terça-feira, 16 de junho de 2015

Opinões de estudantes sobre projeto de lei da terceirização





Realizei uma atividade reflexiva a respeito do projeto de lei da terceirização que tramita no congresso com discentes da Educação de jovens e adultos na E. E. Professor Ariovaldo Pupo Amorim. Solicitei uma pesquisa com uma conclusão autoral. Foi muito emocionante ler o resultado de algumas pessoas, que são em sua maioria trabalhadoras e demonstram ter a consciência dos problemas que poderão enfrentar se for aprovada. Trago aqui, a opinião crítica de Cristian Michael:

Na minha opinião, se tem alguém que se sairá bem nessa nova lei da terceirização são os bancários que ganham um terço do salário dos contratados; os empresários que com o salário atual poderá pagar quase dois terceirizados; e por fim, o governo que não está nem aí para aqueles que precisam de verdade de melhores condições de vida. Ou seja, esta lei vai "tirar de quem não tem".

Certo dia algumas empresas do ABC paulista se reuniram justamente contra a terceirização, inclusive, eu participei deste movimento onde trabalho, em Sertãozinho, Mauá-SP. Neste dia contamos com a presença do prefeito de Mauá. Enfim, ali estavam todas as empresas juntas, manifestando pelo seus direitos. Combinaram de rodar por boa parte da cidade, parando o trânsito...



Neste dia uma coisa me chamou a atenção: quando a polícia chegou com toda ignorância! Eu senti o medo das pessoas que lutavam por seus direitos e, depois disso, cada um foi para o seu lado. 

Fiquei pensando como o Brasil realmente é  desigual, como a maioria teme e como os poucos que estão lá de cima não se importam com os pobres.



Além dos trabalhadores terceirizados terem 24% menos do que os empregados formais, também terão mais dificuldades de negociar conjuntamente ou de fazer ações como greves. Sinceramente, não sei o que vai ser o Brasil.



Soraia Oliveira Costa, mestranda em História da Ciência pela UFABC e graduada em Ciênciais Sociais pelo Centro Universitário Fundação Santo André (CUFSA). Professora de Sociologia na Educação Básica e na Educação de Jovens e Adultos no Estado de São Paulo. Trabalha com audiovisual e oralidades desde meados de 2007. Produtora do documentário "Transformação sensível, neblina sobre trilhos", que trata da história vila de Paranapiacaba, feito com incentivo do MEC/SESu, UFABC e FSA.

0 comentários:

Postar um comentário

Seja educado. Comentários de teor ofensivo serão deletados.