Administração e Educação Corporativa
O profissional do mundo corporativo,
atualmente, está focado na aprendizagem contínua, a fim de conseguir se
antecipar às exigências do mercado de trabalho altamente competitivo.
A primeira universidade corporativa começou
com a General Motors Institute em 1919. Em 1982 o GMI se transformou em uma
escola independente e, em 1997, passou a ser conhecido como Kettering
University.
A Universidade Corporativa pode se
definida como um “guarda chuva estratégico para desenvolver e educar
funcionários, clientes, fornecedores e comunidades a fim de cumprir as
estratégias empresariais da organização”.
Nela existem várias pessoas ou
entidades, os chamados stakeholders, envolvidos no seu processo de qualidade,
transformação e melhoria. Pode-se citar a principal é a comunidade, principais
clientes, revendedores, distribuidores e consumidores finais; outras
organizações parceiras da Universidade Corporativa; outras universidades que
dão o suporte para que esta funcione bem e possa no processo gerir
conhecimento, estar bem qualificada. Além desses setores envolvidos, ainda
existe os fornecedores, os colaboradores e as terceirizadas, também conhecidas
como outsourcing.
O objetivo principal de uma Universidade
Corporativa é que se evite a perda de competência e eficiência do funcionário
perante a empresa. Se presa pela capacitação técnica, cultural e profissional
desse colaborador e de sua capacidade profissional.
Com o surgimento dessas Universidades
Corporativas, as empresas estão conseguindo se tornar mais flexíveis. Estamos
diante da Era do Conhecimento, em que se exige uma renovação constante do
aprendizado e em que a informação adquire um valor sem precedentes,
qualificando as pessoas para a ascensão no mercado de trabalho, tornando-as mais
empregáveis.
A missão geral desse modelo de estudo
consiste em formar e desenvolver talentos humanos na gestão dos negócios,
promovendo a gestão do conhecimento por meio de um processo de aprendizagem
ativa e contínua.
Os Principais objetivos da elaboração e
solidificação de uma Universidade Corporativa corroboram com a difusão da ideia
de que o capital intelectual será o fator de diferenciação das empresas no
próximo milênio e que o despertar dos talentos humanos serão a vocação para o aprendizado
contínuo. Vale salientar que incentivar e estruturar atividades de
autodesenvolvimento motivam e retém os melhores colaboradores, contribuindo
para o aumento da felicidade pessoal, dentro de um clima organizacional
saudável.
Os princípios da Universidade Corporativa
vem prover oportunidades de aprendizagem que dê suporte para a empresa atingir
seus objetivos críticos do negócio. Há a necessidadee de se desenhar programas
que incorporem os Três C´s: cidadania, contexto e competência. Estimular
gerentes e líderes a se envolver com a aprendizagem, tornando-se também responsáveis
pelo processo e utilizar a universidade corporativa para obter vantagem
competitiva e entrar em novos mercados fazem parte desses princípios
norteadores.
As Universidades Corporativas são pró-ativas,
com suas ações completamente voltadas ao ambiente de negócio de cada
organização. Elas atuam no desenvolvimento de competências essenciais
juntamente com seus colaboradores ou a seus stekholders. São inovadoras nas
formas de entrega do conhecimento disseminando-o em qualquer momento e em
qualquer lugar por meio da colaboração de Ambientes Virtuais de Aprendizagem. Elas
atuam no desenvolvimento e gerenciamento de ferramentas que propiciem de forma
intensa a captação do conhecimento presente na organização e sua adequada
disseminação, tanto para o público interno quanto externo, e fácil utilização
sempre que necessário.
A Universidade Corporativa não vive só
de boas atitudes, pois existem alguns fatores críticos como em qualquer outra
estrutura organizacional. Dos principais pode-se saber que o compromisso da
direção da empresa com o projeto tem que estar alinhado com os objetivos
finais. Compreender o âmbito de atuação da organização, ou seja, o que sua
universidade deverá fazer, que tipos de produtos e serviços a empresa irá
oferecer. Determinar o público alvo e qual a gama de produtos e serviços serão
oferecidos. Utilizar parcerias de ensino seguidas de suas tecnologias de
ensino, reduzindo assim gasto com implantação e criar uma estratégia de marketing
e comunicação para a universidade.
O que se pode falar é que uma
Universidade Corporativa terá ganho, tanto operacional, estrutural, funcional,
motivacional se não houver uma falta de comprometimento por parte da alta
cúpula e isso chegar aos gestores de médio escalão. A incapacidade de
desenvolver um elo entre a universidade corporativa e as metas empresariais da
organização aos obstáculos a serem ultrapassados também a afeta. A falta de
visibilidade da ênfase na aprendizagem e a principal de todos obstáculos é
provar o “valor” que existe em uma Universidade Corporativa.
José Leonardo de Oliveira Rodrigues possui
pós-graduação em Administração de Sistemas de Informação pela UFLA (2011) e
graduação em Administração com Habilitação em SIG pela FaSaR (2008). Atualmente
é professor no curso de graduação em Administração na Faculdade Santa Rita
(FaSaR), tutor presencial da Universidade Federal de Ouro Preto (CEAD/UFOP) e
professor de nível técnico da Prefeitura Municipal de Conselheiro Lafaiete. Tem
experiência na área de Administração, com ênfase em Sistemas de Informação,
atuando principalmente nos seguintes temas: sistemas de informação,
estatística, sustentabilidade, balanced scorecard e educação.
A Contemporartes agradece a publicação e avisa que seu espaço continua aberto para produções artísticas de seus leitores.
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