domingo, 1 de maio de 2016

Pacto com a vida




Admiro as pessoas que têm mão boa pra planta.
Hoje tem vídeo, manual de instrução e muita informação acessível pr’aquele que deseja cultivar um jardim.
Mas sempre houve quem sabe lidar com as plantas por instinto, sem formação.
Essas pessoas sabem que planta dá em que lugar, se elas gostam de sombra ou de sol, de pouca ou muita água. E toda planta, na mão desses dedos verdes, “dão bem”.
Eu penso que essas pessoas de mão boa têm na verdade é olho bom. Não passam pela plantinha sem dedicar uma boa olhada, observar se estão bem ou não, se estão secas ou encharcadas, murchas ou viçosas. A pessoa boa de planta, é boa de observação.




E passa a acontecer um movimento no quintal da ‘pessoa de mão boa pra planta’, como se as plantas se conversassem e recomendassem às novas que chegam, que se comportassem igualmente bem. E assim, recomendadas, as plantas, por pacto entre elas e entre elas e o jardineiro, vingassem, verdejassem e brotassem sempre mais, e juntas.
Por pacto. Como se a partir de um acordo de vontades, sob regência do bom jardineiro, a vida urgisse, o verde ressaltasse.
A partir da boa vontade, da atenção, do olhar, a planta faz pacto de florescimento, vicissitude e beleza.
Daí pensar que com as demais coisas da vida, também possa ser assim. Que maravilhosos jardins e grandes florestas possam surgir de uma observação mais atenta, de um movimento em direção à alma das coisas e das pessoas, impulsionando o flamejar da alma do mundo, não só com relação às plantas, mas acerca de qualquer manifestação de vida.
Contamos com o conhecimento daqueles que trazem naturalmente, no espírito, o olhar cuidadoso e a sensibilidade que aguça esse desejo de resplandecer e germinar nos seres ao redor. 
Mas todo ser carrega em si o potencial de promover pactos de vida. Basta redirecionar o olhar, dedicar atenção ao cerne das coisas, ao que verdadeiramente importa, para despertar, ao seu redor, o desejo de pactuar com a promoção da vida, (que está intrínseco em cada coisa desde o momento de sua criação).










Ouça esta canção e entenda com o coração o que não está dito.



Larissa Germano é autora de "Cinzas e Cheiros", e escreve nos blogs Palavras Apenas (naoapenaspalavras.blogspot.com) e Nunca Te Vi Sempre Te Amei (cafehparis.blogspot.com), tem perfil no facebook e no twitter e a página Lári Prosa e Trova no facebook. É também compositora intuitiva e tem perfil no Sound Cloud e Youtube.
PS.: As fotos exibidas neste post são do fotógrafo amador, cultivador de orquídeas e também meu tio, Nelson Germano, de Sorocaba-SP.

Para adquirir o livro Cinzas e Cheiros, independente, entre em contato com a autora pelo email: slariger@hotmail.com. Remessa pelo Correio).

2 comentários:

Anônimo disse...

Muito real! Se abrirmos um pouco mais nossos olhos para observar, com certeza podemos fazer "brotar" coisas incríveis à nossa volta...

Talasi Camilla

1 de maio de 2016 às 11:18
Lari Germano disse...

É isso aí Camilla! E vamu junto nessa!... beijos.

1 de maio de 2016 às 12:48

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