ARTE - UMA LINGUAGEM EXPERIMENTAL
Considerando
o conceito de história da arte proposto no endereço eletrônico - http://historia-da-arte.info:
“A história da arte está relacionada à cultura dos mais
variados povos (...) atravessa os tempos, criando e contando o passado e
recriando o presente. A arte está presente a nossa volta e com ela compomos a
história de uma sociedade. (...) Existem objetos do homem que representam os
seus sentimentos (...) conhecidos como obra de arte. (...) A arte pode ser definida como fruto
da criação do homem e de seus valores junto à sociedade. (...) é uma
necessidade que faz o homem se comunicar e refletir sobre as questões sociais e
culturais dentro da sociedade.”
Figura 1: Sônia Gutierrez (acessado do Blog da artista, Abril/2014).
Falar
de Sônia Gutierrez nascida em Paranaguá (Paraná, Brasil), Especialista em Artes
visuais do século XX (EMBAP, PR - 1998) e Mestra em Comunicação e linguagens
(UTPR - 2000), é fomentar a história contemporânea, por meio da qual os
conceitos de cultura e arte se ampliam.
Figura 2: Desenho (arquivo particular).
A artista mantém a persistência do
historiador que arqueologicamente trilha labirintos decifrando outras memórias,
e na diversidade dos personagens se encontra com Poty e Trevisan, na mesma
urbanidade.
¨(...), vozes
alinhadas como que em coro: longe de serem apenas dois modos diferentes de
dizer a mesma coisa, textos e imagens, simbiontes, instilam-se mútuos sentidos.
(...) O ponto de chegada e o de partida é o mesmo – (...) CURITIBA aquela em que
eles vivem.”
Figura 6: Detalhe
instalação, Exposição Multiplicação SESC/2013 (arquivo pessoal)
Interagindo com o entorno mantém a
mesma curiosidade com a qual contempla a mais primitiva de suas memórias – o
mar, e representa seus pares humanos expressando um contexto sócio-político de
outras discussões, pela linguagem imagética.
Figura 8: Desenho (acessado do Blog da
artista, Abril/2014)
Sua matéria base privilegia o resgate
de memórias, que dialogam no presente, praticando com a multiplicidade da matéria assemblagens. Agregações ou acúmulos da variante contemporânea. Seus desenhos agregam pontos, linhas, formas
em preto e branco misturados a diferentes recortes, cuja materialidade colorida
não segrega, mas integra. Harmonicamente parece acomodar razão e poesia, para
que independente do discurso possa comunicar, informando cenas ou questões da
vida.
Figura 9 e 10: Correspondências, MON/2006 (acessado do Blog da artista, Abril/2014)
Figura 11 e 12: Mistas (acessado do
Blog da artista, Abril/2014)
Atuando
como professora ou propondo seu produto artístico, atualmente um móbile, para
repaginar a vida, Gutierrez é essencialmente figurativa e realiza o
gesto de marcar no papel, com nanquim ou ecoline,
as personagens capturadas, certamente, na sombra de Baudelaire e de Dalton. Participa
de exposições, individuais e coletivas, expandindo seus territórios para além
das salas institucionalizadas e ultrapassando o limite do processo gráfico da
produção de livros e catálogos, se instalando nas ruas, praças, parques.
Sua
mais recente produção – Coleção ¨À La Carte¨,
composta de oitenta e três peças, insere
o discurso da sociedade de consumo, onde objetos e coisas são apenas extratos. Para a instalação “À LA CARTE ”, Sônia Gutierrez,
apresenta obras cujo suporte, segundo Élisson Silva e Souza (2014), são tábuas
que surgem enquanto,
“(...)
sinônimos de agressão à carne, ao mesmo tempo em que provocam, oferecem “à la
carte” questionamentos da forma e da matéria que parecem estar condenadas a
servir ao homem. No entanto, podem não servir. Talvez, o que restará da
oportuna contemplação conflitante será uma estética da estranheza. A exigência
do significado põe o homem à serviço das coisas, os papéis se invertem. (...) Nomes,
rótulos, marcas, imagem, tudo é humanizado, nada escapa quando a experiência
humana intervém na natureza das coisas. É como se tudo o que existisse tivesse
que ter alguma utilidade, por mais que haja uma razão existencial das coisas
dadas no mundo. Com efeito, roubamos aquilo que existe no plano natural e o
inserimos brutalmente no plano artificial. As coisas do mundo, assim como os
seres “não” humanos, devem servir. Porém, tudo é maquiado, há um processo oculto
que camufla a escravidão das coisas.¨
Figura 13 e 14: À LA CARTE (arquivo pessoal)
Menciona
a artista:
“Um simples desenho, um poema, uma instalação, ou levar
um projeto da sua concepção até o nascimento de um livro, é uma felicidade que
os artistas não devem se negar; porque é o que alimenta e redime da
incompreensão, da hipocrisia e de interesses que são apenas e tão somente
vaidades passageiras, sementes estéreis, algumas vezes simplesmente invejosas.”
Publicou:
Vida de artista: a vida como labirinto
(catálogo-coletivo), 2000.
Por um triz (projeto gráfico e ilustração), 2003.
Caboclos e Caiçaras – ditados do litoral paranaense
(ilustração e pesquisa),
ed. 2005; 2. ed. 2008.
BUS – Clics de uma usuária do transporte coletivo
(fotografia), 2011 (em processo).
A história mágica dos desenhos de
Poty (infantil) – Museu Oscar Niemeyer; Fundação Poty Lazzarotto, 2005.
Poty Lazzarotto e Dalton Trevisan: entretextos 2011–
substrato de dissertação de Mestrado, 2000; patrocínio: Fundação Poty
Lazzarotto, .
Poty Lazzarotto & Ilustradores paranaenses
(didático) – organização e produção de exposição para oficina itinerante e
vídeo. SEED PR, FERA, 2006.
Oriente & Ocidente. Ilustrando Haikais
(didático) – pesquisa de texto e imagem. SEED-PR.,2007.
I e II Mostra de Artes Visuais
(apresentação e coordenação de exposição de alunos; concepção de projeto
gráfico e editorial dos catálogos). Curso I e II : Especialização em Artes
Visuais – cultura e criação, SENAC, 2008.
“Pensar
é mais interessante que saber, mas é menos interessante que olhar.” Goethe
Referências: Blog da artista e contato pessoal com a mesma.
Fotografias: Arquivo pessoal e acessadas do Blog da artista,
0 comentários:
Postar um comentário
Seja educado. Comentários de teor ofensivo serão deletados.