sábado, 29 de agosto de 2015

Fundação Pró-Memória recebe artigos e fotos para Raízes



Fundação Pró-Memória recebe artigos e fotos para Raízes

A Fundação Pró-Memória de São Caetano do Sul abriu na quarta-feira (5/8) a submissão de artigos para publicação na próxima edição da revista Raízes. O manual com as normas está disponível no site da Pró-Memória (www.fpm.org.br), na página de Download. O prazo final de entrega será no dia 16 de outubro.
Com 51 edições publicadas, a revista celebra o legado do passado e visa manter viva a história e a memória de São Caetano do Sul e do Grande ABC, sempre fazendo elo com o presente e com as novas gerações. A normatização para os artigos foi criada com o objetivo de melhorar a qualidade da revista e aprimorar seu conteúdo. Os textos da Raízes abrangem temáticas da história e da memória da cidade de São Caetano do Sul ou da região (Santo André, São Bernardo do Campo, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra), assim como patrimônio histórico e cultural, arquivologia, museologia e artes visuais.
Artigos, resenhas, crônicas e entrevistas, de pesquisadores autônomos ou vinculados a instituições públicas ou privadas, ou mesmo escritores independentes, integram as edições semestrais, publicadas sempre nos meses de julho e dezembro.
Raízes e Retratos – A Fundação Pró-Memória também iniciou as inscrições para o projeto Raízes e Retratos. Até o dia 16 de outubro, poderão ser inscritas fotos com qualquer tema, como registros familiares, eventos políticos/sociais, arquitetônicos, religiosos, étnicos, de hábitos, costumes, aspectos culturais e turísticos, que poderão ser publicadas na revista Raízes. Após passarem por avaliação, as fotos são devolvidas àqueles que contribuíram. As imagens podem ser trazidas na sede da Pró-Memória (Av. Dr. Augusto de Toledo, n° 255, Bairro Santa Paula) de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h, ou enviadas para o email raizes@fpm.org.br.
Mais informações também podem ser obtidas pelo telefone 4223-4780 ou pelo site da instituição,www.fpm.org.br.




Veja também nossa dica cultural.


Museu Afro Brasil traz exposição inédita do Smithsonian a São Paulo

Mostra exibe vida e pesquisa de Lorenzo Dow Turner, primeiro linguista afro-americano, que descobriu o dialeto “Gullah” nos EUA, com ramificações no Brasil.
O Museu Afro Brasil, instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, e a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil convidam para a exposição "Gullah, Bahia, África", estreada no dia 18 de agosto.

A mostra apresenta ao público a vida e a pesquisa pioneira desenvolvida pelo primeiro linguista afro-americano, Lorenzo Dow Turner. Expoente acadêmico da comunidade negra americana nos anos 1930, Turner identificou a fala da comunidade Gullah, do sul dos EUA, e rastreou seus registros na África e no Brasil, ligando, dessa forma, comunidades da diáspora africana através da linguagem. Originalmente criada e exibida em 2010 pelo Anacostia Community Museum, integrante da Smithsonian Institution, de Washington DC (EUA), a exposição tem curadoria da brasileira Alcione Meira Amos.

Fazem parte da mostra fotografias que registram o trabalho de campo do professor Turner; um painel comparando palavras usadas no Gullah, Inglês e Português do Candomblé, com as suas origens nas línguas da África; um raro registro da fala Gullah e cinco vídeos, incluindo Raízes da África: ligações entre as palavras, mostrando falantes de línguas africanas, um americano, um Gullah e um brasileiro, que repetem as mesmas palavras em cada uma das línguas, demonstrando suas raízes africanas.


Sobre a exposição

Gullah, Bahia, África conta três histórias em uma: a trajetória acadêmica de Lorenzo Dow Turner; sua jornada para desvendar um código linguístico e suas descobertas, que atravessaram continentes. Já nos anos 1930, a pesquisa pioneira de Turner demonstrou que, apesar da escravidão, os africanos trazidos aos EUA transmitiam sua identidade cultural a seus descendentes por meio de palavras, músicas e histórias.  Estudioso de várias línguas africanas, como twi, ewe, iorubá, bambara e wolof, além do árabe, Turner utilizou seu conhecimento para se dedicar à pesquisa da fala da comunidade gullah/geechee, da Carolina do Sul e da Geórgia, no sul dos EUA, até então desprezada como um “inglês mal falado”.  Os estudos de Turner confirmaram que, pelo contrário, o povo Gullah falava uma língua crioula, com elementos linguísticos próprios e da cultura de seus ancestrais africanos.


As explorações linguísticas pela diáspora africana levaram Turner até a Bahia, onde ele novamente validou sua descoberta a respeito das continuidades africanas.  Uma das seções da exposição é dedicada à pesquisa do Professor Turner sobre cultura afro-brasileira na Bahia, juntamente com algumas das mesmas línguas que influenciaram o gullah. Na Bahia, a sobrevivência da cultura africana pode ser percebida por Lorenzo Dow Turner particularmente no candomblé, quando integrantes dos terreiros reconheciam palavras em gravações que ele havia feito em outras partes do mundo.  Os muitos escritos de Turner incluem o livro Africanismos do Dialeto Gullah (Africanisms in theGullahDialect), publicado em 1949, que permanece como uma das principais referências para a pesquisa das línguas crioulas.

Sobre o AnacostiaCommunityMuseum:Museu integrante da SmithsonianInstitution, o Anacostia está localizado em Washington DC (EUA) e abriu suas portas em 1967, como o primeiro museu comunitário do país financiado com recursos federais.  O nome atual foi adotado em 2006, quando o museu ampliou seu foco, originalmente com uma ênfase afro-americana, para examinar o impacto de questões sociais contemporâneas em comunidades urbanas. Saiba mais em www.anacostia.si.edu.

Sobre o museu Afro Brasil:


Museu Afro Brasil é uma instituição pública, subordinada à Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo e administrado pela Associação Museu Afro Brasil - Organização Social de Cultura.
Localizado no Pavilhão Padre Manoel da Nóbrega, dentro do mais famoso Parque de São Paulo, o Parque Ibirapuera, o Museu conserva, em 11 mil m2 um acervo com mais de 6 mil obras, entre pinturas, esculturas, gravuras, fotografias, documentos e peças etnológicas, de autores brasileiros e estrangeiros, produzidos entre o século XVIII e os dias de hoje. O acervo abarca diversos aspectos dos universos culturais africanos e afro-brasileiros, abordando temas como a religião, o trabalho, a arte, a escravidão, entre outros temas ao registrar a trajetória histórica e as influências africanas na construção da sociedade brasileira.

O Museu exibe parte do seu Acervo na Exposição de Longa Duração, realiza Exposições Temporárias e dispõe de um Auditório e de uma Biblioteca especializada que complementam sua Programação Cultural ao longo do ano.


Mais informações sobre a exposição:

“Gullah, Bahia, África”
Local: Museu Afro Brasil (Av. Pedro Álvares Cabral, s/n, Parque Ibirapuera, Portão 10, São Paulo, tel.: 11 3320-8900).
Abertura: 18/08 - Até 18/10.




Ana Clara Carneiro é estudante de pesquisa do Memorial Plínio Zornoff/ Laboratório Memória dos Paladares e estudante de graduação do Bacharelado de Ciência e Humanidades/ UFABC. Tem interesse na área das Ciências Sociais e Estudos Étnicos.

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