Socialistas, observando como ela é um importante elemento no processo de constituição das identidades e na definição das condutas.
A contextualização destes grupos e suas posturas no seu devido tempo histórico, necessário para entender que eles estão dialogando com os dilemas de sua época, pois, apesar da adesão de muitos jovens a ideais autoritários de outras épocas, acredito não ser adequado, taxar estas manifestações como anacrônicas, pelo contrário, eles resignificam estes ideais adequando-os ao tempo presente. Defendo, portanto, que estes jovens são muito “antenados” no que acontece a sua volta e seus discursos nos revelam aspectos importantes do tempo em que vivemos.
Identificar os elementos que compõem o patrimônio cultural destes grupos, como as músicas (que não tocam em qualquer rádio), a indumentária (que não é vendida em qualquer loja) e a iconografia (que não aparece em revistas de grande circulação) e, com isso, aprimorar a percepção das singularidades expressas nos detalhes, imperceptíveis para o olhar destreinado.
Assim, misturando no mesmo texto Antropologia, História e Arquivologia, nem sempre na mesma medida, espero levar ao leitor leigo no tema minha contribuição para o entendimento destes grupos e do nosso tempo.
Como uma espécie de “tira gosto”, deixo o link para o documentário Atitude Skinhead. Ele trata das diversas vertentes da cultura Skinhead, tentando assim responder a seguinte questão: todos os Skinheads são iguais?


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