PORQUE A HOMOSSEXUALIDADE E NÃO A HOMOFOBIA?
Hoje Daniele Leonor nos presenteia com seu belo texto e nos leva a inúmeras reflexões...
Coluna As Horas
O ser humano a todo o momento se vê cercado de valores, sejam eles morais, sociais etc. No entanto deve-se atentar para o fato que esses valores são frutos da criação humana na qual, segundo Nietzsche, são perpassados de geração a geração até que o próprio ser humano incorpora e acredita que esses valores constituem parte da sua suposta essência. Essa espécie de “naturalização” da moralidade deve ser posta em crise, pois esse processo sustenta graves valores como os preconceitos.
Nesse instante podemos introduzir a homofobia como um desses valores morais sujeitos a intensos questionamentos. Por homofobia entende-se aversão àqueles que possuem orientação sexual diferente do padrão heterossexual, ou seja, homossexuais e mesmo bissexuais. A aversão, sendo condenada socialmente, é camuflada das mais diversas maneiras como por certos argumentos religiosos.
A homofobia, como um “valor moral”, é sustentada por padrões normativos orientados na noção de heteronormatividade. Essa noção postula que o gênero, o corpo e a orientação sexual devem ser respectivamente feminino/ masculino; fêmea/macho e gostar de homem/ gostar de mulher. Para aqueles não enquadrados nessa ordem resta serem alocados como anomalias sociais dentre tristes exemplos temos a descriminação para com os travestis.
Atualmente existe uma busca para compreender e mesmo explicar a suposta origem da homossexualidade. Várias hipóteses são levantadas desde uma origem genética, perpassando por uma questão de psicologia até mesmo uma questão de caráter. Contudo diante desse panorama faz-se necessário estimular algumas reflexões dentre elas as de porque encontrar uma origem para a homossexualidade? Essa busca por uma explicação não estaria nas bases de um padrão de valor heteronormativo na qual tenta entender esse suposto “desvio” comportamental? Outras perguntas podem enriquecer o debate como as de qual seria então a explicação para a socialmente aceita heterossexualidade? Ambas, homossexualidade e heterossexualidade, não poderiam compor a natureza humana sem discriminação de uma por outra?
A grande justificativa para a formalização da heterossexualidade consiste nos fins reprodutivos. Em outras palavras, a relação sexual natural seria a do homem e da mulher onde ocorre uma possibilidade de reprodução. Nesse viés a possível atração entre dois homens, por exemplo, seria desviante e ilógica. Ao pensar na afetividade de uma relação a questão sai desse “simplismo” e torna-se mais complexa. Pois a relação entre diferentes (heterossexuais) e pares (homossexuais) não envolve apenas o sexo, mas também uma afetividade. O que torna o debate mais profundo ao conceber como válida uma relacionamento que vai além de fins reprodutivos.
Desse modo seria mais válido para a sociedade superar essa procura em chegar a causa desse comportamento “diferente”, e evoluir para uma compreensão do processo de classificação negativa dessa conduta. Ou seja, vez de indagar a “raiz” da homossexualidade porque não perguntamos de aonde adveio a homofobia?
Nesse instante podemos introduzir a homofobia como um desses valores morais sujeitos a intensos questionamentos. Por homofobia entende-se aversão àqueles que possuem orientação sexual diferente do padrão heterossexual, ou seja, homossexuais e mesmo bissexuais. A aversão, sendo condenada socialmente, é camuflada das mais diversas maneiras como por certos argumentos religiosos.
A homofobia, como um “valor moral”, é sustentada por padrões normativos orientados na noção de heteronormatividade. Essa noção postula que o gênero, o corpo e a orientação sexual devem ser respectivamente feminino/ masculino; fêmea/macho e gostar de homem/ gostar de mulher. Para aqueles não enquadrados nessa ordem resta serem alocados como anomalias sociais dentre tristes exemplos temos a descriminação para com os travestis.
Atualmente existe uma busca para compreender e mesmo explicar a suposta origem da homossexualidade. Várias hipóteses são levantadas desde uma origem genética, perpassando por uma questão de psicologia até mesmo uma questão de caráter. Contudo diante desse panorama faz-se necessário estimular algumas reflexões dentre elas as de porque encontrar uma origem para a homossexualidade? Essa busca por uma explicação não estaria nas bases de um padrão de valor heteronormativo na qual tenta entender esse suposto “desvio” comportamental? Outras perguntas podem enriquecer o debate como as de qual seria então a explicação para a socialmente aceita heterossexualidade? Ambas, homossexualidade e heterossexualidade, não poderiam compor a natureza humana sem discriminação de uma por outra?
A grande justificativa para a formalização da heterossexualidade consiste nos fins reprodutivos. Em outras palavras, a relação sexual natural seria a do homem e da mulher onde ocorre uma possibilidade de reprodução. Nesse viés a possível atração entre dois homens, por exemplo, seria desviante e ilógica. Ao pensar na afetividade de uma relação a questão sai desse “simplismo” e torna-se mais complexa. Pois a relação entre diferentes (heterossexuais) e pares (homossexuais) não envolve apenas o sexo, mas também uma afetividade. O que torna o debate mais profundo ao conceber como válida uma relacionamento que vai além de fins reprodutivos.
Desse modo seria mais válido para a sociedade superar essa procura em chegar a causa desse comportamento “diferente”, e evoluir para uma compreensão do processo de classificação negativa dessa conduta. Ou seja, vez de indagar a “raiz” da homossexualidade porque não perguntamos de aonde adveio a homofobia?
Daniele Leonor, é coordenadora de revisão da Revista Contemporâneos e participa do Movimento Primavera nos Dentes.
http://primaveranosdentesvicosa.blogspot.com/
PARTICIPEM!
O Senado criou uma enquete para testar a opinião pública sobre o PLC 122/2006, que criminalizada a homofobia.
A enquete ficará no ar durante todo o mês de novembro.
Peçam para amigos e colegas votarem a favor também!
Entrem na página da Agência Senado http://www.senado.gov.br/agencia/default.aspx?mob=0
Desçam a página um pouco e do lado direito da tela está a enquete.
Giliane Silva de Moura escreve semanalmente no ContemporArtes
rockgirl611@hotmail.com
1 comentários:
prazer imenso ver sua primeira contribuição aqui no nosso blog, daniele! crítica feroz e bem fundamentada, para deixar os mais conservadores no mínimo com a pulga atrás da orelha...
20 de novembro de 2009 às 12:38E viva o Lulu...
Consideramos justas... todas as formas de amor!
Pessoal, não esqueçam de votar na enquete do senado, os não estão ganhando...
abraços Ana Maria
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