sábado, 7 de julho de 2012

Administração e Educação Corporativa

          


      O profissional do mundo corporativo, atualmente, está focado na aprendizagem contínua, a fim de conseguir se antecipar às exigências do mercado de trabalho altamente competitivo.
      A primeira universidade corporativa começou com a General Motors Institute em 1919. Em 1982 o GMI se transformou em uma escola independente e, em 1997, passou a ser conhecido como Kettering University.
      A Universidade Corporativa pode se definida como um “guarda chuva estratégico para desenvolver e educar funcionários, clientes, fornecedores e comunidades a fim de cumprir as estratégias empresariais da organização”.
      Nela existem várias pessoas ou entidades, os chamados stakeholders, envolvidos no seu processo de qualidade, transformação e melhoria. Pode-se citar a principal é a comunidade, principais clientes, revendedores, distribuidores e consumidores finais; outras organizações parceiras da Universidade Corporativa; outras universidades que dão o suporte para que esta funcione bem e possa no processo gerir conhecimento, estar bem qualificada. Além desses setores envolvidos, ainda existe os fornecedores, os colaboradores e as terceirizadas, também conhecidas como outsourcing.
O objetivo principal de uma Universidade Corporativa é que se evite a perda de competência e eficiência do funcionário perante a empresa. Se presa pela capacitação técnica, cultural e profissional desse colaborador e de sua capacidade profissional.
      Com o surgimento dessas Universidades Corporativas, as empresas estão conseguindo se tornar mais flexíveis. Estamos diante da Era do Conhecimento, em que se exige uma renovação constante do aprendizado e em que a informação adquire um valor sem precedentes, qualificando as pessoas para a ascensão no mercado de trabalho, tornando-as mais empregáveis.
      A missão geral desse modelo de estudo consiste em formar e desenvolver talentos humanos na gestão dos negócios, promovendo a gestão do conhecimento por meio de um processo de aprendizagem ativa e contínua.
  Os Principais objetivos da elaboração e solidificação de uma Universidade Corporativa corroboram com a difusão da ideia de que o capital intelectual será o fator de diferenciação das empresas no próximo milênio e que o despertar dos talentos humanos serão a vocação para o aprendizado contínuo. Vale salientar que incentivar e estruturar atividades de autodesenvolvimento motivam e retém os melhores colaboradores, contribuindo para o aumento da felicidade pessoal, dentro de um clima organizacional saudável.
      Os princípios da Universidade Corporativa vem prover oportunidades de aprendizagem que dê suporte para a empresa atingir seus objetivos críticos do negócio. Há a necessidadee de se desenhar programas que incorporem os Três C´s: cidadania, contexto e competência. Estimular gerentes e líderes a se envolver com a aprendizagem, tornando-se também responsáveis pelo processo e utilizar a universidade corporativa para obter vantagem competitiva e entrar em novos mercados fazem parte desses princípios norteadores.
      As Universidades Corporativas são pró-ativas, com suas ações completamente voltadas ao ambiente de negócio de cada organização. Elas atuam no desenvolvimento de competências essenciais juntamente com seus colaboradores ou a seus stekholders. São inovadoras nas formas de entrega do conhecimento disseminando-o em qualquer momento e em qualquer lugar por meio da colaboração de Ambientes Virtuais de Aprendizagem. Elas atuam no desenvolvimento e gerenciamento de ferramentas que propiciem de forma intensa a captação do conhecimento presente na organização e sua adequada disseminação, tanto para o público interno quanto externo, e fácil utilização sempre que necessário.
      A Universidade Corporativa não vive só de boas atitudes, pois existem alguns fatores críticos como em qualquer outra estrutura organizacional. Dos principais pode-se saber que o compromisso da direção da empresa com o projeto tem que estar alinhado com os objetivos finais. Compreender o âmbito de atuação da organização, ou seja, o que sua universidade deverá fazer, que tipos de produtos e serviços a empresa irá oferecer. Determinar o público alvo e qual a gama de produtos e serviços serão oferecidos. Utilizar parcerias de ensino seguidas de suas tecnologias de ensino, reduzindo assim gasto com implantação e criar uma estratégia de marketing e comunicação para a universidade.
      O que se pode falar é que uma Universidade Corporativa terá ganho, tanto operacional, estrutural, funcional, motivacional se não houver uma falta de comprometimento por parte da alta cúpula e isso chegar aos gestores de médio escalão. A incapacidade de desenvolver um elo entre a universidade corporativa e as metas empresariais da organização aos obstáculos a serem ultrapassados também a afeta. A falta de visibilidade da ênfase na aprendizagem e a principal de todos obstáculos é provar o “valor” que existe em uma Universidade Corporativa.

José Leonardo de Oliveira Rodrigues possui pós-graduação em Administração de Sistemas de Informação pela UFLA (2011) e graduação em Administração com Habilitação em SIG pela FaSaR (2008). Atualmente é professor no curso de graduação em Administração na Faculdade Santa Rita (FaSaR), tutor presencial da Universidade Federal de Ouro Preto (CEAD/UFOP) e professor de nível técnico da Prefeitura Municipal de Conselheiro Lafaiete. Tem experiência na área de Administração, com ênfase em Sistemas de Informação, atuando principalmente nos seguintes temas: sistemas de informação, estatística, sustentabilidade, balanced scorecard e educação.

A Contemporartes agradece a publicação e avisa que seu espaço continua aberto para produções artísticas de seus leitores.

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