ARTE - UMA LINGUAGEM EXPERIMENTAL
Considerando o conceito de
história da arte proposto no endereço eletrônico - http://historia-da-arte.info:
A história da arte está relacionada à cultura dos mais
variados povos (...) atravessa os tempos, criando e contando o passado e
recriando o presente. A arte está presente a nossa volta e com ela compomos a
história de uma sociedade. (...) Existem objetos do homem que representam os
seus sentimentos (...) conhecidos como obra
de arte. (...) A arte pode ser definida como fruto
da criação do homem e de seus valores junto à sociedade. (...) é uma
necessidade que faz o homem se comunicar e refletir sobre as questões sociais e
culturais dentro da sociedade.
Falar de Sônia Gutierrez nascida
em Paranaguá (Paraná, Brasil), Especialista em Artes visuais do século XX
(EMBAP, PR - 1998) e Mestra em Comunicação e linguagens (UTPR - 2000), é
fomentar a história contemporânea, por meio da qual os conceitos de cultura e
arte se ampliam.
Figuras 2 e 3: Desenho (arquivo particular).
A artista mantém a persistência
do historiador que arqueologicamente trilha labirintos decifrando outras
memórias, e na diversidade dos personagens se encontra com Poty e Trevisan, na
mesma urbanidade.
(...) vozes
alinhadas como que em coro: longe de serem apenas dois modos diferentes de
dizer a mesma coisa, textos e imagens, simbiontes, instilam-se mútuos sentidos.
(...) O ponto de chegada e o de partida é o mesmo – (...) CURITIBA aquela em que
eles vivem.
Interagindo com o entorno mantém a mesma curiosidade com a qual contempla a mais primitiva de suas memórias – o mar, e representa seus pares humanos expressando um contexto sócio-político de outras discussões, pela linguagem imagética.
Exercitando múltiplas maneiras de produzir, a
artista e pesquisadora, vivência a área de Artes-visuais indo do papel ao
objeto. Trabalha com materiais tradicionais ou faz reuso de objetos
convencionais e fragmentos do lixo de ruas e construções sem fórmulas pré-estabelecidas,
simplesmente experimenta. Serão discursos da sustentabilidade?
Contemporaneidade e seus modismos? Sua matéria base privilegia o resgate de
memórias, que dialogam no presente, praticando com a multiplicidade da matéria assemblagens. Agregações ou acúmulos da
variante contemporânea. Seus desenhos
agregam pontos, linhas, formas em preto e branco misturados a diferentes
recortes, cuja materialidade colorida não segrega, mas integra. Harmonicamente
parece acomodar razão e poesia, para que independente do discurso possa
comunicar, informando cenas ou questões da vida.
Figuras 8 e 9:
Correspondências, MON/2006 (acessado do Blog da artista, Abril/2014)
Atuando como professora ou
propondo seu produto artístico, atualmente um móbile, para repaginar a vida,
Gutierrez é essencialmente figurativa e realiza o gesto de marcar no papel, com
nanquim ou ecoline, as personagens
capturadas, certamente, na sombra de Baudelaire e de Dalton. Participa de
exposições, individuais e coletivas, expandindo seus territórios para além das
salas institucionalizadas e ultrapassando o limite do processo gráfico da
produção de livros e catálogos, se instalando nas ruas, praças, parques. Sua
mais recente produção – Coleção À La Carte
é composta de oitenta e três peças e insere o discurso da sociedade de
consumo, onde objetos e coisas são apenas extratos. Élisson Silva e Souza
(2014), sobre esta instalação:
(...) sinônimos de agressão à carne, ao
mesmo tempo em que provocam, oferecem Á
la carte questionamentos da forma e da matéria que parecem estar condenadas
a servir ao homem. No entanto, podem não servir. (...) A exigência do
significado põe o homem à serviço das coisas, os papéis se invertem. (...) Nomes,
rótulos, marcas, imagem, tudo é humanizado, nada escapa quando a experiência
humana intervém na natureza das coisas. (...) Porém, tudo é maquiado, há um
processo oculto que camufla a escravidão das coisas.
Figuras 10 e 11: À LA
CARTE (arquivo pessoal)
Menciona a artista: “Um
simples desenho, um poema, uma instalação, ou levar um projeto da sua concepção
até o nascimento de um livro, é uma felicidade ...”. Publicou:
Vida de artista: a vida como labirinto (catálogo-coletivo), 2000.
Por um triz (projeto gráfico e ilustração), 2003.
Caboclos e Caiçaras – ditados do litoral paranaense (ilustração e
pesquisa),
ed. 2005; 2. ed. 2008.
BUS – Clics de uma usuária do transporte coletivo (fotografia),
2011 (em processo).
A história mágica dos desenhos de Poty (infantil) – Museu Oscar
Niemeyer; Fundação Poty Lazzarotto, 2005.
Poty
Lazzarotto e Dalton Trevisan: entretextos 2011– substrato de dissertação de Mestrado, 2000;
patrocínio: Fundação Poty Lazzarotto, .
Poty Lazzarotto & Ilustradores paranaenses (didático) –
organização e produção de exposição para oficina itinerante e vídeo. SEED PR,
FERA, 2006.
Oriente & Ocidente. Ilustrando Haikais (didático) – pesquisa de
texto e imagem. SEED-PR.,2007.
I e II Mostra de Artes Visuais (apresentação e coordenação de
exposição de alunos; concepção de projeto gráfico e editorial dos catálogos).
Curso I e II : Especialização em Artes Visuais – cultura e criação, SENAC,
2008.
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