A palavra Mandala significa círculo em sânscrito. Para
aprofundar a leitura, sugiro ler Mandalas I em http://www.revistacontemporartes.com.br/2016/11/mandalas-i.html
A
mandala, embora tenha grande potencial artístico, pode ser usada para diversas funções, entre
elas a de meditação, relaxamento e também como terapia.
Há no
mercado, inúmeras opções de livros de colorir com mandalas, mas é possível
fazer a mandala com qualquer material, por exemplo, grãos, pedras, fios, etc.
Durante
o processo de feitura da Mandala podem ser desenvolvidas várias características
como perseverança, persistência e força de vontade.
A
mandala pode ser feita durante um período pré-determinado, como por exemplo,
uma semana, um mês e com algum propósito, por exemplo, a cura de uma doença.
Durante
a feitura da mandala é possível recitar frases ou mantras. No caso de mandala para
ajudar a recuperação da saúde, pode-se afirmar: “Estou totalmente curado(a)”.
Não se
trata de misticismo ou superstição e sim de meditação com palavras afirmativas,
o que melhora vários aspectos da psique humana e desperta sensações agradáveis.
*Imagens retiradas da Internet, sem fins comerciais.
Vanisse Simone é Doutora em Educação pela UFPR,
professora adjunta da UNESPAR e estudante de Artes Visuais.
Sabe aquela fotografia de carros passando na rua em que vemos apenas os traços luminosos? Esse tipo de pintura com a luz – o light painting – é objeto de um estudo que acaba de ser publicado em formato ebook (download gratuito), com uma linguagem e explicações técnicas acessíveis a qualquer interessado no tema.
O e-book é um guia prático de ferramentas utilizadas no light painting contemporâneo, propõe um recorte histórico da técnica e sua relação com a pintura e o universo das artes visuais.
Light PE Painting – relato de pesquisa é uma mistura de ensaio teórico e guia prático dessa técnica fotográfica, e apresenta as ferramentas básicas para a realização de pinturas com luz. Apresenta-se um variado escopo de objetos luminosos que vão do fogo ao LED. Ensina-se, ainda, a construir o Vagalumen, um hardware controlado por software livre que permite escrever com a luz na fotografia, tudo abundantemente ilustrado por imagens que falam mais que mil palavras quando entendemos que Tudo é Luz!
Uma equipe de engenheiros, biólogos, modelos, educadores físicos, comunicadores e designers contribuíram na construção desse recorte da pesquisa que Felipe Ferreira nos apresenta. Foram dois anos entre construção de ferramentas, testes, sondagens e expedições em campo. O projeto passou pelo Parque Nacional do Vale do Catimbau (Buíque-PE), Limoeiro-PE, Praia do Sossego (Itamaracá-PE), Bom Jardim-PE, Bonito-PE e reúne algumas imagens realizadas pelo artista nos últimos quatro anos.
O desejo é que o ebook, que contém o maior conteúdo em língua portuguesa sobre o tema, ajude na difusão da técnica que ainda carece de maior divulgação e compreensão, visto que, aos olhos do leigo, parecem imagens geradas por programas de edição.
A obra serve aos já iniciados, no sentido de proporcionar o aprimoramento técnico, e também é um meio de despertar no público geral a vontade de se descobrir os segredos dessa forma de expressão, tão rica em possibilidades comunicativas, artísticas e conceituais.
O projeto teve o incentivo do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura PE), contou com o patrocínio do Instituto de Ecologia Humana, Néon Flexible, Herramientas Light Painting e fez parte das celebrações do ano da luz da Unesco através do apoio da Light Painting World Alliance.
O autor
Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais (UFPB-UFPE), Felipe Ferreira pesquisa a luz como matéria prima na construção de signos utilizando a instauração do light painting como materialização de conceitos semióticos que ajudam a pensar sobre os acordos de significação. Possui especialização em marketing e fotografia pela UNINASSAU (2008) e pelo Australian Center for Photography (2011). Colabora com o Instituto de Ecologia Humana - IEH, onde atua nas áreas de comunicação, fotografia, arte-educação e educação ambiental.
O
Centro de Arte Contemporânea do artista plástico José Ervem Magalhães, desde outubro de 2014 é a
nova programação Cult do Rio de Janeiro. Localizado em Pendotiba em Niterói, a
casa de aproximadamente 400m², está sendo aberta ao público em horário
comercial e foi toda projetada para abrigar as obras de arte e o acervo do
artista.
A metamorfose do mito
A idealização do projeto
visa difundir e propagar o desenvolvimento artístico nacional, permitindo um
maior contato do público com a Arte Contemporânea, além de promover eventos
culturais e exposições de obras de arte.
A estética do Pão de Acúcar
Ganhador
do prêmio artista Del Milênio em Roma Itália em 2005, José Ervem, reunirá em
seu ateliê várias expressões artísticas de diferentes momentos de sua
trajetória artística. Segundo o crítico de arte italiano, Giorgio Tellan, a
obra do artista sugere algumas características pós-Cubistas passando pela
decomposição e agregamento das formas, sugerindo algo subjetivo entre as formas
abstratas e a exigência do formato dos objetos. O crítico de arte italiano
destaca também que a obra de Ervem prima pela versatilidade em compor as cores.
Banda
- "Característica singular e vibrante de
algumas das suas obras é a vibração cromática”. Sua evolução estética, em suas
pinturas acrílicas sobre tela, busca toda a representatividade das cores
vibrantes em tons luminosos nas linhas e traços e que formam a realidade
visual.
Substância da Paisagem
Sua impressão estética
provoca, no olhar do expectador, uma gama de combinação de cores, que alterna
pigmentos sublimes, tons fortes e pontos de luz.
O artista plástico, expressa em suas obras, a amplitude
da visão contemporânea, nos movimentos de cores, traços e sombras em precisas
pinceladas.
Jocelma
Holandino de Vasconcelos cursa Comunicação Social, habilitação Jornalismo, Faculdades
de Comunicação Social Hélio Alonso - FACHA e é estagiária de Assessoria de Imprensa na
empresa Artes Plástica - José Ervem Magalhães.
Pensamos nos efeitos que os megaeventos promovem, principalmente, nas áreas periféricas e, além dos estudos iniciados, nos propusemos a dialogar mais com a população.
Copa Pra Quem?
Coletivo ABC
O mini-documentário que recentemente elaboramos está disponível na internet:
Neste último final de semana fomos à Sacadura Cabral. Muitos nos perguntaram: - Por que lá na Saca?
Além da questão dos megatorneios e seus impactos, temos também a preocupação de entender as obras de infra-estrutura específicos da região. No caso, o Monotrilho (linha 18 do metro) que atingirá também a Sacadura Cabral.
E lá, fomos muito bem recebido pela população local... que se apropriaram das atividades de forma espontânea e conseguimos manter o diálogo horizontal com a "comunidade".
Iniciamos evento com a oficina de Stencil-Art:
Em paralelo a oficina, os artistas colaboradores traçaram nos muros cores, também dialogando com a população local as proposições:
Muralismo Arte Libertária
Foto: Soraia OC
Fizemos um cortejo para convidar a população para dialogar conosco e se apropriarem das atividades realizadas. Demos uma breve introdução a linguagem fotográfica e uma das moradoras registraram boa parte do evento para nós.
Sinopse: Quais são as linhas que demarcam um território? Que traçados determinam uma nação? O que nos torna povo de algum lugar? A pobreza respeita fronteiras? E a resistência? Marruá é uma expressão utilizada pelos peões do centro-oeste do Brasil, para designar um touro que se desgarra do rebanho, fugindo para as matas e se tornando selvagem e bravo (alongado), pois passa da época de ser abatido. Como o bicho que rompe as cercas que lhe prendem, deixamos de ser mansos e nos afastamos do rebanho para enxergar de mais longe. O espetáculo foi criado a partir de narrativas de diferentes brasileiros, recolhidas pelo grupo nas cinco regiões do país, em territórios de resistência e luta como: quilombos, seringais, aldeias, vilas e assentamentos. Fragmentado em blocos, apresenta o nascimento, desenvolvimento, morte e ressurreição de uma “comunidade” em constante transformação. (60m – livre – espetáculo de rua)
Após a apresentação teatral, formamos uma roda de jongo (manifestação cultural por criada por escravos no período do trabalho compulsório) com os parceiros do Preta Bandeira - grupo autônomo iniciado em janeiro de 2013.
No encerramento, o tempo oscilou e começou a garoar, foram poucos os beats remixados, porém foi gratificante ver a quantidade de MC's que chegaram para somar no microfone, tanto da comunidade como de parceiros. Para próximas, irei me preparar melhor para levar mais bases sonoras que faixas para remixagens.
Em breve postaremos o restante das fotos.
Somos um coletivo autônomo que não dispõe de muitos recursos, gostaríamos de agradecer o Centro Comunitário Sacadura Cabral por ceder o espaço e por ter contribuído com parte do material utilizado nas oficinas.
Soraia Oliveira Costa, mestranda em História da Ciência (UFABC), bacharel e licenciada em Ciências Sociais (CUFSA/2009). Pesquisadora que utiliza de recursos audiovisuais, da fotografia e das oralidades para fazer análises do cotidiano, da transformação sensível, do cenário urbano, da natureza, do trabalho, dos transportes, do comportamento, da cultura e das manifestações artísticas. Produtora do documentário "Transformação sensível, neblina sobre trilhos", que trata sobre a vila de Paranapiacaba.
Na Cidade de Exceção, a regra é o lucro e a exceção são os direitos da
população.
"Como
foi muito bem apontado pelo Deputado Estadual carioca, Romário, “A FIFA é um
Estado mais soberano do que o Estado brasileiro, dentro do próprio território
brasileiro”. Essa declaração é mais fácil de ser entendida se partirmos do
conceito de Cidade de Exceção.
A
Cidade de Exceção é um termo que traduz uma série de medidas excepcionais para
um fim específico de mercado. Para realizar uma operação de interesse de grupos
empresariais e enriquecimento de membros do poder público, são criados novos
estatutos, novas leis, que simplesmente ignoram a Constituição, Direitos civis
e outros códigos que foram criados para garantir direitos ao cidadão brasileiro.
Em outras palavras, são Leis de Exceção, que interferem na organização e utilização do espaço público das cidades. Por isso o
termo Cidade de Exceção: as cidades que receberão a Copa do Mundo de 2014,
terão de ABANDONAR Direitos Civis, Constitucionais para dar lugar á um novo
código de leis que beneficiam apenas grandes empresas multinacionais parceiras
da FIFA, e a própria FIFA, é claro.
Os exemplos
são muitos: terrenos de interesse social transferidos para a utilização de
obras de infraestrutura da copa (estacionamentos, boulevards de multinacionais,
parques e áreas de lazer de alto padrão para atender turistas, etc.); milhares
de famílias desalojadas violentamente em nome da construção de estádios de
futebol; proibição de expressões culturais legítimas brasileiras em nome do
interesse de empresas de alimentação ligadas á FIFA; Enfim, seria tedioso
listar aqui todas as injustiças causadas desde que o Brasil foi escolhido como
sede do megaevento[1].
Fica
claro então á serviço de quem os governantes estão agindo, sejam eles de
qualquer partido: mandam a polícia fechar o cerco nas periferias e favelas, com
as UPP’s (Unidades de Polícia Pacificadora) para garantir a repressão daqueles
que se levantarem contra a demolição de suas casas, enquanto doa estes terrenos
para empresários ricos da construção civil associados á FIFA; abre as portas ás
empresas de alimentos do estrangeiro enquanto manda a polícia reprimir
trabalhadores ambulantes; reprime, prende e criminaliza os lutadores que
corajosamente se enfrentam contra o grande desaforo que a Copa trará para a
maioria dos brasileiros."
[1]
Para ver em detalhes os impactos gerados pela preparação da Copa no Brasil, ver
“Dossiê da Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa” (disponível em: http://comitepopulario.files.wordpress.com/2011/12/dossie_violacoes_copa_completo.pdf)
Fonte:
Coletivo ABECEdário - Tema: Copa Pra Quem?
Terá um evento político-cultural no dia 26.04 na Sacadura Cabral, periferia de Santo André-SP para proporcionar mais reflexão e debate a respeito da atual conjuntura.
Além das atividades, aproveitarei momento também para descontrair e disponibilizar parte da pesquisa musical de Rap e Funk Batidão, vulgo Proibidão. Contaremos também com um MC, que elaborou sete letras de sons para o dia e no dia farei a base sonora para ele.
Para melhor situar os interessados que ainda não conhecem a Sacadura Cabral, compartilhamos um panorama básico elaborado a partir de fontes orais
"A Saca e a palmares foram ocupadas mediante a proximidade do terreno com as indústrias da região do ABC, a construção do bairro foi feita sem planejamento e permaneceu dessa forma nas décadas de 1970, 1980, quando alguns grupos de moradores, o MDDF (Movimento pelo Direito dos Favelados), e grupos da igreja católica que lutavam por moradia, Cebs, pastoral operária e etc, iniciaram um processo de luta no ABC. No fim da década de 1980, várias favelas do ABC lutavam pela urbanização e saneamento básico das áreas ocupadas. Foi na década de 1990 depois de várias manifestações, passeata, produção de documentos (vídeos, fotos, relatos, gravações, escritos), treta com a prefeitura e etc, que no mandato do prefeito Celso Daniel do PT, lançou um projeto de urbanização pras favelas do ABC, algumas famílias foram para prédios de habitação, urbanizou boa parte da favela, alguns moradores tem escritura das casas, mas a favela já cresceu de lá pra cá e algumas áreas ainda são bem precárias.
Hoje ainda existe atuação esporádica do MDDF, organização mínima entre os moradores, centro comunitário. Mas a maioria da população é grata incondicionalmente ao PT e ao Celso Daniel e perdem a instiga pra luta."
Esperamos vocês para somar conosco por lá!
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Copa Rebelde dos Movimentos Sociais
Neste final de semana ocorreu a segunda Copa Rebelde dos Movimentos Sociais na frente da estação ferroviária Julio Prestes, em São Paulo. O local que estava ocioso devido os movimentos do projeto Nova Luz e, segundo organizadores do torneio, recentemente, o governo do Estado anunciou a desistência da construção da obra.
O evento foi organizado pelo Comitê Popular da Copa de São Paulo, junto de movimentos sociais e coletivos parceiros, de forma horizontal. Uma das propostas deste torneio é ser alternativo ao megaevento gerido pela FIFA, é um ato político feito e apropriado pelo povo com diversas atividades culturais gratuitas e aberta: capoeira, espaços para as crianças, DJ's, MC's, teatro...
É importante ressaltar que a própria população do entorno colocou dois pares de traves no espaço para fazer o uso popular do espaço, montamos apenas o terceiro campo para o uso livre enquanto ambas quadras eram utilizadas para o torneio.
Foto de Sérgio Silva
Fonte: http://coparebelde.wordpress.com/
No campo eram cinco jogadores em linha e um no gol de cada time. Os jogos não tiveram juiz, mas houve arbítrio com consciência, não sendo tolerado injustiças e no caso de alguma penalidade, os próprios jogadores e torcida paravam o jogo. Se persistisse alguma agressão, dependendo da gravidade era designado alguém para ser juiz ou os responsáveis pela confusão eram retirados do torneio.
No dia 15/12/2013 teve a I Copa Rebelde dos Movimentos Sociais
E nos dias 12 e 13.04.14, a segunda edição da Copa Rebelde dos Movimentos Sociais
Se vos interessar ter outras informações, segue algumas reportagens:
Soraia Oliveira Costa, mestranda em História da Ciência (UFABC), bacharel e licenciada em Ciências Sociais (CUFSA/2009). Pesquisadora que utiliza de recursos audiovisuais, da fotografia e das oralidades para fazer análises do cotidiano, da transformação sensível, do cenário urbano, da natureza, do trabalho, dos transportes, do comportamento, da cultura e das manifestações artísticas. Produtora do documentário "Transformação sensível, neblina sobre trilhos", que trata sobre a vila de Paranapiacaba.