quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

FOTÓGRAFOS PARANAENSES: O OLHAR FICCIONAL DE FAISAL ISKANDAR

 

“A fotografia é uma forma de ficção. É ao mesmo tempo um registro da realidade e um auto-retrato, porque só o fotógrafo vê aquilo daquela maneira.”  (Gérard Castello Lopes)

Nesta edição, a última do ano da coluna Incontros, trazemos o trabalho de um fotógrafo nascido em Curitiba, que tem desenvolvido um olhar muito especial, o que valeu a ele, exposições, premiação e o reconhecimento de um trabalho diferenciado. Abaixo uma pequena entrevista, e principalmente, as imagens que são fruto de sua sensibilidade e imaginação.


                           


P. Quando começou a fotografar , onde fez suas primeiras fotos, e pelo que foi motivado a se tornar fotógrafo? Tem ainda sua “primeira foto”, ou lembra o que fotografou?
R. Minha primeira foto foi em 1975 quando caiu neve em Curitiba, só que não tenho mais... 



P. Inicialmente a fotografia para você funcionou como trabalho ou lazer, arte, pesquisa, curiosidade  etc. ?
R. Comecei fotografar para valer em 1983 como amador, pois já era cinegrafista e fazia os dois, filmava profissionalmente e fotografava por hobby




P. Você teve alguma influência na escolha dessa modalidade de trabalho/arte, inspirou-se em alguém ou algo?
R. Bom, sempre fotografei de tudo, paisagens, objetos e tudo que me chamasse a atenção, estou mandando. Mas em 2010 comecei a procurar coisas novas, tipo foto arte, aí descobri reflexos, principalmente os reflexos da água. Cada vez mais fui percebendo que era muito interessante o resultado das fotos, comecei em fazer uma exposição, apresentei um projeto no Museu Guido Viaro, em Curitiba, que foi aprovado e fiz em 2012 a primeira exposição que se chamou CORES DO INCONSCIENTE, foi um sucesso, que confesso não esperava. Isso me deu motivação para continuar procurando outros caminhos na fotografia abstrata. 


P. Que modalidades de fotografia você exerceu em toda sua trajetória profissional desde o início até agora?
R. Fiz todo tipo de fotografia, moda, foto-social, fotojornalismo e hoje estou mais na foto arte. 


P. Que tipo de trabalho fotográfico traz maior realização a você? Cite um trabalho que tenha sido particularmente muito gratificante.
R. A maior realização na fotografia é quando faço uma foto de qualquer modalidade que me dá emoção. 



P. Ao que se dedica atualmente? Está desenvolvendo algum projeto particular na área de imagem?
R. Hoje me dedico somente à  fotografia, não quero mudar meu foco para outra área. Sou feliz sendo fotógrafo. Meu projeto AQUA URBES que são fotografias de reflexos de calçadas molhadas da chuva e poças d’água, já foi selecionado em salões de arte aqui em Curitiba e na Argentina. 





P. Já teve de abrir mão de alguma área de sua vida pessoal para se dedicar à fotografia, mesmo que temporariamente?
R. Sim, já abri mão de várias ofertas de empregos fixos, para ser vendedor, representante e outros só para me dedicar à fotografia, e não me arrependo. 









    “Uma boa foto é aquela que abre sua imaginação, que traz emoção.” ( Martine Franck)





A coluna INCONTROS é editada por Izabel Liviski, fotógrafa e doutoranda em Sociologia pela UFPR.








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