domingo, 27 de abril de 2014

ARTE - UMA LINGUAGEM EXPERIMENTAL


Considerando o conceito de história da arte proposto no endereço eletrônico - http://historia-da-arte.info:

“A história da arte está relacionada à cultura dos mais variados povos (...) atravessa os tempos, criando e contando o passado e recriando o presente. A arte está presente a nossa volta e com ela compomos a história de uma sociedade. (...) Existem objetos do homem que representam os seus sentimentos (...) conhecidos como obra de arte. (...) A arte pode ser definida como fruto da criação do homem e de seus valores junto à sociedade. (...) é uma necessidade que faz o homem se comunicar e refletir sobre as questões sociais e culturais dentro da sociedade.” 
                                                                                       Figura 1: Sônia Gutierrez (acessado do Blog da artista, Abril/2014).
 Falar de Sônia Gutierrez nascida em Paranaguá (Paraná, Brasil), Especialista em Artes visuais do século XX (EMBAP, PR - 1998) e Mestra em Comunicação e linguagens (UTPR - 2000), é fomentar a história contemporânea, por meio da qual os conceitos de cultura e arte se ampliam.         
 
                                                                                                                 Figura 2: Desenho (arquivo particular).

A artista mantém a persistência do historiador que arqueologicamente trilha labirintos decifrando outras memórias, e na diversidade dos personagens se encontra com Poty e Trevisan, na mesma urbanidade.
¨(...), vozes alinhadas como que em coro: longe de serem apenas dois modos diferentes de dizer a mesma coisa, textos e imagens, simbiontes, instilam-se mútuos sentidos. (...) O ponto de chegada e o de partida é o mesmo – (...) CURITIBA aquela em que eles vivem.”

                        Figura 3: Desenho, Exposição Multiplicação SESC/2013 (acessado do Blog da artista, Abril/2014)

                        Figura 4: Instalação, Exposição Multiplicação SESC/2013 (acessado do Blog da artista, Abril/2014)
                            Figura 5: Objetos, Exposição Multiplicação SESC/2013 (acessado do Blog da artista, Abril/2014)
Figura 6: Detalhe instalação, Exposição Multiplicação SESC/2013  (arquivo pessoal)

Interagindo com o entorno mantém a mesma curiosidade com a qual contempla a mais primitiva de suas memórias – o mar, e representa seus pares humanos expressando um contexto sócio-político de outras discussões, pela linguagem imagética.

                                              Figura 7: Desenho (acessado do Blog da artista, Abril/2014)
                                                                                               Figura 8: Desenho (acessado do Blog da artista, Abril/2014)

 Exercitando múltiplas maneiras de produzir, a artista e pesquisadora, vivência a área de Artes-visuais indo do papel ao objeto. Trabalha com materiais tradicionais ou faz reuso de objetos convencionais e fragmentos do lixo de ruas e construções sem fórmulas pré-estabelecidas, simplesmente experimenta. Serão discursos da sustentabilidade? Contemporaneidade e seus modismos?
Sua matéria base privilegia o resgate de memórias, que dialogam no presente, praticando com a multiplicidade da matéria assemblagens. Agregações ou acúmulos da variante contemporânea.  Seus desenhos agregam pontos, linhas, formas em preto e branco misturados a diferentes recortes, cuja materialidade colorida não segrega, mas integra. Harmonicamente parece acomodar razão e poesia, para que independente do discurso possa comunicar, informando cenas ou questões da vida.


                                  Figura 9 e 10: Correspondências, MON/2006 (acessado do Blog da artista, Abril/2014)



                                                                                         Figura 11 e 12: Mistas (acessado do Blog da artista, Abril/2014)

Atuando como professora ou propondo seu produto artístico, atualmente um móbile, para repaginar a vida, Gutierrez é essencialmente figurativa e realiza o gesto de marcar no papel, com nanquim ou ecoline, as personagens capturadas, certamente, na sombra de Baudelaire e de Dalton. Participa de exposições, individuais e coletivas, expandindo seus territórios para além das salas institucionalizadas e ultrapassando o limite do processo gráfico da produção de livros e catálogos, se instalando nas ruas, praças, parques.

Sua mais recente produção – Coleção ¨À La Carte¨, composta de oitenta e três peças,  insere o discurso da sociedade de consumo, onde objetos e coisas são apenas extratos. Para a instalação “À LA CARTE”, Sônia Gutierrez, apresenta obras cujo suporte, segundo Élisson Silva e Souza (2014), são tábuas que surgem enquanto,
“(...) sinônimos de agressão à carne, ao mesmo tempo em que provocam, oferecem “à la carte” questionamentos da forma e da matéria que parecem estar condenadas a servir ao homem. No entanto, podem não servir. Talvez, o que restará da oportuna contemplação conflitante será uma estética da estranheza. A exigência do significado põe o homem à serviço das coisas, os papéis se invertem. (...) Nomes, rótulos, marcas, imagem, tudo é humanizado, nada escapa quando a experiência humana intervém na natureza das coisas. É como se tudo o que existisse tivesse que ter alguma utilidade, por mais que haja uma razão existencial das coisas dadas no mundo. Com efeito, roubamos aquilo que existe no plano natural e o inserimos brutalmente no plano artificial. As coisas do mundo, assim como os seres “não” humanos, devem servir. Porém, tudo é maquiado, há um processo oculto que camufla a escravidão das coisas.¨ 


                                                                                                                  Figura 13 e 14: À LA CARTE (arquivo pessoal)
Menciona a artista:
“Um simples desenho, um poema, uma instalação, ou levar um projeto da sua concepção até o nascimento de um livro, é uma felicidade que os artistas não devem se negar; porque é o que alimenta e redime da incompreensão, da hipocrisia e de interesses que são apenas e tão somente vaidades passageiras, sementes estéreis, algumas vezes simplesmente invejosas.”


Publicou:
Vida de artista: a vida como labirinto (catálogo-coletivo), 2000.
Por um triz (projeto gráfico e ilustração), 2003.
Caboclos e Caiçaras – ditados do litoral paranaense (ilustração e pesquisa),
ed. 2005; 2. ed. 2008.
BUS – Clics de uma usuária do transporte coletivo (fotografia), 2011 (em processo).
A história mágica dos desenhos de Poty (infantil) – Museu Oscar Niemeyer; Fundação Poty Lazzarotto, 2005.
Poty Lazzarotto e Dalton Trevisan: entretextos 2011– substrato de dissertação de Mestrado, 2000;  patrocínio: Fundação Poty Lazzarotto, .
Poty Lazzarotto & Ilustradores paranaenses (didático) – organização e produção de exposição para oficina itinerante e vídeo. SEED PR, FERA, 2006.
Oriente & Ocidente. Ilustrando Haikais (didático) – pesquisa de texto e imagem. SEED-PR.,2007.
I e II Mostra de Artes Visuais (apresentação e coordenação de exposição de alunos; concepção de projeto gráfico e editorial dos catálogos). Curso I e II : Especialização em Artes Visuais – cultura e criação, SENAC, 2008.

         
 “Pensar é mais interessante que saber, mas é menos interessante que olhar.” Goethe

Referências: Blog  da artista e contato pessoal com a mesma.
Fotografias: Arquivo pessoal e acessadas do Blog da artista,


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