ENTRE RETRATOS, QUEM É MAGDALENA CARMEN?
Percorrendo os espaços da arte vamos nos deparar com retratos, alguns são elaborados pelos artistas tendo outras personagens posando e ai o retratado é representado em sua essência.Sua personalidade, biotipo e expressividade ganham forma. A História da Arte costuma apresentar muitas figuras, algumas reconhecidas como personagens de determinada época como pertencente ao clero, a corte, a sociedade. Nominadas e reconhecidas, outras meros anônimos que por uma ou outra razão serviram de modelo algum artista. Porém, encontramos também os autorretratos. Aqueles em que o personagem foi retratado por si mesmo. Nosso cotidiano de "self".
MAGDALENA CARMEN FRIEDA KAHLO Y CALDERÓN
A menina nascida em 6 de julho de
1907, em Coyoacán, Distrito Federal do México veio a falecer em de julho de
1954, aos 47 anos na mesma cidade. Costumava dizer que era de origem
judaico-húngara, mas pesquisadores afirmam que era filha do casal Guilhermo
Kahlo (1871-1941), luterano de origem alemã, e Matilde Gonzales y Calderón,
católica de origem indígena e espanhola. O casal teve quatro filhos, sendo
Magdalena a terceira. Sua trajetória foi a de uma vida sofrida, sendo que aos
seis anos teve poliomielite e depois sofreu uma série de acidentes, lesões e
operações. A
casa de seus pais conhecida como A Casa Azul, era um mundo cheio de mulheres,
mas, Magdalena permaneceu grande parte de sua vida mais próxima de seu pai, que
pintava por passatempo.
Frequentou a Escola Nacional Preparatória do
Distrito Federal do México, assistindo aulas de desenho e modelagem. Mais tarde
aprendeu gravura. Foi nessa época que sofreu um grave acidente que a levou a
permanecer em longo período de convalescença. Nessa época começa a pintar,
usando a caixa de tintas de seu pai e um cavalete adaptado à cama. Foram muitas
obras cujo tema de seu sofrimento, autorretratos e o nacionalismo estão
registrados.
Usando uma representação que perpassa o
realismo e o surrealismo, marcando para sempre a arte mexicana, a vida da
artista, no entanto, não limitou-se ao seu território particular. Após conhecer
e casar com um muralista – Diego Rivera, a artista percorreu um estilo ingênuo
no qual procurou afirmar a identidade nacional mexicana, onde o folclore e a
arte popular se reconhecem. Com o marido, a mulher viveu em Nova York e
Detroit.
Posteriormente, conhece Leon Trotski, com quem tem um caso entre
outros até retornar para Rivera. Construiu uma casa ao lado da dele, mas nunca
mais moraram juntos, apenas ligados por um corredor, mantiveram encontros
amorosos.
Vivenciando debates sobre cultura e da política, a
bissexualidade e a arte. A experiência do existir lhe permitiu registrar como
últimas palavras: “Espero alegre a minha partida – e espero não retornar nunca mais.”
Nota: Magdalena Carmen reconhecida como Frida Kahlo é uma importante pintora mexicana do século XX. É considerada, por alguns
especialistas em artes plásticas, como André Breton, uma artista que fez parte do Surrealismo.
Porém, a própria artista negava que era surrealista, afirmando que pintava sua própria realidade. Destacou-se ao defender o resgate à cultura
dos astecas como forma de oposição ao sistema imperialista cultural europeu.
O Museu Oscar Niemeyer - MON, Curitiba, Paraná, abriga uma exposição de fotografias de Frida Kahlo, onde longas filas se formam para que um público diversificado, possa afetivamente conhecê-la.
Bibliografia Acesso em 3 de agosto de 2014.
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