segunda-feira, 9 de junho de 2014

ARTE - UMA LINGUAGEM EXPERIMENTAL


Considerando o conceito de história da arte proposto no endereço eletrônico - http://historia-da-arte.info:

A história da arte está relacionada à cultura dos mais variados povos (...) atravessa os tempos, criando e contando o passado e recriando o presente. A arte está presente a nossa volta e com ela compomos a história de uma sociedade. (...) Existem objetos do homem que representam os seus sentimentos (...) conhecidos como obra de arte. (...) A arte pode ser definida como fruto da criação do homem e de seus valores junto à sociedade. (...) é uma necessidade que faz o homem se comunicar e refletir sobre as questões sociais e culturais dentro da sociedade.


                                                  Figura 1: Sônia Gutierrez (acessado do Blog da artista, Abril/2014).

Falar de Sônia Gutierrez nascida em Paranaguá (Paraná, Brasil), Especialista em Artes visuais do século XX (EMBAP, PR - 1998) e Mestra em Comunicação e linguagens (UTPR - 2000), é fomentar a história contemporânea, por meio da qual os conceitos de cultura e arte se ampliam.

   
                                Figuras 2 e 3: Desenho (arquivo particular).
                                    
A artista mantém a persistência do historiador que arqueologicamente trilha labirintos decifrando outras memórias, e na diversidade dos personagens se encontra com Poty e Trevisan, na mesma urbanidade.
(...) vozes alinhadas como que em coro: longe de serem apenas dois modos diferentes de dizer a mesma coisa, textos e imagens, simbiontes, instilam-se mútuos sentidos. (...) O ponto de chegada e o de partida é o mesmo – (...) CURITIBA aquela em que eles vivem.


   
                    Figuras 4 e 5: Instalação, Exposição Multiplicação SESC/2013 (acessado do Blog da artista, Abril/2014)
                                                       
Interagindo com o entorno mantém a mesma curiosidade com a qual contempla a mais primitiva de suas memórias – o mar, e representa seus pares humanos expressando um contexto sócio-político de outras discussões, pela linguagem imagética.                   


       
   
                                            Figuras 6 e 7: Desenho (acessado do Blog da artista, Abril/2014)
                                                 
Exercitando múltiplas maneiras de produzir, a artista e pesquisadora, vivência a área de Artes-visuais indo do papel ao objeto. Trabalha com materiais tradicionais ou faz reuso de objetos convencionais e fragmentos do lixo de ruas e construções sem fórmulas pré-estabelecidas, simplesmente experimenta. Serão discursos da sustentabilidade? Contemporaneidade e seus modismos? Sua matéria base privilegia o resgate de memórias, que dialogam no presente, praticando com a multiplicidade da matéria assemblagens. Agregações ou acúmulos da variante contemporânea.  Seus desenhos agregam pontos, linhas, formas em preto e branco misturados a diferentes recortes, cuja materialidade colorida não segrega, mas integra. Harmonicamente parece acomodar razão e poesia, para que independente do discurso possa comunicar, informando cenas ou questões da vida.

  
   
                                   Figuras 8 e 9: Correspondências, MON/2006 (acessado do Blog da artista, Abril/2014)

Atuando como professora ou propondo seu produto artístico, atualmente um móbile, para repaginar a vida, Gutierrez é essencialmente figurativa e realiza o gesto de marcar no papel, com nanquim ou ecoline, as personagens capturadas, certamente, na sombra de Baudelaire e de Dalton. Participa de exposições, individuais e coletivas, expandindo seus territórios para além das salas institucionalizadas e ultrapassando o limite do processo gráfico da produção de livros e catálogos, se instalando nas ruas, praças, parques. Sua mais recente produção – Coleção À La Carte é composta de oitenta e três peças e insere o discurso da sociedade de consumo, onde objetos e coisas são apenas extratos. Élisson Silva e Souza (2014), sobre esta instalação:
(...) sinônimos de agressão à carne, ao mesmo tempo em que provocam, oferecem Á la carte questionamentos da forma e da matéria que parecem estar condenadas a servir ao homem. No entanto, podem não servir. (...) A exigência do significado põe o homem à serviço das coisas, os papéis se invertem. (...) Nomes, rótulos, marcas, imagem, tudo é humanizado, nada escapa quando a experiência humana intervém na natureza das coisas. (...) Porém, tudo é maquiado, há um processo oculto que camufla a escravidão das coisas. 

 
      Figuras 10 e 11: À LA CARTE (arquivo pessoal)

Menciona a artista: Um simples desenho, um poema, uma instalação, ou levar um projeto da sua concepção até o nascimento de um livro, é uma felicidade ...”.  Publicou:
Vida de artista: a vida como labirinto (catálogo-coletivo), 2000.
Por um triz (projeto gráfico e ilustração), 2003.
Caboclos e Caiçaras – ditados do litoral paranaense (ilustração e pesquisa),
ed. 2005; 2. ed. 2008.
BUS – Clics de uma usuária do transporte coletivo (fotografia), 2011 (em processo).
A história mágica dos desenhos de Poty (infantil) – Museu Oscar Niemeyer; Fundação Poty Lazzarotto, 2005.
Poty Lazzarotto e Dalton Trevisan: entretextos 2011– substrato de dissertação de Mestrado, 2000;  patrocínio: Fundação Poty Lazzarotto, .
Poty Lazzarotto & Ilustradores paranaenses (didático) – organização e produção de exposição para oficina itinerante e vídeo. SEED PR, FERA, 2006.
Oriente & Ocidente. Ilustrando Haikais (didático) – pesquisa de texto e imagem. SEED-PR.,2007.
I e II Mostra de Artes Visuais (apresentação e coordenação de exposição de alunos; concepção de projeto gráfico e editorial dos catálogos). Curso I e II : Especialização em Artes Visuais – cultura e criação, SENAC, 2008.

         


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