Comédia romântica para o dia dos namorados: O exótico Hotel Marigold 2
Pensando que tudo
que é bom pode ser prolongado, o cineasta John Maden, conhecido por dirigir “Shakespeare
Apaixonado”, estreia com “O Exótico Hotel Marigold 2” e continua a saga dos ingleses aposentados
que resolvem ir para a Índia em busca de novas experiências.
Elenco muito bom |
A diferença mais
visível entre o primeiro e o segundo filme está na história. As questões pessoais de cada personagem são mais enfatizadas e o enredo está mais focado na superlotação do hotel e nos investimentos necessários para sua ampliação. Evidentemente que o hotel continua
como elemento condutor fílmico que permeia toda a trama amarrando as cenas e
dando um sentido mais exato ao roteiro.
Envelhecemos e continuamos a nos apaixonar |
É um filme suntuoso e simples que
aposta no mesmo elenco do primeiro - Judi Dench, Bill Nighy, Penelope Wilton, Dev Patel e Maggie Smith. O que muda - Tom Wilkinson sai, Patel
passa a ser protagonista e o charmoso Richard Gere entra para acender os
corações dos hóspedes e mandar a trama de vez para uma comédia romântica leve
e bem resolvida.
Na vida a dois cabem coisas que só as duas pessoas sabem |
No filme, algumas
questões da velhice são tratadas com o olhar costumeiro e poético da
contemporaneidade; enquanto houver paixões, amores, dores, crises e quanto
mais tivermos dispostos e abertos para encararmos isso, mais teremos condições de uma vida
plena. A novidade fica para quem ainda não acredita que possa ser assim.
Apesar da fantasia
fílmica, é possível ao expectador ter uma leve catarse, pensar em seus
atos e sair do cinema, depois de rir e chorar um pouco, mais alegre e confiante do que quando entrou.
Uma vida diferente pode ser viver em lugares diferentes |
O que ficou pra
mim: não é fácil envelhecer e perder pessoas, saúde, disposição, dinheiro e
outras tantas coisas. Mas também é possível, a partir do que se tem, continuar
com dias cheios e alegres. Para que isso aconteça, talvez o mais importante seja estar disposto
a compartilhar momentos com amigos e amores até que o elevador supremo chegue e te leve para o andar de cima ou quem sabe, o tinhoso, para te levar aos andares de baixo, ao Inferno de Dante. Enquanto isso ... como já dizia o poeta Cazuza “ … e se você achar que estou derrotado, saiba que ainda estão rolando os dados, porque o tempo, o tempo não para”.
Bom filme e Feliz día dos Amores com humor britânico !!!!
Kátia Peixoto é doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP. Mestre em Cinema pela ECA - USP onde realizou pesquisas em cinema italiano principalmente em Federico Fellini nas manifestações teatrais, clowns e mambembe de alguns de seus filmes. Fotógrafa por 6 anos do Jornal Argumento. Formada em piano e dança pelo Conservatório musical Villa Lobos. Atualmente leciona no Curso Superior de de Música da FAC-FITO e na UNIP nos Cursos de Comunicação e é integrante do grupo Adriana Rodrigues de Dança Flamenca sob a direção de Antônio Benega.
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