Salário digno aos PROFESSORES do Brasil
“Não é de pouca monta a complexidade do
debate da educação integral mobilizado pela experiência recente dos Centros
Integrados de Educação Pública (CIEPs) uma vez considerada que a relação entre
educação e política não é apoiada em fáceis consensos.
Faz-se necessário redobrar a vigilância epistemológica ao tentarmos ponderar, por exemplo, a singularidade do período de implantação dos CIEPs e o fato incontornável de sua identidade institucional ser atribuída ao intelectual e político Darcy Ribeiro (1922-1997) e ao brizolismo. Isto nos exige, para além do exame do projeto político-pedagógico basilar dos CIEPs que buscou o ideário da escola para todos tendo, entre outros ícones, a ascendência de Anísio Teixeira, a atenção às reconfigurações no campo político, mais especificamente na política educacional no Estado do Rio de Janeiro.
Faz-se necessário redobrar a vigilância epistemológica ao tentarmos ponderar, por exemplo, a singularidade do período de implantação dos CIEPs e o fato incontornável de sua identidade institucional ser atribuída ao intelectual e político Darcy Ribeiro (1922-1997) e ao brizolismo. Isto nos exige, para além do exame do projeto político-pedagógico basilar dos CIEPs que buscou o ideário da escola para todos tendo, entre outros ícones, a ascendência de Anísio Teixeira, a atenção às reconfigurações no campo político, mais especificamente na política educacional no Estado do Rio de Janeiro.
De um lado, tais reconfigurações levavam ao
extremo as posturas quer de devoção quer de aversão à personalidade pública de
Brizola numa conjuntura em que sua popularidade significava o fortalecimento de
uma corrida eleitoral que tinha como meta a presidência da república; de outro,
há de se considerar o impacto de qualquer inovação política num campo onde
práticas já estão estabelecidas e institucionalizadas. Não por acaso, a
burocracia e a chamada legalidade foram os principais entraves à implementação
mesma dos CIEPs que traduziam uma nova forma de se fazer educação básica de
qualidade.
Dito de outro modo, um estudo com pretensões
de avaliação desta política pública seria inocente se não buscasse olhar a
realidade em seus diversos e mesmo antagônicos ângulos.
Como pressuposto dessa pesquisa, que se encontra
em fase inicial entendemos o sistema educacional como relevante estrutura
social a contrariar os imperativos do mercado mundial, posto que oferta meia de
socialização dos indivíduos e de aperfeiçoamento de suas competências que
interferem diretamente na possibilidade de sua inclusão na esfera pública como
cidadãos.
A escola é, em nossa percepção, em que pesem
todos os atuais constrangimentos, espaço político de materialização do ideário
da promoção igualdade de oportunidade garantida aos indivíduos nos governos
democráticos, na mesma medida que pode se tornar o seu oposto, a confirmação da
desesperança para gerações de crianças e de jovens em qualquer sociedade dita
moderna.
Também, e não menos importante, vemos também
na escola a esfera pública numa de suas facetas, nela sendo possível trazer
reflexões a dar visibilidade a inúmeros sujeitos e práticas sociais
pré-reflexivas que uma vez tematizadas podem apontar para potencialidades
emancipatórias.
Deste modo, participamos do debate da
educação integral na tentativa de questionar os mecanismos de naturalização dos
atos de distinção legitimados em políticas educacionais, examinando o alcance
do sistema educacional na (re) distribuição dos bens econômicos, culturais e do
tempo livre mediante lutas pela conservação e pela transformação dos padrões de
distribuição e reconhecimento existentes na sociedade maior. Esboçamos ainda os
seguintes traços: o carisma “darcyniano” e as implicações da sua representação
política; a co-determinação envolvendo essa representação política e o dilema
“distribuição-reconhecimento” abordado por Nancy Frazer (2001).”
O professor é à base da sociedade.
Mas, onde esta os professores?
Quem são eles?
Onde esta o seu valor?
O mundo se faz de professores!
Mas onde esta os nossos professores?
Quem são eles?
A sociedade se constitui de “doutores”.
Onde esta o valor do professor?
Qual é o seu valor?
Somos profissionais como qualquer outro.
Não existe transferência de conhecimento sem um professor.
Mas onde esta o seu valor?
Quem são eles?
Você quer ser um professor?
Mas quem não teve um professor.
Mas onde esta o seu valor?
Onde esta a sensibilidade de ver e reconhecer o trabalho dos professores.
A arte de ensinar e aprender é uma tarefa do professor; que se doa com
objetivo de ensinar.
Ensinar quem?
Onde esta os ensinados?
Qual é o nosso valor?
Quem somos nós?
Onde esta os nossos alunos?
Como somos vistos?
Você quer ser um professor?
Mas quem não teve um professor?
Dhiogo José Caetano, nascido na cidade de Uruana interior de Goiás;
Graduado em História pela UEG - Universidade Estadual de Goiás. Tem diversos
trabalhos e artigos publicados na Web artigo, Recanto das Letras, Jornal o
Povo, Jornal o Dia, Canto dos Escritores, Overmundo, Minha Praia é Cinema,
Poetas Livres, Portal Literal e em outras revistas como: Revista Factus e
Partes. Faz parte do projeto da Nova Coletânia, Rocco, Abralie, Publicações
Iara, Encantos do Brasil II, da Mandio Editora, Poesia Encantada III, Novos
Poetas da Editora Videira, Prêmio Valdeck 2010 e 2011, Editora Celeiro, Tecido
Verbal, Editora Literacidade, Poesia Encanta, Canapé, Litteris, Palavras Sem
Fronteiras. É colunista dos blogs: Poetas Brasileiros, Mar de poemas,
Sociedade dos Poetas Mortos, Debates Culturais e outros. Artista revelação 2011
pela Interarte juntamente com a Academia de Letras de Goiás. O seu
objetivo é continuar a caminhada em direção do ensinar e aprender, corroborando
para a publicação de diversos textos, livros, artigos e poemas; construindo uma
caminhada em busca de conhecimento.
A Contemporartes agradece a publicação e avisa que seu espaço continua aberto para produções artísticas de seus leitores.
1 comentários:
Fui professor em 1983 na rede pública de SP e desde aquela época participei de greves por melhores salários e outros benefícios que infelizmente nunca conseguimos. Franco Montoro (governador nesse momento) sempre viajava para o litoral para não ter que ver e ouvir nós professores nas portas do palácio pedindo o que nos era de direito. Nesses quase 29 anos de 'não' ainda não caiu a ficha de nossos governantes por esse descaso. Logo, logo, o Brasil sofrerá com isso, será o exemplo de um país não emergente, mas megulhante num abismo, pois investe menos de 5% do PIB em educação, e desvia uma montanha de dinheiro para a máquina da corrupção. O país já colhe os frutos podres que tanto semeou, enézimo colocado nas olimpíadas, ou seria olim(piadas), campeão mundial em profissionais desqualificados etc. Uma pena, vou deixar o bonde Brasil passar e pegar o próximo!!!
5 de agosto de 2012 às 19:00Mario Bonza
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