GUARAPUAVA EM PRETO E BRANCO, POR VALDIR CRUZ
“Se eu pudesse contar a história em palavras, não
precisaria carregar uma câmera.” (Lewis Hine)
O Museu da Imagem e do Som de São Paulo (MIS), lançou em maio deste ano, o livro Guarapuava do fotógrafo Valdir Cruz, trabalho ao qual ele dedicou os últimos 30 anos de sua vida, resultando em 4.500 negativos em preto e branco.
O artista selecionou 90 imagens para a obra, sendo que 40 integram a exposição homônima, que será inaugurada na mesma data. A Prefeitura de Guarapuava apoia na divulgação do evento. “É um documentário socioambiental que registra a transformação cultural do município”, definiu o artista, que mora nos Estados Unidos desde 1978.
O Museu da Imagem e do Som de São Paulo (MIS), lançou em maio deste ano, o livro Guarapuava do fotógrafo Valdir Cruz, trabalho ao qual ele dedicou os últimos 30 anos de sua vida, resultando em 4.500 negativos em preto e branco.
O artista selecionou 90 imagens para a obra, sendo que 40 integram a exposição homônima, que será inaugurada na mesma data. A Prefeitura de Guarapuava apoia na divulgação do evento. “É um documentário socioambiental que registra a transformação cultural do município”, definiu o artista, que mora nos Estados Unidos desde 1978.
No prefácio, o pesquisador e curador Rubens Fernandes Junior comenta o recorte escolhido pelo artista ao retratar Guarapuava: “nada é clichê nesse ensaio que estabelece relações com o melhor da fotografia documental, que trava uma silenciosa batalha com aquilo que representa, e abre um campo narrativo que contempla diversas tendências de investigação visual – da mais tradicional às mais contemporâneas”.
A curadora do Museum of Fine Arts de Houston, Anne Tucker,
entrevistou Valdir Cruz para o livro, que também conta com texto de Fabio
Pontarolo, estudioso de Guarapuava, além de relatos do próprio artista sobre
suas memórias e seu processo criativo.
“A fotografia é uma das formas com que posso apresentar aos
outros, as pessoas e as histórias de Guarapuava. Tenho imagens de Guarapuava em
umas doze coleções de museus nos Estados Unidos. Esse nível de interesse me
encoraja a acreditar que este é um projeto documentário visual muito forte”,
afirmou Valdir Cruz.
As fotos também serão expostas no Museu Oscar Niemeyer, em
Curitiba, no mês de agosto. Já os guarapuavanos poderão apreciar as belas
imagens em dezembro, na Unicentro. Haverá ainda novas mostras de Valdir Cruz
com seleções das imagens de Guarapuava e de outras séries – como Raízes e
Bonito – na Bolsa de Arte de Porto Alegre e na inauguração da galeria desta
instituição em São Paulo (abril e maio); em Salvador, na Darzé Galeria de Arte
(julho) e na Galeria SIM, em Curitiba (agosto). No exterior, a mostra
e o livro Guarapuava serão
apresentados na Throckmorton Fine Art, Inc., em Nova York
(setembro).
Embora esteja vivendo nos Estados Unidos há mais
de trinta anos, o foco principal do trabalho de Valdir Cruz é o povo e a
paisagem do Brasil. De 1995 a 2000, concentrou-se em Faces da floresta, projeto
que documentou a vida dos povos indígenas do norte da Amazônia brasileira e que
lhe valeu, em 1996, uma bolsa da Fundação Guggenheim.
Sua obra está presente nas coleções permanentes do Museu de Arte de São Paulo (MASP), Museum of Modern Art (MoMA), de Nova York, Museum of Fine Arts, de Houston, e do Smithsonian Institute, em Washington, D.C., entre outras. Seu principal representante nos Estados Unidos é a galeria Throckmorton Fine Art, Inc. em Nova York. Valdir Cruz divide seu tempo entre seus estúdios em Nova York e São Paulo.
O fotógrafo Valdir Cruz nasceu em 1954.
Paranense de Guarapuava, cidade que por muitos anos teve a pecuária, a
agricultura e a extração da madeira como atividades principais. Em 1978,
mudou-se para Nova York, nos Estados Unidos, e começou a fotografar em 1982.
Desde então divide seu trabalho entre este país e o Brasil, focando sua obra no
povo, na arquitetura e na paisagem brasileiras. Frequentou a Germain School of
Photography e foi assistente do fotógrafo George Tice, entre 1986 e 1987.
Trabalhou com dois grandes mestres da fotografia, Horst P. Horst e Edward
Steichen.
Em 1996, conquistou uma bolsa da Fundação Guggenheim
para desenvolver o projeto de uma expedição mais prolongada na Amazônia, o que
deu origem ao livro Faces da floresta: os Yanomami, publicado pela
Cosac Naify, em 2004. Valdir Cruz também publicou Catedral Basílica de
Nossa Senhora da Luz dos Pinhais (Brave Wolf Publishing, 1996), seu
primeiro livro, além de ter participação nos livros Darkness in El
Dorado, de Patrick Tierney (W. W. Norton, 2000) e Carnaval
Salvador-Bahia (Thockmorton Fine Art, 2005).
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