sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Lamentando a decadência da escola pública no Brasil


 Educar é um ato de companheirismo entre políticas públicas, escolas, comunidades, familiares, equipe gestora, funcionários, docentes e discentes.

Quando se trata de educação básica a questão maior não é fazer com que os alunos aprendam todo o conteúdo mas de como fazer para despertar, de todos os envolvimentos na educação, a vontade honesta de ter cidadãos  mais ativos, curiosos e motivados, não somente com o conteúdo programático das séries na ponta da língua mas dispostos e preparados para compreenderem toda gama de possibilidades de intervenção que podem realizar no país em que vivem. Aprendizado é sensação de autonomia, de responsabilidade social, de pertencimento das linguagens, das humanidades, dos cálculos matemáticos, da geografia, da política, isto é, da ciência.

Semanas culturais 

Todos os anos muitas escolas realizam as tais semanas culturais e neste momento o aluno passa a ser autor de suas obras.  Claro, sentindo-se assim, são capazes de demostrarem suas inquietações.
Que tal se a semana cultural fosse mais do que 3 dias dos fatídicos 200 dias letivos ?
Que tal se os envolvidos na educação desde pais, principalmente os governantes, se propusessem a entenderem a importância de escolas  mais equipadas, com professores mais preparados recebendo salários justos?
Salas ambientes, projetos constantes, comunidades atuantes, mais profissionais nas escolas públicas como psicólogos, médicos, técnicos de informática, bedéis para auxiliarem os professores a prepararem as salas, atividades extra curriculares com equipes pagas de profissionais para instigarem a curiosidade dos alunos em áreas diversas, como por exemplo; biologia marinha, antropologia, matemática, física?
Que tal se os alunos pudessem visitar museus, pudessem aprender a andarem sozinhos nas ruas e atuarem em suas comunidades junto aos seus pares?
Querem um Brasil melhor?
Dia "D" (decisivo para a educação)  ou dia "E" ( dia da educação) não resolve senhor governador, o que precisamos é profissionalismo na educação, administradores, professores de libras pagos e professores pagos para fazerem cursos de libras, isso é inclusão de verdade.
Escola é lugar de ser feliz e será lá que nascerá a semente de um país  melhor.
Quando essas pessoas educadas assim no ensino público brasileiro completarem o ensino básico serão capazes não só de lerem um livrinho qualquer mas de entenderem a importância  de limparem os rios para torná-los navegáveis, conservarem árvores, entenderem de reciclagens, de energias alternativas limpas... Quando eles tiverem sonhos de serem medidos  e advogados e conseguirem, mesmo vindo de comunidades carentes... e uma gama imensa de coisas que fará o Brasil se levantar...
Dia E? Ah governador de São Paulo, isso é só "E"nrolação...
Fechar escolas para economizar??? mais uma vez... caminho errado. 



Kátia Peixoto é doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP. Mestre em Cinema pela ECA - USP onde realizou pesquisas em cinema italiano principalmente em Federico Fellini nas manifestações teatrais, clowns e mambembe de alguns de seus filmes. Fotógrafa por 6 anos do Jornal Argumento. Formada em piano e dança pelo Conservatório musical Villa Lobos. Atualmente leciona no Curso Superior de de Música da FAC-FITO e na UNIP nos Cursos de Comunicação e é integrante do grupo Adriana Rodrigues de Dança Flamenca sob a direção de Antônio Benega.

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