O Drops Cultural está recheado
de eventos relacionados a mulher. Destaque para a exposição Frida Kahlo:
conexões entre mulheres surrealistas no México e a retrospectiva da Festa da Mulher Imigrante.
Instituto Tomie Ohtake inaugura a exposição “Frida Kahlo – Conexões entre mulheres surrealistas no México” nessa segunda (27/09).
Frida Kahlo - conexões entre
mulheres surrealistas no México
Com curadoria da pesquisadora Teresa Arcq, Frida
Kahlo: conexões entre mulheres surrealistas no México, com cerca de 100 obras
de 16 artistas, revela a forma como uma intricada rede, com inúmeras
personagens, se formou tendo como eixo a figura de Frida Kahlo (06 de julho de
1907, Coyoacán, México - 13 de julho de 1954, Coyoacán, México). O recorte
focaliza especialmente artistas mulheres nascidas ou radicadas no México,
protagonistas, ao lado de Kahlo, de potentes produções, como Maria Izquierdo,
Remedios Varo e Leonora Carrington.
Durante toda a sua vida, Frida Kahlo pintou apenas
143 telas. Nesta exposição, inéditamente no Brasil, estão reunidas
cerca de 20 delas, além de 13 obras sobre papel - nove desenhos, duas colagens
e duas litografias -, proporcionando ao público brasileiro amplo panorama de
suas diversificadas obras. A sua presença vigorosa perpassa ainda a exposição
pelas obras de outras artistas participantes, que retrataram a sua figura
icônica. Por meio da fotografia, destacam-se os trabalhos de Lola Álvarez
Bravo, Lucienne Bloch e Kati Horna. Imagens de Frida estão impregnadas ainda
nas lentes de Nickolas Muray, Bernard Silberstein, Hector Garcia, Martim
Munkácsi e em uma litografia de Diego Rivera, Nu (Frida Kahlo), 1930.
Entre as mulheres artistas mexicanas vinculadas ao
surrealismo surpreende a abundância de autorretratos e retratos simbólicos.
Entre as 20 pinturas de Frida na exposição, seis são autorretratos. Há ainda
mais duas de suas telas que trazem a sua presença, como em El abrazo de amor
del Universo, la terra (México). Diego, yo y el senõr Xóloti, 1933, e Diego em
mi Pensamiento, 1943, além de uma litografia, Frida y el aborto, 1932.Conforme
destaca Teresa Arqc, os autorretratos e os retratos simbólicos marcam uma
provocativa ruptura que separa o âmbito do público do estritamente privado.
Segundo a curadora, impressiona constatar como estas artistas subvertem o
cânone para realizar uma exploração de sua psique carregada de símbolos e mitos
pessoais. "Em alguns de seus autorretratos Frida Kahlo, Maria Izquierdo e
Rosa Rolanda elegeram cuidadosamente a identificação com o passado
pré-hispânico e as culturas indígenas do México, utilizando ornamentos e
acessórios que remetem a mulheres poderosas, como deusas ou tehuanas,
apropriando-se das identidades destas matriarcas amazonas", afirma.
Mais Detalhes:
Nome do Evento:
Exposição Frida Kahlo – Conexões entre mulheres surrealistas no México
Data: A partir de 21 de Setembro a 10 de Janeiro
Local: Instituto Tomie Ohtake, Rua dos Coropés - 88. Pinheiros - Oeste.
Valor do Ingresso: R$ 10
e 5.
Aconteceu no dia 20/09 a Festa
da Mulher Imigrante no ERLA (Espaço da Rosa
Latino-americana)
No domingo, dia 20 aconteceu no ERLA- Espaço da Rosa
Latino-americana a Festa da Mulher Imigrante, com apresentações de Rap e Mostra de Cinema em
homenagem à Mulher Imigrante.
O curta-metragem ficcional Loin du 16eme (Daniela Thomas e Walter Salles,
Brasil/França, 2006), seguido do longa-metragem documental Elvira (Javier
Solórzano Casarin, México/Estados Unidos, 2009).
O curta-metragem Loin du 16eme retrata cenários cotidianos de forma sensível,
protagonizando a realidade das mulheres nos países latino-americanos.
O longa-metragem Documental trata da história de Elvira Arellano, uma mulher
mexicana que imigra para os Estados Unidos, tornando-se símbolo da imigração
ilegal e como a política estadunidense desrespeita os Direitos Humanos e
sobretudo, a civilidade daqueles que
almejam o “Sonho Americano”.
O
encerramento se deu com o show de rap das mulheres do SantaMala, grupo formado por
três mulheres imigrantes da Bolívia. Jhennyfer, a mais velha,
chegou ao Brasil em 2001. As mais novas vieram seis anos depois. A história
delas soa como uma letra sabida de cor e salteado não fosse o desfecho atual.
"Como todo boliviano, a gente chega na costura", explicou. A relação do trio com a música vem da terra natal. As três gostavam
de rap desde criança. Na adolescência, passaram a frequentar o restrito círculo
de hip-hop de La Paz dividindo espaço com a música eletrônica. O passo para as
rimas, músicas e primeiras gravações foi natural, assim como o olhar
desconfiado do público masculino nos eventos. "A discriminação acontecia
na Bolívia toda", lembrou Jhennyfer. "Mas a gente permanecia muito
forte."
Nome do Evento: FESTA
da MULHER IMIGRANTE
Data: Dom. 20/09/2015, 19hrs.
Local: ERLA – Espaço da Rosa Latino-americana, Rua Santo Antônio, 1025A
Valor do Ingresso: Gratuito
Facebook: https://www.facebook.com/events/1649187158690779/
Data: Dom. 20/09/2015, 19hrs.
Local: ERLA – Espaço da Rosa Latino-americana, Rua Santo Antônio, 1025A
Valor do Ingresso: Gratuito
Facebook: https://www.facebook.com/events/1649187158690779/
Ana Clara Carneiro é estudante de pesquisa do Memorial Plínio Zornoff/ Laboratório Memória dos Paladares e estudante de graduação do Bacharelado de Ciência e Humanidades/ UFABC. Tem interesse na área das Ciências Sociais e Estudos Étnicos.
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