quarta-feira, 18 de maio de 2016

"Um brinde à vida": de Auschwitz à Berck-Plage




O filme "Um Brinde à Vida" se baseia na história da mãe do diretor Jean-Jacques Zilbermann.

A história do reencontro das três mulheres que se conheceram em Auschwitz tem leveza, dramaticidade e senso de humor.

O filme inicia com a Marcha de Morte, em 1945, quando os judeus são evacuados do campo de concentração diante dos avanços do Exército Vermelho na Polônia. Em meio a este caos de sofrimento e angústias, Lily e Hélène tentam encontrar Rose para levá-la com elas, porém, não conseguem pois Rose está muito mal. Depois o filme salta para 
Hélène entrando em seu apartamento em Paris, retomando sua vida e a sua profissão de costureira. 
As dificuldades para superar os traumas do Holocausto 
A história é contada pelo ponto de vista de Hélène (Julie Depardieu, filha de Gérard Depardieu), que seria, na vida real, a mãe de Zilbermann, o diretor. Ele já havia realizado um doc chamado "Irene e suas irmãs", relatando a história das três mulheres que se tornaram amigas em Auschwitz. 
O filme é uma ode à amizade 
O doc serviu de inspiração para a imagem mais linda do filme: as três juntas na praia. O roteiro do longa foi escrito a três mãos: Zilbermann, Odile Barski e Danièle D'Antoni. Depois de mais de uma década separadas, a insistente Hélène obteve sucesso, pois havia durante anos publicado um anúncio no jornal para achar Lily (Johanna Ter Steege) e, finalmente consegue. O reencontro aconteceu na praia de Berck-Plage que ficou sendo um lugar de encontros posteriores. Lily traz Rose, que Hélène acreditava estar morta e as três vivem 3 dias juntas para celebrar à vida. 


Hélène, Rose e Lily- cumplicidade e muito carinho. Amizade que nasceu em Auschwitz e que perdurou por toda vida. 


Um filme muito belo que mostra a força da amizade e a beleza de estarmos vivos para superamos os traumas !! Vale muito a pena assistir!!



Kátia Peixoto é doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP. Mestre em Cinema pela ECA - USP onde realizou pesquisas em cinema italiano principalmente em Federico Fellini nas manifestações teatrais, clowns e mambembe de alguns de seus filmes. Fotógrafa por 6 anos do Jornal Argumento. Formada em piano e dança pelo Conservatório musical Villa Lobos. Atualmente leciona no Curso Superior de de Música da FAC-FITO e na UNIP nos Cursos de Comunicação e é integrante do grupo Adriana Rodrigues de Dança Flamenca sob a direção de Antônio Benega.

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