Entre imagens e músicas
Eu gosto de assistir videoclipes, sempre gostei, mas confesso que esse gosto foi acentuado por influência de algumas amigas, uma delas, Mônica Bento, também escreve aqui na Coluna Drops Cultural. Acredito que os videoclipes, muito mais do que imagens que traduzem letras de músicas, ou mais do que um jogo de marketing e visibilidade, acho que eles são reflexos de toda uma geração.
É claro que tenho ciência de que os clipes não se fazem sozinhos, ou seja, eles são ou deveriam ser, traduções imagéticas das músicas. No entanto, pode ser impressão minha, mas eu sinto como se ultimamente eles estejam cada vez mais independentes, mais autônomos. Não precisam mais ter relação direta com as letras das músicas ou com os temas, é tudo uma questão de estética, de marketing ou de polêmica.
Além disso, parece que eles vêm ocupando papel de protagonista na indústria musical, principalmente no cenário pop, não se fala mais em número de vendas de CDs, se fala em número de acessos do clipe no Youtube. Não se espera mais qual vai ser o novo single da Lady Gaga ou da Beyoncé, se espera o quão surpreendente vai ser o videoclipe delas ou quantos milhões de acessos esse clipes terão.
Sabemos que a indústria da música, sendo justamente uma indústria, segue a lógica capitalista, produção em massa e aplicação de fórmulas de sucesso, e é por isso que tenho sempre a sensação de déjà vu ao assistir determinados clipes. São os mesmos ângulos, a mesma ausência de roupa, os mesmos gestos e principalmente, as mesmas parcerias. Quando determinado cantor está no auge ele é convidado para infinitas parcerias, já aconteceu com o Timbaland, com o Lil Wayne e agora parece que é a vez do PitBull – rapper que está nas paradas de sucesso com as novas músicas de Jennifer Lopez (on the floor) e da Shakira (rabiosa).
O que também faz parte dessas fórmulas de sucesso são as mensagens, os apelos, e não falo isso por puritanismo ou mesmo por questões de valores morais, é simplesmente porque cansa ser induzido a pensar que a vida se resume a: festa, sexo e carros. Às vezes, esses elementos se combinam de uma tal forma que todos eles presentes no mesmo clipe.
Sei que nos anos 90 as coisas não eram tão melhores, pensando bem, nos anos 80 também não, os videoclipes eram superficiais e repletos de passinhos dançantes. Mas, sei que não podemos generalizar, ainda se faz vídeos interessantes e que até podemos chamar de arte. No entanto, isso está cada vez mais difícil, será reflexo de nossa geração?
Abaixo algumas dicas Drops para você que gosta de história contemporânea
O lançamento do livro “Entre tipos recortes: histórias da imprensa integralista”, coordenado pelos pesquisadores Leandro Pereira Gonçalves (doutorando em História Social – PUC/SP) e Renata Duarte Simões (Pós-doutoranda em História - USP). O livro que possui 16 capítulos, foi escrito por professores e pesquisadores do movimento integralista brasileiro e tem 432 páginas. Apesar de o lançamento oficial ser em julho, durante o XXVI Simpósio Nacional de História, o livro já pode ser adquirido através do e-mail renasimoes@hotmail.com .
Seminário Internacional de Migrações Contemporâneas “Cidades Globais - Intolerâncias e Solidariedades” acontece entre os dias 29 de junho e 01 de julho na Cidade Universitária – USP. Mais informações: 3091 2441 ou 3091 3584.
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