sábado, 26 de setembro de 2015



O Drops Cultural está recheado de eventos relacionados a mulher. Destaque para a exposição Frida Kahlo: conexões entre mulheres surrealistas no México  e a retrospectiva da Festa da Mulher Imigrante.

           

Instituto Tomie Ohtake inaugura a exposição “Frida Kahlo – Conexões entre mulheres surrealistas no México” nessa segunda (27/09).




Frida Kahlo - conexões entre mulheres surrealistas no México

            Com curadoria da pesquisadora Teresa Arcq, Frida Kahlo: conexões entre mulheres surrealistas no México, com cerca de 100 obras de 16 artistas, revela a forma como uma intricada rede, com inúmeras personagens, se formou tendo como eixo a figura de Frida Kahlo (06 de julho de 1907, Coyoacán, México - 13 de julho de 1954, Coyoacán, México). O recorte focaliza especialmente artistas mulheres nascidas ou radicadas no México, protagonistas, ao lado de Kahlo, de potentes produções, como Maria Izquierdo, Remedios Varo e Leonora Carrington. 

           


      Durante toda a sua vida, Frida Kahlo pintou apenas 143 telas. Nesta exposição, inéditamente no Brasil, estão reunidas cerca de 20 delas, além de 13 obras sobre papel - nove desenhos, duas colagens e duas litografias -, proporcionando ao público brasileiro amplo panorama de suas diversificadas obras. A sua presença vigorosa perpassa ainda a exposição pelas obras de outras artistas participantes, que retrataram a sua figura icônica. Por meio da fotografia, destacam-se os trabalhos de Lola Álvarez Bravo, Lucienne Bloch e Kati Horna. Imagens de Frida estão impregnadas ainda nas lentes de Nickolas Muray, Bernard Silberstein, Hector Garcia, Martim Munkácsi e em uma litografia de Diego Rivera, Nu (Frida Kahlo), 1930. 

           

       Entre as mulheres artistas mexicanas vinculadas ao surrealismo surpreende a abundância de autorretratos e retratos simbólicos. Entre as 20 pinturas de Frida na exposição, seis são autorretratos. Há ainda mais duas de suas telas que trazem a sua presença, como em El abrazo de amor del Universo, la terra (México). Diego, yo y el senõr Xóloti, 1933, e Diego em mi Pensamiento, 1943, além de uma litografia, Frida y el aborto, 1932.Conforme destaca Teresa Arqc, os autorretratos e os retratos simbólicos marcam uma provocativa ruptura que separa o âmbito do público do estritamente privado. Segundo a curadora, impressiona constatar como estas artistas subvertem o cânone para realizar uma exploração de sua psique carregada de símbolos e mitos pessoais. "Em alguns de seus autorretratos Frida Kahlo, Maria Izquierdo e Rosa Rolanda elegeram cuidadosamente a identificação com o passado pré-hispânico e as culturas indígenas do México, utilizando ornamentos e acessórios que remetem a mulheres poderosas, como deusas ou tehuanas, apropriando-se das identidades destas matriarcas amazonas", afirma. 


Mais Detalhes:

Nome do Evento: Exposição Frida Kahlo – Conexões entre mulheres surrealistas no México
Data: A partir de 21 de Setembro a 10 de Janeiro
Local: Instituto Tomie Ohtake, Rua dos Coropés - 88. Pinheiros - Oeste.
Valor do Ingresso: R$ 10 e 5.



Aconteceu no dia 20/09 a Festa da Mulher Imigrante no ERLA (Espaço da Rosa Latino-americana)




 No domingo, dia 20  aconteceu no ERLA- Espaço da Rosa Latino-americana a Festa da Mulher Imigrante,  com apresentações de Rap e Mostra de Cinema em homenagem à Mulher Imigrante.

            O curta-metragem ficcional Loin du 16eme (Daniela Thomas e Walter Salles, Brasil/França, 2006), seguido do longa-metragem documental Elvira (Javier Solórzano Casarin, México/Estados Unidos, 2009).
            O curta-metragem Loin du 16eme retrata cenários cotidianos de forma sensível, protagonizando a realidade das mulheres nos países latino-americanos.

            O longa-metragem Documental trata da história de Elvira Arellano, uma mulher mexicana que imigra para os Estados Unidos, tornando-se símbolo da imigração ilegal e como a política estadunidense desrespeita os Direitos Humanos e sobretudo,  a civilidade daqueles que almejam o “Sonho Americano”.


O encerramento se deu com o show de rap das mulheres do SantaMala, grupo formado por três mulheres imigrantes da Bolívia. Jhennyfer, a mais velha, chegou ao Brasil em 2001. As mais novas vieram seis anos depois. A história delas soa como uma letra sabida de cor e salteado não fosse o desfecho atual. "Como todo boliviano, a gente chega na costura", explicou. A relação do trio com a música vem da terra natal. As três gostavam de rap desde criança. Na adolescência, passaram a frequentar o restrito círculo de hip-hop de La Paz dividindo espaço com a música eletrônica. O passo para as rimas, músicas e primeiras gravações foi natural, assim como o olhar desconfiado do público masculino nos eventos. "A discriminação acontecia na Bolívia toda", lembrou Jhennyfer. "Mas a gente permanecia muito forte."


Nome do Evento: FESTA da MULHER IMIGRANTE
Data: Dom. 20/09/2015, 19hrs.
Local: ERLA – Espaço da Rosa Latino-americana, Rua Santo Antônio, 1025A
Valor do Ingresso: Gratuito
Facebook: https://www.facebook.com/events/1649187158690779/


         
          Ana Clara Carneiro é estudante de pesquisa do Memorial Plínio Zornoff/ Laboratório Memória dos Paladares e estudante de graduação do Bacharelado de Ciência e Humanidades/ UFABC. Tem interesse na área das Ciências Sociais e Estudos Étnicos.




0 comentários:

Postar um comentário

Seja educado. Comentários de teor ofensivo serão deletados.