RUI RIBEIRO COUTO E A SUA INEGÁVEL CONTRIBUIÇÃO PARA A LITERATURA BRASILEIRA
Nesta semana, nossa leitora Maikely Teixeira Colombini faz uma justa homenagem à figura de Rui Esteves Ribeiro de Almeida Couto, mais conhecido como Rui Ribeiro Couto, brasileiro que foi diplomata, poeta, contista, romancista, magistrado e jornalista, mas que é pouco conhecido do grande público.
Consultando o site oficial da Academia
Brasileira de Letras, deparei-me com o perfil de Rui Ribeiro Couto. Valendo-me
de alguns dos seus principais dados biográficos, ressalto que Rui Esteves
Ribeiro de Almeida Couto, filho de José de Almeida Couto e Nísia
da Conceição Esteves Ribeiro, nasceu em Santos, no dia 12 de março
de 1898 e faleceu em Paris, em 30 de maio de 1963. Ele
foi diplomata, poeta, contista, romancista, magistrado e jornalista. Na
sucessão de Constâncio Alves, foi membro da Academia Brasileira de Letras desde
28 de março de 1934, ocupando a cadeira 26 até sua morte.
Rui
Ribeiro Couto cursou a Escola de Comércio José Bonifácio, em Santos, onde em
1912 estreou no Jornalismo. Em 1915, ingressou na Faculdade de Direito da
Universidade de São Paulo, trabalhando, ao mesmo tempo, no Jornal do Commercio e posteriormente, para o Correio Paulistano. Em 1919, bacharelou-se na Faculdade de Ciências
Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro. Em 1921, publicou o seu primeiro livro
de poesia, O jardim das confidências.
Ele trabalhou em diversos jornais e participou da Semana de Arte Moderna de
1922.
Ainda neste ano, problemas de saúde o obrigaram a se mudar para o interior de São Paulo, período em que saíram os volumes de contos A casa do gato cinzento e O crime do estudante Batista. Após dois anos em Campos do Jordão, foi para São Bento do Sapucaí, onde exerceu o cargo de delegado de polícia. Logo depois, transferiu-se para São José do Barreiro, onde foi nomeado promotor público.
Ainda neste ano, problemas de saúde o obrigaram a se mudar para o interior de São Paulo, período em que saíram os volumes de contos A casa do gato cinzento e O crime do estudante Batista. Após dois anos em Campos do Jordão, foi para São Bento do Sapucaí, onde exerceu o cargo de delegado de polícia. Logo depois, transferiu-se para São José do Barreiro, onde foi nomeado promotor público.
Em 1925, transferiu-se novamente por
causa da saúde, dessa vez, para Pouso Alto, Minas Gerais e ali exerceu a promotoria
pública até 1928, ano em que regressou ao Rio de Janeiro para trabalhar como
redator no Jornal do Brasil. Logo
depois, Ribeiro Couto foi designado para o posto de auxiliar de consulado em
Marselha, onde assumiria o posto de vice-cônsul honorário. Em 1931 foi para
Paris, para ocupar o cargo de adido do consulado-geral. Em 1932 foi promovido a
cônsul de terceira classe.
Paralelo à carreira de escritor e jornalista colaborou com o Jornal do Brasil, O Globo e A Província (de Pernambuco), seguindo uma carreira diplomática bem-sucedida e ocupando-se de divulgar, mesmo na Europa, a literatura brasileira.
Paralelo à carreira de escritor e jornalista colaborou com o Jornal do Brasil, O Globo e A Província (de Pernambuco), seguindo uma carreira diplomática bem-sucedida e ocupando-se de divulgar, mesmo na Europa, a literatura brasileira.
Com uma copiosa produção e atuação na
vida literária brasileira, observamos em muitas das obras de Rui Ribeiro Couto,
o dia-a-dia das pessoas humildes e anônimas dos subúrbios. Na sua poesia,
encontramos: O jardim das confidências
(1921); Poemetos de ternura e de
melancolia (1924); Um homem na
multidão (1926); Canções de amor
(1930); Noroeste e outros poemas do
Brasil (1932); Província (1934); Cancioneiro de Dom Afonso (1939); Cancioneiro do ausente (1943); O dia é longo (1944); Rive etrangère (1951); Entre mar e rio (1952); Le jour est long (1958); Poesias reunidas (1960); Longe (1961). No que diz respeito à
prosa, temos: A casa do gato cinzento,
contos (1922); O crime do estudante
Batista, contos (1922); A cidade do
vício e da graça, crônicas (1924); Baianinha
e outras mulheres, contos (1927); Cabocla,
romance (1931); Espírito de São Paulo,
crônicas (1932); Clube das esposas
enganadas, contos (1933); Presença de
Santa Teresinha, ensaio (1934); Chão
de França, viagem (1935); Conversa
inocente, crônicas (1935); Prima
Belinha, romance (1940); Largo da
Matriz, contos (1940); Barro do
município, crônicas (1956); Dois
retratos de Manuel Bandeira (1960); Sentimento
lusitano, ensaio (1961).
Rui Ribeiro Couto não entrou para a
lista de nomes canonizados pela historiografia literária, embora muito ligado
ao Movimento Modernista brasileiro. No entanto, sua bibliografia apresenta uma extensa
e valiosa contribuição para a literatura brasileira.
Referências:
Disponível
em: http://www.academia.org.br.
Acesso: 29/11/2011.
A autora:
Maikely Teixeira Colombini é graduanda em Letras com
Licenciatura em Português e Literaturas de Língua Portuguesa pela Universidade
Federal de Viçosa, Minas Gerais. Atualmente está pesquisando os Espaços
íntimos e espaços públicos na narrativa de Joaquim Manuel de Macedo. Áreas de
interesse: Linguística, Letras e Artes, e mais especificamente, Literatura
Brasileira.
E-mail: maikelycolombini@ig.com.br
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