Descendente de Ferroviário e integrante do projeto
Nesta publicação convidei o atual produtor do projeto Neblina Sobre Trilhos, Heitor Glauber para escrever um pouco de sua trajetória de vida, seu vínculo com a ferrovia e o que aprende no grupo de pesquisa e extensão.
Atualmente estuda na UFABC e desde meados de 2012 trabalha para o projeto na elaboração e tratamento das transcrições, além de acompanhar muitas das exibições do documentário. Vem demonstrando cada dia mais interessado em aprender e desenvolver o trabalho nas tarefas.
Abaixo relato do Heitor:
"Minha participação no projeto Neblina Sobre Trilhos deve muito ao interesse de fazer algo relacionado a ferrovia. Meu pai é ferroviário e também filho de ferroviário. Minha mãe é filha e neta de ferroviário, além de ter trabalhado boa parte da vida no sindicato da categoria.
A história deles data de tempos atrás, onde se conheceram na infância quando moravam nas casas da rede ferroviária – RFFSA – em Poá. Tempos depois voltaram a manter contato ao se encontrarem no sindicato, casaram-se.
Desde pequeno tenho forte ligação com a ferrovia, com família e padrinhos ferroviários, sempre estive em contato com histórias sobre acontecimentos lá de dentro, sabendo bem o que a ferrovia representa para os verdadeiros ferroviários. Hoje a profissão é relacionada a concursos públicos, sendo apenas uma chance de ganhar um pouco mais de dinheiro, desse modo poucas pessoas entram na ferrovia por amor ou por quererem seguir a profissão dos pais, assim a carreira de ferroviário se tornou desgastada e não representativa.
O Neblina Sobre Trilhos foi uma oportunidade para que pudesse fazer algo relacionado a profissão do meu pai, padrinho, avôs etc.
Heitor numa das apresentações do documentário. |
Sempre me senti em divida com a família por não querer seguir carreira na ferrovia, o projeto esta me proporcionando o começo do pagamento dessa divida e também me ajudando a entender melhor a história da profissão.
Não tive a oportunidade de participar dos primeiros anos do projeto, estou no começo do segundo ano de faculdade e o projeto já está no seu terceiro ano de vida. Entrei no momento de divulgação e de inicio das atividades relacionadas à transcriação dos áudios das filmagens para o livro.
Exibição do documentário, Foto Heitor |
O contato diário com os áudios me colocou mais perto dos entrevistados, aguçando minha imaginação, me colocando no momento das entrevistas."
Agradeço os colaboradores e leitores da Revista Contemporartes por proporcionar a continuidade do projeto.
Curta nossa pagina, com outras informações sobre o andamento do projeto e notícias:
https://www.facebook.com/NeblinaSobreTrilhos
Na próxima coluna, a produtora do projeto Ana Lee falará da sua trajetória e atual vinculo com o projeto.
Até lá,
Soraia Oliveira Costa, bacharel e licenciada em Ciênciais Sociais pelo Centro Universitário Fundação Santo André (CUFSA). Professora de Humanidades, trabalha também com fotografia, audiovisual e oralidades desde meados de 2007, quando começou a analisar o cenário urbano, a natureza, o trabalho, os transportes, o comportamento, a cultura, a arte...
2 comentários:
Heitor, parabéns,emocionada aqui... fico feliz que o projeto tenha expressão tão grande em sua vida. Soraia, parabéns pela linda e sensível iniciativa. abraços
20 de setembro de 2012 às 10:49Ana, nada mais justo que compartilhar experiências das pessoas que fortalecem o projeto neste espaço.
20 de setembro de 2012 às 20:27Obrigada pela oportunidade!
Abraços
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